quinta-feira, abril 12, 2012

Depois da tempestade...

Espero que estes sejam apenas dias de turbulência. Que a chuva e o negro que me assombram em breve sejam afastados e deixem que o sol brilhe sobre mim. Sinto e penso muito nessas palavras:

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos homens, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." (Ruy Barbosa)



quarta-feira, março 14, 2012

Preciso.

Foram pequenas fracções de segundo.
Recorrendo apenas à sua representatividade nos muitos fragmentos de vida isolados ou compostos, não deveriam ter marcado muito.
A verdade é que muitas são as vezes que desejo voltar a esse portal. Vislumbre que devia fazer por esquecer. Agora e sempre. Mas agora mais que nunca. Sempre.
A verdade é que não é simples, não é transitório. Não apenas um sentimento que me assole num dia menos soalheiro. Amanhã.
Espero.
Um amanhã... haverá um. Haverá? Espero... Espero?
Deixa-me. Ou então não. Porque isso é que realmente sempre me feriu, me fragilizou. De cada vez que me respeitas nesse pedido, é um pouco de mim que vai parar a esse portal. Não me ouças pelas palavras. Será difícil?
Ouve-me. Fá-lo. Imploro-to com todo o meu desejo. Mas ouve-me pelo que não digo, não ligues a esse enganador recurso às palavras.
Desta vez olha-me, ouve-me com todo este frenético pulsar que me esforço por esconder. Não me deixes só. Não me voltes as costas e acredites na aparente felicidade. Um dia, amanhã? Um dia será tarde. Amanhã?
Não.
Esse portal sei que me captará. Amanhã?
Não.
Deixa-me.
Não quero, nunca quis. Mas hoje sei que o tenho de fazer. Admitir que preciso.
Preciso de ti: De uma entidade que desconheço e que me traga de volta esse conforto que deixei algures para trás e que me falha como o ar. Preciso dessa cumplicidade de olhares recíproco. De olhar, ver, mas e acima de tudo,  preciso de ser vista. Como de ar. Como de verdadeira força para continuar a respirar com esse mesmo ar, preciso do outro. Preciso muito. Quero ser vista. Quero poder dizer com todas as palavras que não, não é fácil. Que mais são as forças a derrubar que a erguer. Um dia, amanhã, talvez darei por mim assim mesmo, derrubada.
Por favor.
Preciso.

sábado, março 10, 2012

L'amour

Alerto desde já para o facto de se seguir um post sentimental.
E logo aí adoro como se pega em algo que tão simplesmente deveria significar "sentimental, relativo àquele que sente" e vemo-nos pejados de estereotipo negativo, e passo a citar a definição "oficial", by priberam:


 Relativo ao sentimento.

2. Afectuoso.

3. Impressionável.
s. 2 g.
4. Pessoa impressionável, afectuosa; piegas.

Quando dizemos que alguém é sentimental, não nos queremos referir ao facto de ele sentir, não. Adicionamos logo a implícita ideia que o indivíduo é ou impressionável, ou afectuoso, ou piegas.
Fantástico como numa só palavra cabem coisas tão dispares. Porque sinceramente, à luz dos meus míopes olhos, uma pessoa afectuosa não é o mesmo que uma pessoa piegas. (Só faltava o nosso primeiro, agora vir pedir aos portugueses para não serem sentimentais ;)
Voltando ao cerne do propósito que me levou a interromper o estudo da miologia da região antero-externa da coxa:  escrever um post sentimental.
Sim, sobre sentimento. E hoje decidi escrever um especificamente relativo ao amor (daí o alerta inicial, quem ainda não parou de ler, tem uma boa hipótese de o fazer agora).
Sim, hoje o amor traz-me a escrever aqui, e fez-me tomar esta decisão porque reparei que em breve farei 6 anos de ego e ainda não me tinha dado a este luxo.
Não o fiz porque sempre me deixou constrangida falar deste sentimento em particular. Como se fosse algo que não devesse ser explorado. Seis anos passaram. Hoje não penso assim. Talvez alguma maturidade. Talvez as muitas cabeçadas que dei pelo percurso. Certamente por estar numa fase muito produtiva. Talvez um misto de tudo.
Hoje dei por mim com vontade de deixar registado aqui neste espacinho que actualmente este é sem dúvida alguma o sentimento ao qual mais responsabilizo pelo curso deste meu rumo vital. Bendito sejas por me teres levado a contrariar toda a lógica e pensamento racional. Por teres deitado por terra todas as premissas mais que uma vez. Obrigado por me teres iluminado este coraçaozinho com tendência para as brumas e perfil soturno.
Hoje preenches as minhas acções, e movimento. Como a D. Adelaide de 89 anos , minha primeira paciente disse: "temos de saber amar, toda a gente." Farei por não me esquecer dessas palavras.
Sei que aumento consideravelmente a probabilidade de me vir a magoar no decurso dos acontecimentos. Mas terei certamente vivido muito mais. Sei-o hoje, valerá a pena.
E agora, antes de regressar ao estudo e rever as inserções, e movimentos que estão da dependência do Sartórius, tenho apenas de te agradecer. Por seres responsável por esta considerável mudança nos padrões que me regem. * 

