domingo, junho 09, 2013

Let me go

Embrenhados nos momentos por vezes não nos damos conta da sorte que temos em ter aquela pessoa do nosso lado, em ter oportunidade de partilhar os pensamentos com aquele amigo.
Quando subitamente nos vemos privados dessa realidade que dávamos por garantida é que nos apercebemos da falta que nos faz aquele gesto, aquela palavra, aquele sorriso, ou simplesmente aquela presença.
É uma característica humana, faz parte. E todos nós temos quem nos dedique, e a quem dedicar as seguintes palavras:




"But you only need the light when it’s burning low
Only miss the sun when it starts to snow
Only know your love her when you’ve let her go
Only know you’ve been high when you’re feeling low
Only hate the road when you’re missing home

Only know your love her when you’ve let her go
...
and you let her go"

segunda-feira, maio 27, 2013

Palco



Se a vida fosse um palco de um espectáculo, imagino que as personagens fossem-se alternando no papel principal. Os papéis de cada um vão sofrendo mutações no decurso dos dias, e vamos assistindo a verdadeiras oscilações. Se ontem eu era dependente e ajudada pelos demais, hoje sou eu quem ajuda, amanhã quiçá o que acontecerá.
É assim que vão evoluindo as coisas, se "ontem" era eu a atenção hoje sou eu quem sente a preocupação de zelar pelo bem estar dessas pessoas que comigo partilham este palco chamado vida.
A evolução e desfecho da peça em tudo dependem do desempenho dos actores, neste caso, do meu desempenho. A depender de mim vai correr tudo bem.
Amanhã serei eu. Porque assim vão-se sucedendo os dias. Mas a beleza disto é saber que não estarei sozinha. Porque por muito que o amanhã mude, por mais pessoas que vão saindo deste palco, para irem viver novos cenários, estas personagens são fixas. E isso dá tranquilidade. 

sexta-feira, maio 24, 2013

Brace yourselves



Está aí mesmo à espreita. E a força não é muita. Mas a verdade é que tem de ser. Portanto não se trata de uma questão de escolha, trata-se de uma necessidade. E lá se terá de conseguir.

A ti, minha bolinha cinza, juntamente com a café-com-leite, devo os mimos e o calor da companhia infalível.
*
Vamos lá!

quinta-feira, maio 09, 2013

Suri

Hoje foi o dia já anunciado longamente. Teve de ser, mas pesou-me o coração por te levar e deixar num espaço estranho por um dia... o engraçado é que apesar de sentir que de algum modo traí a tua confiança, mesmo assim, hoje ao sentires-te no recobro do procedimento, vieste ter comigo. Pousaste a tua cabeça no meu colo e dormiste.
Soube desde o primeiro momento que não eras um gato normal. Confirmas-mo quase diariamente. Gosto muito de ti meu companheiro. Porque sei que uma entrega tão sincera e profunda é rara... e porque me sinto privilegiada por ter um amigo como tu.

segunda-feira, maio 06, 2013

Let's go get lost


Acordar cedo e ir...
Sem destino certo, sem horas para voltar.
Um com o outro e mais nenhuma companhia!

*

terça-feira, abril 30, 2013

BB


Por vezes dou por mim a calcorrear os últimos anos, e a verificar como é curioso o que nos distancia do que éramos então... Sei que em boa verdade dos factos é irónico o preço que tivemos que pagar para que este sonho inicialmente solitário que desde cedo decidiste abraçar como teu.
Hoje sinto saudade de muitos momentos que tinha enquanto não-estudante de medicina. Os meus colegas e amigos de trabalho. A minha autonomia... Mas sempre que me tento a pensar nesses momentos com algo mais do que saudade, tu olhas-me, tomas-me nos teus braços e mostras-me que teria de ser assim. E é assim que será.
Hoje por mim, amanhã por ti. Porque é esse o nosso silencioso trato. Porque sei o tanto que a ti importa essa realidade. E porque estarei aqui, como tu estiveste para mim, incondicionalmente.
*

