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quinta-feira, janeiro 02, 2014

2014

O ano novo associa-se frequentemente à reformulação de objectivos,  desejos e metas que no momento nos parecem importantes.
Aprendi a ser cautelosa com os pedidos, neste e nos outros dias. De facto, tenho para mim que se nos fossem concedidos os pedidos que formulamos, nem por isso iríamos dar por nós mais felizes.
Em boa verdade, quem efectivamente pede saúde nestas noites? Talvez aqueles que se vêm privados momentaneamente dela, mas não são a maioria certamente. O ponto a que queria chegar é que o de mais precioso e vital, o que devia constar obrigatoriamente na lista dos pedidos, é encarado como garantido. Ou seja, raras são as vezes em que pedimos o essencial à nossa felicidade.
Mas esta será sempre a altura do ano dos balanços,  da análise retrospectiva dos dias que separaram a última passagem.  Isso agrada-me particularmente,  acho saudável e benéfico.  Olhar para trás,  ver onde ganhámos,  onde perdemos,  o que fizemos de bom e de mau.
Essencialmente trabalhar (e não pedir) para que o novo ano seja ainda melhor.
Feliz 2014!

quarta-feira, dezembro 18, 2013

*Pré-Natal*

- Não acreditas mesmo em nada? 
- Dentro da espiritualidade... gostava, sempre dava outra paz e conforto saber que me esperava continuação. Mas acho que não.
 (...)
 Acredito irremediável e insistentemente nas pessoas. Continuo a acreditar no amor genuíno. Sempre é alguma coisa. Acredito! 


  I Believe I've got high hopes 
It takes me back to when we started 
High hopes, when you let it go, go out and start again
 High hopes, oh, when it all comes to an end
 But the world keeps spinning  around

segunda-feira, maio 27, 2013

Palco



Se a vida fosse um palco de um espectáculo, imagino que as personagens fossem-se alternando no papel principal. Os papéis de cada um vão sofrendo mutações no decurso dos dias, e vamos assistindo a verdadeiras oscilações. Se ontem eu era dependente e ajudada pelos demais, hoje sou eu quem ajuda, amanhã quiçá o que acontecerá.
É assim que vão evoluindo as coisas, se "ontem" era eu a atenção hoje sou eu quem sente a preocupação de zelar pelo bem estar dessas pessoas que comigo partilham este palco chamado vida.
A evolução e desfecho da peça em tudo dependem do desempenho dos actores, neste caso, do meu desempenho. A depender de mim vai correr tudo bem.
Amanhã serei eu. Porque assim vão-se sucedendo os dias. Mas a beleza disto é saber que não estarei sozinha. Porque por muito que o amanhã mude, por mais pessoas que vão saindo deste palco, para irem viver novos cenários, estas personagens são fixas. E isso dá tranquilidade. 

terça-feira, março 05, 2013

Alguém explique



Talvez ancestralmente, o meu fascínio por esta área seja em parte tentar compreender o porquê.
Do ponto de vista científico já me foram apresentados vários "porquês", mas hoje, deixem-me ir com a irracionalidade típica de um familiar e amigo.
Alguém me explique. Por favor. Porque é que parece ser tudo menos casual nas vítimas que escolhe. Porque é que todas as pessoas do meu núcleo que foram apanhadas pela casuística, são pessoas a quem a sorte havia de ter reservado outra coisa.
Não consigo sequer racionalizar nesta avaliação. E por muito que o tente, ainda hoje não consigo justificar como foi o mesmo tipo, NSCLC, bater à porta dos meus avós maternos. Os dois, com meses de diferença. Quando a identidade genética aqui é zero, e o factor ambiental ainda não o identifiquei, mas há-de ser algo incrivelmente certeiro na hora de reivindicar os seus doentes.
Anos passaram, e talvez com alguma sorte, relativamente à situação referida muito me valeu o facto de na altura ter sido demasiado jovem e protegida pela inocência para me conseguir aperceber da dimensão do problema.

Mas alguém me explique este outro caso. Independente. Indivíduo do sexo feminino, 25 anos, sintomas vagos: "algumas perturbações do equilíbrio, alterações motoras, e auditivas...." a acrescer a uma vida pejada de achados médicos, desde intolerâncias alimentares a alergias várias, tudo fez o médico desconfiar de doença auto-imune. Veio a TC mostrar tratar-se de uma neoplasia. Alguém me explique. Porque um dia vou ser eu a ter de explicar. Como dizer a alguém, que tem a vida pela frente, todos os sonhos, a alguém absoluta e totalmente FANTÁSTICO. Como dizer, que afinal os planos nada valem, que os sonhos não serão mais que isso mesmo, que o amanhã deve ser preterido e visto doravante como um "hoje".
Alguém me explique, uma, outra e as vezes que forem necessárias. Porque eu não consigo entender. Das tantas pessoas que podias escolher, como vais sempre ter com as pessoas que não deviam ter contigo contacto.
Alguém me explique.

*A ti, minha pequena Papagaio*

sábado, dezembro 01, 2012

Down

That's where I'm going*

domingo, outubro 28, 2012

Plim!

O meu "plim" pretende simbolizar aquele sonoro que surge habitualmente acompanhado por uma lâmpada acesa lateralmente a uma cabeça, sempre que se chega a uma conclusão.
Eu cheguei a uma, demasiado óbvia até, mas de qualquer modo resolvi partilhar. O meu plim, soou quando me apercebi porque me parecem incompletos os dias.

sábado, outubro 20, 2012

O outro lado

Estamos num trilho, com um grupo, ao longe vemos uma bifurcação. Não poderemos ir todos pela mesma estrada. Temos necessariamente que optar por um dos caminhos, o que consideramos melhor. Ao mesmo tempo sabemos que iremos perder a paisagem, as experiências que o outro lado nos daria. Mas estamos convencidos que foi o melhor caminho.
Assim me sinto. Há um ano atrás tomei uma decisão. Um rumo. Mas mentiria se negasse a falta e a saudade que tenho de coisas que perdi, nesta nova realidade. Às vezes, como hoje, em que fico apenas eu nesta cidade cheia de movimento. Quando apenas eu pareço ter que estudar, numa sexta-feira à noite. Quando me vejo a ter de repensar muito bem a estratégia mensal. Sinto mesmo vontade de voltar as costas, sair de casa, e ser novamente eu e o meu antigo tempo.
Mas como quando estamos num trilho e ao longe vemos uma bifurcação. Sabemos que temos de tomar um rumo. Não podemos ficar indefinidamente naquele ponto. Temos de seguir. Não vale a pena pensar no que foi. Tem que se viver o presente, sempre com o olho fitado no futuro. E hoje, sexta-feira à noite não saio. Estou sozinha. Eu o Suri e a minha Anatomia. Este é o meu dia hoje, porque amanhã valerá a pena.
*