Há uma coisa que eu valorizo especialmente: Segredos.
Não sou pessoa de contar segredos, não sou pessoa de grandes partilhas. Das coisas boas sim. Dos meus problemas, não. Fico com eles.
Mas não o faço por problema meu. Não confidencio, porque cada vez que vocalizo um problema, ele parece tornar-se mais real. Gosto de racionalizar as coisas, e não de as tornar mais vivas. Por isso me custa tanto "confiar".
Porque valorizo muito os segredos. O que me contam tomo como sagrado. Não partilho com ninguém.
Valorizo muito os segredos. E as (muito) poucas vezes que partilhei algo secreto esperei o mesmo. A simples ideia de alguém partilhar essas confidencias revolve-me o estômago. Pensar que alguém ousou quebrar esse voto máximo de confiança faz levantar mil novas barreiras à partilha.
Talvez por isso cada vez me veja a segregar mais as conversas. Facilmente falo de muito com toda a gente. Cada vez mais, há menos (se é que há alguém?) com quem deixo todas as restrições e falo abertamente.
Valorizo muito os segredos. Demais para ignorar.
Valorizo muito os segredos. E doem-me os segredos que deixaram de os ser, por em ti ter confiado.
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