sábado, abril 27, 2013

The day before tomorrow

27-Abril

O dia anterior à explosão de nascimentos que se comemora. E vamos desde o meu progenitor, à grande amiga, passando pelo marido de outra amiga e um amigo mais recente. São 4 no total as alminhas que amanhã celebram a efeméride do seu nascimento.
Enquanto elemento pertencente às 4 realidades tenho responsabilidades no decurso do dia dos 4 visados. O progenitor celebrará amanhã, num almoço familiar. Será aí o meu momento de homenagem. Por hoje, tenho de me dedicar a pensar nessa pessoa que merece todos os mimos, nesse que acabou por ficar destinado de ser um jantar mais caseiro e nuclear.
Os restantes elementos têm as suas próprias tropas na programação e execução dos festejos. Não posso sequer pensar em mais.
Há meses e dias em que a  magia dos nascimentos se celebra de uma forma exponencial, fazendo-nos pensar novamente no tempo, na sua velocidade, no quanto o desperdiçamos.
Hoje à noite e amanhã vou fazer por aproveitar ao máximo.
*Pai, Miss F*

sexta-feira, abril 19, 2013

18-04-2013



Foi ontem, não pude deixar de o viver, mesmo a 100kms e a um ano de distância

*

terça-feira, abril 16, 2013

Ontem, hoje e amanhã



Sou teimosa, sou de objectivos bem definidos e nunca baixei os braços até conseguir atingir os objectivos traçados. Mas nunca deixei que isso fosse mais importante que os valores que me foram ensinados e a atenção ao próximo.
Cada tombo que dei, a cada marca que me ficou de cada queda, sempre me fez desejar não mudar esta prioridade, este cuidado. Na verdade, teimo em não aprender e dou demasiado de mim, sempre, mesmo que cada vez que doa diga o contrário. Sou uma sonhadora incorrigível. Espero conseguir manter-me assim, mesmo após cada pequena prova.
Porque quero, nos meus dias mais optimistas, crer que o mundo só faz sentido se acreditarmos que as coisas são boas como regra, e que os momentos que nos fazem sofrer e mostram o contrário são apenas momentâneas excepções, não dignas de mudança comportamental.
No dia em que refizer este esquema mental e agir em contrário, então perdi-me. Nesse dia, salvem-me por favor*

sábado, abril 13, 2013

Caminhando com o fio do pensamento



Hoje só me apetece deixar o raciocínio fluir, e ver onde me leva. É um exercício sempre com um considerável risco, já que a nossa mente tem fortes tendências para nos levar sistematicamente aos mesmos lugares de dor, às encruzilhadas de sempre, ao que no fundo nos fornece mais incerteza.
Apesar do risco é isso mesmo que me apraz fazer. Ver a sucessão de memórias e pensamentos que vão percorrendo a mente, a par do que faço todas as noites, mas desta vez de modo consciente.
Neste que parece ser o primeiro dia de Primavera (real), sinto-me empurrada para as memórias de infância, para os longos dias na terra da avó materna, recheados de mimo, canções e gargalhadas. É difícil conseguir reproduzir em palavras a sensação de liberdade e felicidade com que foram vividos esses tempos.
Imediatamente bate aquela saudade imensa, que quase imobiliza qualquer possibilidade de respiração: "dava tudo para vos ter comigo"... e não tendo eu a capacidade de acreditar em qualquer entidade divida que nos possa um dia reunir, tenho neste desejo imenso e na vontade de vos perpetuar da melhor forma, a minha orientação em cada passo de maior incerteza.
E por mais anos que passem, não esquecerei certamente (permitam-me excluir os hipotéticos cenários neurodegenerativos) dessa tua doçura, da forma meiga como sorrias e me acariciavas os cabelos, do cheiro da Casa e da tua voz. É incrível, como mesmo após 18 anos, a tua voz continua tão presente em mim, e nas minhas memórias.
Sei que se fosse possível e conseguisses voltar cá, por um dia, irias ficar muito feliz com as pessoas em que eu e o meu irmão nos tornamos, sei que ficarias radiante com todas as conquistas, tomadas a pulso, pelo núcleo. E isso deixa-me apaziguada.
Fazer uma livre introspecção é sem dúvida algo que nos pode levar para os mais sombrios lugares, mas igualmente, é o exercício que nos pode voltar a por em contacto com as mais puras sensações de felicidade.
Muito obrigada por continuares presente em cada pequeno passo que eu dou*


