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quarta-feira, dezembro 18, 2013

*Pré-Natal*

- Não acreditas mesmo em nada? 
- Dentro da espiritualidade... gostava, sempre dava outra paz e conforto saber que me esperava continuação. Mas acho que não.
 (...)
 Acredito irremediável e insistentemente nas pessoas. Continuo a acreditar no amor genuíno. Sempre é alguma coisa. Acredito! 


  I Believe I've got high hopes 
It takes me back to when we started 
High hopes, when you let it go, go out and start again
 High hopes, oh, when it all comes to an end
 But the world keeps spinning  around

domingo, novembro 24, 2013

Presságio

O amor, quando se revela, 
Não se sabe revelar. 
Sabe bem olhar pra ela, 
Mas não lhe sabe falar.

Quem quer dizer o que sente 
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente… 
Cala: parece esquecer…

Ah, mas se ela adivinhasse, 
Se pudesse ouvir o olhar, 
E se um olhar lhe bastasse 
Pra saber que a estão a amar! 

Mas quem sente muito, cala; 
Quem quer dizer quanto sente 
Fica sem alma nem fala, 
Fica só, inteiramente! 

Mas se isto puder contar-lhe 
O que não lhe ouso contar,
Já não terei que falar-lhe 
Porque lhe estou a falar…

(Fernando Pessoa)

terça-feira, novembro 19, 2013

2.7

Assim simples. A vida tira com uma mão, mas dá com a outra.
E como dá.
Assim simples.
Do nada (re)aparece a serenidade.
Há pessoas que são uma verdadeira bênção. Tê-las no nosso caminho, é simplesmente mágico.
Se há alguma pressão externa, superior, ou é apenas uma feliz e calorosa ironia, não sei. Mas sei que hoje recebi com umas horas de antecedência, mas melhores prendas que poderia sequer imaginar, um portal para um local mágico*

domingo, setembro 06, 2009

Encontros - II

Sentada à beira rio nos últimos dias quentes de um Verão que passou sem ser saboreado, ia olhando as pessoas que povoavam agora aquele espaço que outrora fora seu. A nova geração nada lhe dizia, eram caras desconhecidas. De longe, apreciava-os.
Os seus olhos alternavam entre os grupos ruidosos de jovens que iam chegando a gargalhar e entre um casal enamorado, que mais próximo de si, ia trocando tímidas carícias.
Enquanto esperava, com o seu café diante de si, ia-a entretendo este novo cenário como que se uma tela viva se tratasse... via-a com o distanciamento de meia década e a nostalgia tranquila da maturidade.

sábado, setembro 05, 2009

Encontros - I

"Era um café, por favor."
Saiu de forma automática. Apenas o disse com a cabeça levemente levantada em direcção ao empregado, para não parecer arrogante. Olhou-o, mas tampouco o viu. Para si tudo se resumia aquele compasso de espera. Minutos? Horas? O tempo tinha então uma outra dimensão. E as unidades que o medem tinham perdido toda a lógica.
A chávena surgiu diante de si. Com os olhos fixos no líquido escuro, enquanto o fazia balançar circularmente, inalava o seu perfume. Neste ritual quase sagrado que parecia não mais ter fim, perdeu-a o pouco que a prendia à realidade.