quinta-feira, março 08, 2012

Breathe me



Nem sempre, nem nunca. Assim, banal. Mas verdadeiramente, no presente mais me apetece dizer: "Nem nunca , nem sempre"... E foquemos nesta última parte.
"Nem sempre", muito menos agora. Muito menos quando sei que não há qualquer referência, com quem desembrulhar este papel que trago a vestir-me. Tenho vontade de criar uma figura, uma personagem imaginária. E colá-la a mim de forma a ter sempre essa entidade, para nos momentos como o presente ter com quem falar de todo e qualquer pensamento: bom, mau, embaraçoso, espontâneo. Sem represálias, sem julgamento.
Não, não é momento de fraqueza ou indecisão. É um momento de visceral necessidade de empatia. De deixar drenar toda esta ebulição de sentimentos que se acumulam no meu cerne.
Em boa hora te criei e mantive, pequeno ego, local de eterno reencontro com um pouquinho de mim.
*

domingo, março 04, 2012

Ingenuidade



Não sou grande apreciadora da cantora, ou do género em questão. Mas não posso deixar de achar curiosa a abordagem dessa ingenuidade que caracteriza uma fase cega e de uma magia inimitável:

"Talk about our future like we had
a clue
Never planned that one day
I'd be losing you
In another life, I would be your girl
We'd keep all our promises, be us
against the world
In another life, I would make you stay
So I don't have to say you were
The one that got away"
E como de repente parece efectivamente isso, outra vida, um cenário longínquo e com um quê de ficcional. Fazendo o simples exercício de revisitar as primeiras entradas deste blog posso facilmente confirmá-lo. Hoje tanto me distancia dessa fase, dessa ingenuidade... é quase como se de outra pessoa se falasse. E ainda bem. A ingenuidade dá-nos uma sensação de felicidade fantástica, é verdade... mas é muito melhor ser consciente, e ser feliz em pleno.
Obrigada menina Perry, pelo que me fizeste reflectir num dos muitos momentos de bloqueio nesse trânsito caótico do Porto.

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Não

É a única palavra que surge na minha boca quando penso no regresso... tenho tanto aqui, tenho tudo para ser feliz e não me apetece por outra vez a vida em pause.

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

1st

Let us be eternal

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Pequena

Ainda é estranho olhar para a foto e reconhecer-nos lá. Não me consigo ainda mentalizar que começou essa fase. Que os colegas casam, que têm filhos, que fazemos parte da geração dos "pais" e não mais dos "filhos". Pertencer simultaneamente a um grupo cujas idades subtraem à minha 7 anos também não ajuda nada ao processo de consciencialização. É bem verdade que não é precoce. Mas custa a acreditar... já está... temos vencedor naquela "velha" brincadeira... parabéns Ju *

sábado, janeiro 28, 2012

O chão que pisas sou eu

Sou-o conscientemente. Não sob a interpretação conotativa que nos faz pensar em submissão ou inferioridade. Chão de acordo com a sua definição de sustento. Base sólida. Sou-o e sei-o. E podes até negar que precisas de mim tanto quanto preciso de ti. Podes dizer o que quiseres. Mas não podes mentir com esse espelho de alma que trazes na face, sob a forma de globo ocular. O chão que pisas sou eu, o meu és tu. Será assim, por muito e bom tempo. Ou pelo menos por bom tempo. Que nenhum de nós tenciona repetir erros passados, tempo perdido com quem não era de todo necessário. E por hora voltarei, a esse mundo que tanto ansiei. O mundo dos músculos, fáscias, ossos e articulações. Com a visceral vontade que me faz estudar a esplancnologia como se esta fosse a primeira vez. Não sei que força mais me poderia mover se não a tua, com a minha, elevada a um exponencial absurdo sequer de considerar. Obrigada por me teres devolvido a vontade de escrever.

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Calcorreando o lado negro dos dias

Por vezes são pequenas coisas. Fracções de um segundo que nos deixa gelar e parar nesse espaço que parece prolongar-se por horas. E apercebemo-nos. Vemos claramente que por muito que nós tenhamos parado, lá fora o mundo continua. Cada um segue pelo mesmo caminho, faz o mesmo trajecto que havia pensado, acaba por deixar de nos ver, tornamo-nos totalmente invisíveis. Nós, por outro lado vemo-los, a eles, ao seu trajecto, às suas mudanças de hábitos e de prioridades, ao desprender de laços. A nós custa esse mordaz confrontar com a realidade de não se poder estar em dois momentos em simultâneo. Tampouco viver duas vidas. A mim custa saber que não posso estar com quem queria, o tanto que se estenderá este período. A acidez do sentimento que nos traz essa confirmatória evidência de não sermos insubstituíveis, de ver cortado o inconscientemente pensado estatuto especial que nos unia tem tendência a ser uma marca a perpetuar-se. Deste meu pendor à divagação, deixo desprender vários rasgos mentais. Faço muitas tentativas de focar noutro ponto, que me permita seguir. Assim como quem, inteligentemente seguiu com as suas vidas. Mas será uma questão de tempo. Até ser novamente aprisionada nesse estado mental que me faz voltar e ver essas pessoas, já mais longe, que teimam em nunca voltar e olhar para trás. Para mim.