segunda-feira, abril 08, 2013

Este Abril


Este Abril começou a cumprir a premissa: "em Abril águas mil".
Pessoalmente sempre tive um certo apresso pela chuva. Nada mais reconfortante e apaziguador que sentir a violência da água contra a janela, estando quentinha do lado de dentro.
Este Abril traz-me novos conceitos relativos ao meu futuro, ao modo como se desenrolará este nó.
Conforta saber que há essa eterna confiança, calma e prudência na retaguarda dos acontecimentos.
Este Abril faz-me acreditar mais um pouco. Mesmo hoje, segunda-feira, dia de regresso... ainda assim acredito que será em breve*

quinta-feira, março 28, 2013

Miss F!


Há pessoas que em alturas determinadas da vida parece que não nasceram para serem felizes. Sem que se saiba explicar bem porquê parecem acumular episódios de infortúnio, como se fizessem colecção.
Esta situação é sempre constrangedora e injusta, mas revolta ainda mais quando vemos que os alvos deste arranjo universal são pessoas maravilhosas e genuinamente boas, que mesmo dadas as circunstâncias, teimam em seguir com esses mesmos princípios.
Sei que acreditas que não conseguirás nunca superar esta doentia história, com todos os seu contornos revoltantes. Mas superarás sem qualquer dúvida. Vai doer. Mas o dia chegará em que olharás para isto tudo e concluirás que foi a melhor coisa que te podia ter acontecido: "Não ter dado certo, mas teres tentado tudo quanto podias".
Nesse dia, não só te tranquilizará o facto de não teres motivos para te culpares, também verás com uma clareza cortante, que foste a melhor coisa que ele teve e que simplesmente deitou fora, mesmo depois de uma e outra hipótese de compor a situação.
Acredito sem dúvida alguma que o futuro te reserva surpresas maravilhosas, mas até para as poder agarrar é preciso estar receptivo. A partir de hoje e por muito que te custe acreditar, estás receptiva. Tens toda a abertura e possibilidade de seguir com a maré e colher o melhor da vida. Não são conjecturas minhas. Não me perguntes como, mas sei que sim.
Vais ser muito feliz, vais sorrir muito, amar imenso. E ver nisto uma verdadeira lição de vida, que mostra o quanto nos podemos enganar, e o quão rara e preciosa é a amizade e confiança verdadeiras... vais voltar a fazê-lo. Porque eu própria o fiz. E sei, hoje, que essa pessoa que eu conheci em 2003 e cujo capítulo encerrei há já uns bons anos foi a melhor lição de vida, foi o maior abrir de olhos para as verdadeiras e valiosas pequenas coisas da vida.
E no entretanto, tens-me aqui, todo e qualquer dia. Porque o que nos une, ninguém jamais separará.
Gosto muito de ti F*

