
Não é pelo sorriso que nos esboçam, por palavras de apreço ou por sentimentos apregoados mundo fora que sabemos o quanto valemos para os outros!
Não é por bens materiais partilhados que nos sentimos valiosos!
Não é por intermináveis conversas que nos sentimos confiáveis!
É por pequenas acções, por aquele olhar, por aquela superior forma de comuniação... é por todas aquelas coisas ininteligíveis que sabemos que alguém nos compreende, nos apoia! É pela soma de coisas aparentemente insignificantes que nos é demonstrado o nosso significado!
Tanta coisa já escrita por mim, tantas letras, palavras, frases... Tanto, nunca foi tão pouco! Nunca me pareceram estes recursos tão escassos face à imensidão de afecto que tenho a demonstrar para esse núcleo que comigo caminhou, qualquer que fosse a circunstância...Num trilho anunciadamente a separar!
Que venha a Queima das Fitas, que venha a última Serenata com os últimos acordes dos meus "Verdes Anos", a imposição, a cartola e a bengala. Que venha a derradeira passagem pela tribuna... Não estou preparada! Mas algum dia o estaria?
Que chova em todos esses dias para que não se veja em mim a comoção gerada pelo ponto final daqueles que foram sem dúvida alguma os melhores anos! A separação daqueles que mais do que ninguém mereceram a designação de “AMIGOS”!