Comunicar é um desafio constante. Apesar de ser impossível não comunicar: porque mesmo que não queiramos, até através do silêncio transmitimos uma mensagem, conseguir faze-lo eficazmente é uma arte.
Até para que a nossa mensagem seja passada temos de estar na mesma frequência do recetor. Temos de conseguir em primeira mão essa sintonia, antes mesmo de conseguir estabelecer a ponte para a transmissão de mensagens.
Claro que tudo se torna ainda mais difícil quando cada um vai na sua bolha, com os seus problemas, alheio ao meio envolvente. Mais ainda quando nós próprios nos encontramos no limite das forças e sem aquela plasticidade necessária para desconstruir e aproximar do outro que não faz o meio esforço para nos encontrar algures no caminho.
Este ano que se avizinha será sem dúvida nenhuma um ano de luta interior e introspeção. Se há mensagem que gostava de ter sempre presente, principalmente nos momentos-limite é mesmo esta: não há necessidade alguma, nem ganho, em entrar em discussão ou tentativa de conversação com alguém que se encontre numa frequência completamente diferente. É um esforço vão.
Por isso sempre que tentares escrever as tuas necessárias e sentidas frases de incentivo e ânimo, antes de as verteres como soro para um meio imiscível, vem cá. Exprime-te aqui. Lê e reserva esses e tantos outros pensamentos para momentos posteriores, momentos teus.
Porque se há lição que tens de levar contigo para a vida é que as palavras são a arma mais destrutiva para a esperança e auto-estima de alguém. Não tes nenhum direito de a empregar no sentido de prejudicar alguém, mas deves sim preservar-te de situações que te exponham às palavras e feridas delas resultantes das bocas de quem não tem o mesmo cuidado.
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