*E vai tudo correr bem*

domingo, março 17, 2013

Diálogo nº1


AE-Porque é que simplesmente não ignoras o ocorrido? Não tem de te afectar, sabes? Já passou muito tempo, olhando para trás sabes que fizeste o que podias, deste o que tinhas.
R-Sim. Mas é a sensação de faltar algo, não é qualquer desejo de reviver as coisas, ou mudar o que quer que seja. É mesmo sentir falta de alguma justiça no processo, percebes? E oscilo entre repressão desta vontade porque faz de mim alguém vingativo, e a vontade de o assumir abertamente.
AE- Entendo-te perfeitamente, porque há situações e histórias demasiado más para as esquecer. E no teu caso motivos não faltam para ter fome de justiça. Mas diz-me sinceramente, sentes vontade de tomar acção?
R-Como assim? Se tenho vontade de fazer alguma coisa a respeito do que aconteceu?
AE-Sim!
R- (...) Acho que não. Não, não quero. Lá no fundo sei que os meus momentos de indignação e como tu dizes "fome de justiça" nunca poderão ser tão maus como os de viver com o peso na consciência de ser má pessoa.
AE- Sim.
R- Nem quero imaginar o que possa ser a sensação de saber que não se vale sequer o ar que se inspira. O que é ter em nós um mar de mentiras e saber que não somos sequer por perto, a pessoa que tentamos criar. Não. Tenho a certeza que não tenho de fazer nada para que se sinta ainda mais miserável. Porque é normal, é mesmo miserável.
AE- Mais uma vez, tudo pela "pessoa melhor"?
R- Sabes bem que sim. Tenho essa herança em mim. E tentarei sempre honra-la a cada passo.
AE- Ela certamente estará orgulhosa da pessoa que te tornaste.
R-Gostava mesmo que ela estivesse cá para ver o quanto crescemos, o tanto que todos atingimos.
AE- É nisso que te refugias?
R-Não é refúgio, não. Não me estou propriamente a esconder, ou a fugir de nada....
AE- Perdão, vou corrigir: "é nisso que te inspiras"?
R- Definitivamente.
AE- Sabes a sorte que temos por ter tamanho clã?
R- Completamente. E por estas coisas, por saber isso mesmo. Achas que valerá a pena voltar as costas a todos os ensinamentos e exemplos que herdei, por alguém tão pouco merecedor?
AE- ... Tens razão.
R- .... Vamos lá, falta pouco já. Técnicas de Imunoaglutinação.
AE- Ok! Vamos lá

quinta-feira, março 14, 2013

Núcleo

Hoje é dia de prestar, embora que pequena, uma homenagem a quem para além de me ter criado, me proporcionou todas as condições para ser melhor. Melhor em cada dia. E em vós me inspiro uma e outra vez, todas as que sejam necessárias.
Porque nem todos têm a feliz e sólida referência que me proporcionais.
Obrigada por todos os sacrifícios feitos, que fazem e os ainda por fazer.
*

terça-feira, março 12, 2013

Miss C



Nutro por ti um sentimento maternal. Tal como as mães não consigo esquecer-me de ti "pequena" e frágil. Serás sempre assim aos meus olhos, por mais que cresças entretanto.
Maternalmente desejo que tenhas apenas felicidade e realização. Não desejo qualquer mais valia da minha parte.
Um pouco de cada dia passa por recordar momentos da tua "infância", de quando te conheci. Foi uma época especial, gostei muito de pertencer ao teu crescimento e hoje fico feliz por ter contribuído um pouco para a pessoa que és.
Não preciso que sintas o mesmo do outro lado, tenho em ti o meu legado.

*

domingo, março 10, 2013

Tem mais encanto....



Será?
A ser verdade, tenho mesmo que deixar sair esta alegria, deixa-la tomar forma no rosto sob a forma de sorriso.
Terás certamente outro encanto, um novo, mágico e gigantesco encanto. E assim sendo, está quase a minha fase de negação pessoal. Posso ser eu, ter as minhas coisas e sorrir.
Tem de ser.
Porque outro tanto de tempo é incompatível com qualquer saúde mental.
Tens tanto encanto, agora :)
*

sábado, março 09, 2013

1.10!


*
Com uns dias de atraso, mais próximo do marco maior. Mas não podia deixar de marcar de algum modo o mimo que me foi dado nestes dias.
Ser recebida com tanto carinho e cuidado, faz com que seja ainda mais especial este cantinho.
Obrigada é uma palavra tão pequena para o tanto que queria agradecer.
*

terça-feira, março 05, 2013

Alguém explique



Talvez ancestralmente, o meu fascínio por esta área seja em parte tentar compreender o porquê.
Do ponto de vista científico já me foram apresentados vários "porquês", mas hoje, deixem-me ir com a irracionalidade típica de um familiar e amigo.
Alguém me explique. Por favor. Porque é que parece ser tudo menos casual nas vítimas que escolhe. Porque é que todas as pessoas do meu núcleo que foram apanhadas pela casuística, são pessoas a quem a sorte havia de ter reservado outra coisa.
Não consigo sequer racionalizar nesta avaliação. E por muito que o tente, ainda hoje não consigo justificar como foi o mesmo tipo, NSCLC, bater à porta dos meus avós maternos. Os dois, com meses de diferença. Quando a identidade genética aqui é zero, e o factor ambiental ainda não o identifiquei, mas há-de ser algo incrivelmente certeiro na hora de reivindicar os seus doentes.
Anos passaram, e talvez com alguma sorte, relativamente à situação referida muito me valeu o facto de na altura ter sido demasiado jovem e protegida pela inocência para me conseguir aperceber da dimensão do problema.

