Ego....o local eleito para o reencontro comigo! Sem mais pretensões senão a de existir! Feito por quem desejou fazer das palavras de todos, um pouco mais suas!
domingo, março 01, 2015
Nova foto para partilhar
Foi desta forma que recebi uma notificação, qual ordem, do tio Google. Parece que agora não posso guardar foto nenhuma, sem que o tio assuma que seja coisa importante o suficiente para partilhar com o mundo.
Mania que manda.
Mas até foi uma sensação feliz olhar novamente para ela. Guardei-a por graça. Nem reflecti muito quando o fiz. Apenas aquele pensamento de fundo: "olha que esta imagem ainda vai dar jeito".
Não mais pensei no caso.
Hoje quando a revi, senti aquele conforto típico de quando vemos algo que significa uma batalha ganha. Em parte foi isso. Os primeiros anos de Medicina foram marcados diária e constantemente por esse pequeno monstrinho que é a Anatomia. É quase uma luta de nomes contra um cérebro. Cérebro este que é preguiçoso e tende a mandar embora tanta informação. Mal do processo é que mais tarde esta informação que o cérebro gentilmente dispensou, nos volta a ser precisa, e faz-nos perder mais não sei quantas horas de vida em torno do mesmo: nomes!
Mas já passou.
A grande vantagem do 4º ano é que a luta é em parte a mesma, os nomes são diferentes. Hoje luta um cérebro para tentar sorver e manter (!!!!) as abordagens terapêuticas e cirúrgicas deste ou de outro estado mórbido, ou então as classificações segundo aquele autor, aquela convenção, as diferenças entre a versão anterior... é uma luta. Mas é uma luta tão boa. O levantar da cadeira no fim daquela introdução teórica e ir recolher junto do nosso doente toda a informação. Muitas são as vezes em que procuro forma de explicar, sem sucesso, a sensação que invade. Por muitos sacrifícios, por muito que tenha custado, e custe ainda, esta aventura, eu sei que sim. Vale a pena.
É por aquilo!
A quase magia de ir ouvindo, validando, e orientando. Esclarecendo este ou aquele cenário. A possibilidade de contactar com as diversas formas de humanidade, de ser e estar na vida, o aprender com todas elas.
Sou sem dúvida feliz em Medicina. Porque me dá muito mais do que algum dia fui capaz, ainda que consciente da decisão, imaginar. E por isso luto, seja sexta, sábado, ou domingo... não há folgas, feriados, há uma luta a levar a cabo. Luta que se trava com folhas, canetas, post its e livros. Uma luta que me ajudará um dia a ser capaz de fazer a diferença no maior número de vidas que possa tocar.
E por isso, depois deste pequeno desabafo: voltemos, a lutar!
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