sábado, junho 12, 2010

45

Escrever-te como título de post causa um nervosismo de quem não sabe se o devia fazer.
És o cerne de muito do meu pensar. Representas a rede sobre a qual fui construindo o meu crescimento.
Começou com uma brincadeira, fui-te desenvolvendo e alimentando. De tal modo, que dei por mim a assinar com o teu número, dei por mim a ter-te sempre em algum pormenor, dei por ti a representar-me!
Na sequência da tempestade mental que me tem varrido nos últimos tempos, consolo-me com a ideia de nunca te ter partilhado. Nunca te ter revelado.
Permaneces em mim, como a única e última coisa inalterada por esse erro.
Hoje deves ser a única história pura e livre de deturpações e propagações ilegítimas que ainda tenho.

Irei preservar-te sempre. A ti, à nossa história "45"
*

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