Mas alguém me explique este outro caso. Independente. Indivíduo do sexo feminino, 25 anos, sintomas vagos: "algumas perturbações do equilíbrio, alterações motoras, e auditivas...." a acrescer a uma vida pejada de achados médicos, desde intolerâncias alimentares a alergias várias, tudo fez o médico desconfiar de doença auto-imune. Veio a TC mostrar tratar-se de uma neoplasia. Alguém me explique. Porque um dia vou ser eu a ter de explicar. Como dizer a alguém, que tem a vida pela frente, todos os sonhos, a alguém absoluta e totalmente FANTÁSTICO. Como dizer, que afinal os planos nada valem, que os sonhos não serão mais que isso mesmo, que o amanhã deve ser preterido e visto doravante como um "hoje".
Alguém me explique, uma, outra e as vezes que forem necessárias. Porque eu não consigo entender. Das tantas pessoas que podias escolher, como vais sempre ter com as pessoas que não deviam ter contigo contacto.
Alguém me explique.

*A ti, minha pequena Papagaio*

segunda-feira, março 04, 2013

Ficar-me-á na retina


Será o meu papel mata-borrão que usarei para absorver sentimentos menos bons. Sempre que a tristeza tentar tomar lugar, recorrerei a esta memória, a esta imagem. Tempos mais conturbados se anunciam. E como tal consideremos estes escapes como autênticas reservas de força anímica.
Está gravado o momento, o local, a foto, a companhia. Está para sempre registado aqui, no meu cantinho do desassossego, na retina, que não esquecerá a beleza do momento, e no coração.
*

domingo, março 03, 2013

Fim de tarde*

Acho que merecia algo assim com uma frequência no mínimo semanal. Um fim de tarde de sol, sem pressas para correr para o estudo de um lado e sem trabalho do outro.
A vida é feita destes pequenos momentos. No fim de contas são as memórias que ficam, é o que nos permite seguir com a luta diária.
Não, não foi, não é, nem nunca será fácil. Mas assim me habituei a ir tendo as coisas, a pulso.
E num mundo em que o adjectivo que nos marca é mesmo o do reino do "efémero", é bom saber que tenho as minhas pessoas, o meu espaço e um núcleo imutável.
Porque estas coisas simples são efectivamente as que nos fazem mais felizes.
Café, sol, água e um beijinho
*

quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Minhoca



Damos mais valor ao que nos falta em cada momento do que às coisas únicas que possuímos. Nem quero imaginar o que poderia acontecer, nem quero pensar no que seria de mim sem ti.
Nem penses em meter-te noutra desse género. Porque prefiro ultrapassar este nervoso miudinho para sempre, que voltar a contactar com este cenário.
Não consigo ser muito fluída no raciocínio ou na escrita.
Por hoje é isto*

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Imiscíveis

É uma qualidade intrínseca à própria natureza. Existem substâncias que simplesmente não ligam, por mais que as tentemos agitar, não se fundem, permanecem teimosamente como estruturas individualizadas.
A lipofilia pode sempre forçar-se por complexação. Mas mais uma vez, isso distorce o conceito inicial de afinidade imediata, de facto muitas relações se mantêm à custa de uma "ponte química" entre as duas partes, mas se esta ponte desaparecer, ambas acabarão por se repelir novamente.
Olhemos para as circunstâncias como "a ponte". Olhemos para as pessoas como "as moléculas". Tenho para mim que uma vez removida a ponte que nos une, rapidamente será demonstrado grau (ou existência ) de afinidade entre os elementos.