terça-feira, janeiro 17, 2012

Fazes falta

São vários, muitos de vós que se cruzaram algures comigo levaram algo de mim. Deixaram um restículo vosso, que guardo, carrego permanentemente. Sinto falta de sair com este sol frio e calcorrear essas ruas que outrora desdenhei. Fazes-me tanta falta. Cidade que me espera, e que eu anseio encontrar.

sábado, janeiro 14, 2012

Anatomia

Obrigaste-me a redefinir o conceito: "estudar" I´m loving it *

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Memórias

Olhando para vocês, desta nova perspectiva, vejo-me a ser invadida por essa onda de contraditórios sentimentos. Se por uma lado sei que não poderia ter sido muito mais próximo do perfeita a minha estadia nessa casa, também sei que ao partir deixei de ter esse que considerei um pouco meu, espaço. Sinto a vossa falta, sinto falta das minhas meninas, vontade de ter novamente olhos ávidos de saber e vontade de aprender, saudades do velhinho. Fico feliz pelas vitórias que sei que vão continuamente sendo conquistadas... apenas em silêncio peno o facto de me saber prontamente substituível.

sábado, dezembro 10, 2011

Last Christmas

É verdade, já nos encontramos por volta dessa altura mágica, que desde sempre me contagiou com esse calorzinho único da quadra em questão. E este ano, a música que nos acompanha ao longo dos anos e que a cada um ganha significado novo, com uma constante de mutagénese que deveria ser seriamente estudada, reparei, após quase inocente comentário via facebook da Raquel: "Raquel Coelho Para dedicar às pessoas por quem nutria alguma amizade a e que este ano tiveram a oportunidade de me desiludir: "Last christmas I gave you my heart, but the very next day you gave it away, this year to save me from tears I'll give it to someone special" ;)" É mesmo isso, de ano para ano, vão-se somando aqueles que nos mostram de modo inequívoco não serem merecedores desse sentimento tão nobre ao qual chamamos amizade. Por isso, a todos vós, que este ano vincaram ainda mais à vossa bela maneira o facto de serem tudo menos AMIGOS, aqui fica a minha dedicatória. A vida é de facto demasiado pequena para a desperdiçarmos com quem não vale a pena.

segunda-feira, novembro 07, 2011

Oh happy days

Frenéticos e sem pausas... dias de estudo, de trabalho, de muito a fazer. E nunca me senti tão bem, apesar das dificuldades, do tanto que falta, dos sacrifícios que representa... Prestes a virar o primeiro quarto de século, atingi tudo o que tinha objectivado. Acrescentando-lhe ainda essa doce ternura :)

domingo, outubro 23, 2011

Sunday morning rain is falling

Felizmente, ao 23º dia do décimo mês veio o Outono. Já chateava o Verão tardio e persistente. E foi da maneira mais doce que ele chegou! O cheiro ao chão molhado, o ar fresco e limpo. Só me ocorre apenas: "Come and rest your bones with me I'm driving slow on Sunday morning And I never want to leave" *

segunda-feira, outubro 17, 2011

Não sei onde me levam os dias

Os dias, levam-me sempre por caminhos novos. Fazem-me conhecer novas caras, novas formas de pensar e agir. Pergunto-me pelo amanhã.... não sei bem onde estarei, mas sei que estarás também! E esta certeza não me será retirada. <3

Another fight

Porque parece algum fado meu. Nada parece ser gratuito. Conquista fácil. Mas ultrapassadas as improbabilidades que torneavam o teu conhecimento, tudo o resto fluiu. E se como moeda a pagar tiver de revirar a vida, sacudi-la e começar de novo, então será isso mesmo que irei fazer, já! O pequeno sentimento tristonho que inicialmente conseguiu ensombrar o meu estado de espírito está mais que resolvido. Amigos são e serão sempre aqueles que nos respeitem, aceitem as nossas opções e partilhem das nossas conquistas e felicidades. Uma vez não cumpridores destes requisitos, é em si uma total incoerência forjar amizade. Não vou dizer que foi decisão fácil, que não custou. Mas lições aprendemo-las todos os dias. No meu horizonte, tenho agora algo melhor. Vivo o meu verdadeiro sonho. E é bom ter com quem o partilhar, ter quem o entenda. Ter quem nos segure a mão e partilhe deste calor no peito que traz a felicidade.

segunda-feira, setembro 19, 2011

.

Ponto final. Acabou. Hoje foi o dia de voltar a página em mais que um nível. E sinto-me bem!

sábado, setembro 17, 2011

Quarto

Já tenho um. Provisório por 5 anos (espero). O meu continua a ser este, onde me encontro.
Mas ter já pouso para os próximos tempos reconforta-me. Fez por momentos esquecer pequenas sombras que me ofuscaram o brilho do dia de ontem "despedida" num jantar que quero muito recordar como BOM.
Não tarda ter-me-ás aí contigo, Coimbra, serás a minha terceira cidade.