terça-feira, fevereiro 19, 2013

Território

É como que animalesca, a constante e louca procura pelo território. Todos se agridem, rasgam a pele, deferem profundos golpes nos demais. Por um pouco de reconhecimento. E são capazes de se prejudicar globalmente, se com isso conseguirem ganhar espaço de vantagem em relação aos restantes.
Como cedo reparei, é uma verdadeira selva humana. Habitada por espécies do mais exótico possível. E como que um cenário fantástico (no mesmo sentido do FantasPorto) surge diante dos nossos olhos.
A agressividade tem alturas de ser palpável. A desconfiança passa a ser o teu melhor conselheiro.
Sossegamo-nos com o pensamento: "já não falta tudo." Eu sossego-me com o pensamento: "Só mais um ano".
E terá definitivamente de ser apenas mais um. Por vários motivos, mas hoje mais que nunca um pouco pela minha saúde mental. Porque preciso de voltar a lidar com a minha gente. Com quem sei fazer tudo pelo melhor dos outros, sem mais desejar, sem desejo de reconhecimento.
Coimbra apenas terá encanto na hora da despedida...

*

"Família D" - Apresentação


Não consigo precisar como fui percorrer esse caminho mental que me levou a ela. Mas dei por mim embrenhada num exaustivo processo de recrutamento de memórias. Memórias longínquas e que nem sabia que conseguia invocar com tamanha precisão.
Reparei, no entretanto, que não havia nunca feito qualquer referência à matriarca, nem tampouco a essa família. Não me espanta. Demorei algum tempo a ver claramente as pessoas que estavam por detrás de toda a farsa de família íntegra, era então demasiado nova para querer ver o quão enganadoras as pessoas podem ser.

Vista de longe, parecia a família perfeita. Pessoas cultas, educadas, estáveis na vida... em suma, o protótipo  que vemos no ecrã, no típico filme de sábado à tarde e que nos é vendido como "a" família.
No entanto, à medida que nos aproximamos reparamos que o verniz luzidio que ao longe nos parecia impecável, está completamente estalado e marcado por profundas frinchas. Cada frincha aberta por uma pequena, ou nem tão pequena, mentira. E vista de perto, verificamos que os laços que habitualmente unem elementos, foram neste caso substituídos por uma emaranhada teia de interesses e colada com mentiras.
São três os elementos da teia. Todos eles contribuem largamente para o caos. Nenhum gosta do núcleo a que pertence, mas nunca o abandonaria, porque há que trabalhar para manter essa que é a missão grupal: alimentar a imagem de família perfeita. Para isso, ignoram-se traições de anos, mentiras inacreditáveis, jogos de interesses, ódio mútuo. Tudo vale, para o fim que se deseja.
O 3º elemento, fruto da relação dos dois primeiros, cedo aprendeu as regras do jogo. E em última análise sabe que não interessa a verdade dos factos, mas sim a verdade que conseguimos vender. Se um cenário for suficientemente bom para ser credível ao mundo, então, é verdadeiro. Esta é a filosofia base do clã D. E é a premissa que nunca será abandonada.
Tive o infortúnio de ser no curso dos dias levada ao clã. Partilhei espaço, refeições, mas mais que isso, cega pela minha inocência, partilhei a minha preciosa confiança. Por pouco não fui engolida por eles. Mas como toda a mentira tem perna curta, cada mentira, traição da teia foi sendo meticulosamente descoberta e esclarecida por mim. Quis ter a certeza que não estava a ser profundamente injusta. Hoje sei que o dia em que virei as costas ao clã D, foi o dia em que me salvei de morrer asfixiada pela teia deles. Sei igualmente que nem todos tiveram a minha sorte. Lamento-o. Ou talvez não. Porque pessoas há com igual espírito, que tudo fazem para alimentar a fachada de vida perfeita. Desculpa-me Lady P se te sou injusta. Porém, não te conheço e como tal quero dar-te esse benefício da dúvida. Se como eu és apenas mais alguém inocentemente levada a confiar no que nos é contado, faz-te um favor: abre os olhos e liberta-te!

Depois destes anos passados, continuo a sentir um grande aperto no meu interior quando penso no clã, hoje diminuído. Porque apesar de tudo, custa acordar para a realidade de um mundo onde existem pessoas capazes de ludibriar tudo, e todos, pelo tempo que lhes seja possível.
Clã D, lamento muito ter-vos conhecido. De vós, mais não quero do que o resto dos meus dias de distanciamento.


quinta-feira, fevereiro 14, 2013

14/02/2013



*Em menos de nada teremos a oportunidade de celebrar o dia*
Apenas preciso de estar contigo, e sei que será mágico!

domingo, fevereiro 03, 2013

Casa mãe

Tens um espírito único, muito para além da componente técnico-científica. És a referência primeira, a instituição que lembrarei sempre que pensar no ensino.
Hoje voltar a ti, saber que rumas a um crescimento sustentado, que lentamente vais ganhando a merecida visibilidade faz com que eu sinta uma enorme vontade de novamente participar mais directamente no que é teu.
Tenho saudades de muito do que apenas na ESTSP encontrei. Mas foi bom, viver por momentos um pouco do que sempre me proporcionaste. Mais uma vez obrigada, minha casa mãe. Voltarei a ti, certamente, como sempre*

terça-feira, janeiro 29, 2013

Anatomia



Já é uma relação duradoura. O primeiro contacto que tivemos foi no Outono de 2004. Fizemos um intervalo, mas desde o ano passado que desenvolvíamos uma relação muito intensa. Dolorosamente intensa.
Hoje é com um enorme prazer que vivo o primeiro dia de "férias".
Tu foste a minha 5ª cadeira anatómica, mas cara neuro, foste demasiado exigente. Tiraste muitas horas de sono, deste muitas dores de cabeça, desgaste mental e estado praticamente asténico. No entanto, foi com grande prazer e surpresa que recebi a tua classificação e desse modo me despedi de todas vocês.
Como se vai ouvindo nos corredores das faculdades médicas:

"depois das anatomias, tem-se meio curso feito

É exactamente esse sentimento que experimento em cada cm deste corpo.
(ontem teria de ter descrito como sensibilidade, neste caso proprioceptiva... e consciente!)

Mission accomplished!!!

quinta-feira, janeiro 24, 2013

Django




Porque o Tarantino tem este dom de reinventar temas mais que explorados. Django foi sem dúvida alguma das melhores surpresas que tive nos últimos tempos.
Não posso esperar por reunir a família e reviver essa experiência de saborear um bom Western, desta feita um pouco diferente.
E para me deliciar nestes últimos dias que antecedem o meu confronto neuroanatómico, cá fica esta grande obra, magicamente intemporal:


He's the guy who's the talk of the town 
With a restless gun 
Don't you bother to fool 
Him around
Keeps the bandits on the run, boy 
Keeps the bandits on the run 
You may think 
He's a sleepy type guy 
Always takes His time 
Soon I know you'll be changing your mind 
When you seen Him use a gun, boy 
When you seen Him use a gun 
 He's the top of the West, 
Always cool, He's the best 
He keeps alive with his colt 45 
 You won't bother to fool Him around 
When you seen Him use a gun, boy 
When you seen Him use a gun 
 He's the top of the West, 
Always cool, He's the best 
He keeps alive with his colt 45 
 Who's the guy who's riding to town
In the prairie sun 
You won't bother to fool Him around 
When you seen Him use a gun, boy 
When you seen Him use his gun

terça-feira, janeiro 22, 2013

Tarde (mais que) perfeita

A vida é mesmo feita de pequenos momentos. Às vezes é um pão quente com manteiga, ou uma noite de pleno repouso. Um simples chá em boa companhia. Uma chuva na janela com um bom livro à lareira, como companhia....
É no fundo para termos esses pequenos momentos que nos dispomos a tantos sacrifícios. E no fundo, às vezes acabamos por ser devorados pelos problemas e rotina e deixamos de apreciar as pequenas coisas da vida.
Hoje não foram pequenos momentos. Hoje foi um dia completamente feliz. Sinto uma alegria tão grande, sinto o meu coração tão preenchido que não há palavras que me permitam aqui descrever o bem que esta fugida me fez.
Se há quem me faça verdadeiramente falta são vocês. E sei que a vós irei voltar. Porque aí tenho sempre o sentimento de família, de plenitude e sou feliz.
E sei igualmente que me apoiam e vibram a cada vitória, por isso, vir daí hoje deu-me aquela motivação extra. Por saber que tenho de vencer esta última batalha anatómica, também por vós.
Obrigada, a todos, mas principalmente ao meu velhinho*
Por seres das melhores pessoas que conheço.
*

terça-feira, janeiro 15, 2013

Pula, avança.

Tens de o fazer, larga essas amarras que te prendem a uma realidade morta. Não deixes que fique tanto de ti num mundo que não volta.
Foi bom, foi uma época feliz e risonha que sempre será guardada com todo o carinho. Mas é mesmo esse o tempo verbal que se tem de empregar: "Foi".
Não fiques triste em ver que as coisas mudaram, não caias na tentação de te sentir frustrada e desvalorizada. As coisas mudam, e como disse outrora o "chefe": "Ninguém é insubstituível"
De facto não.
Avança, segue em frente. Terás um dia novamente um núcleo duro, mas serás nele realizada a níveis que nunca poderias ser se tivesses parado.
E sempre que te bater à porta esse sentimento, volta aqui, relê isto. Tantas vezes quantas sejam precisas.
Sorri, pula, avança.
Deves isso a todos os que contigo estão nesta luta, que se sacrificam diariamente para viveres o teu sonho
*

domingo, janeiro 06, 2013

Inevitavelmente ansiamos essa confirmação. Por muito que nos queiramos convencer do oposto, é importante e reconforta a sensação de justiça.
Saber que "what goes around comes around" acabou de acontecer, faz com que no nosso inconsciente o mundo caminhe o estado de equilíbrio e apazigua a nossa alma.
Não creio ser desejo de vingança até porque não teve parte activa nossa. É mesmo um rasgo de felicidade, quando a situação não é grave.
Hoje o dia foi assim. Com a ideia que os actos estão com quem os pratica. Para a eternidade.
Não queres ser perseguido pelo Karma, não o provoques :P
*

sexta-feira, janeiro 04, 2013

3...2...1...

Estou preparada, venha essa que é a minha luta. A primeira do ano. A que me faz mover montanhas se preciso. Serei capaz. Porque tenho de o ser. Muito depende disso.
Que comece.


*

domingo, dezembro 30, 2012

Fernando Pessoa, escreveu para mim:

"Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim, nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante para mim é saber que eu, em algum momento fui insubstituível, e que esse momento será inesquecível." (Fernando Pessoa)

Obrigada, por pores em palavras o que sinto muda todos os dias.

:)
*

2012

Chegada a altura de introspecção. Parar um pouco, organizar as ideias e reter no que os 365 dias que me distam do exercício anterior.
Se me pedissem para resumidamente classificar o ano em poucos adjectivos, escolheria: Intensidade, sacrifício e clarificação.
*Foi um ano intenso desde o seu começo até agora os últimos dias. Começou e está a terminar com a mesma intensidade no ritmo de estudo, o que mostra como muitas das horas de 2012 foram passadas. Foi intenso nas emoções e igualmente nos problemas. Foi no geral um ano rico em intensidades de ordens várias.
*O sacrifício é algo que está igualmente marcado em cada um dos meus momentos altos. Pela mudança que a vida levou, nos níveis afectivo, financeiro e familiar. Até o meu circulo de amizades acabou por ser um pouco sacrificado. Mas todo o esforço ganha sentido quando nos move algo concreto e maior. Sei que todos os esforços não são solitários, sei que comigo, muita gente se sacrifica igualmente. Estamos (o núcleo) unido num e no mesmo sentido. Não podia ser melhor, portanto.
*Clarificação. Escolho este como o melhor dos três adjectivos, o que mais esteve presente, o que mais marcou a mudança neste ano já de si, tão importante no meu trajecto.
A família está hoje bem mais apaziguada e organizada que o ano passado. Hoje, os grandes problemas que então nos afectavam, estão completamente resolvidos, e nunca pensaria que num tão curto prazo de tempo seria possível tamanha concretização.
Foi o ano de completa estruturação de relacionamentos, já que as limitações de que sou alvo no quotidiano me fizeram ver com uma facilidade incrível que há pessoas que simplesmente não se coadunam com o espacinho reservado para o núcleo. E 2012 foi particularmente rico na remoção desses contactos. Não faz sentido no tão pouco tempo que se tem, perde-lo em prol do nada, das ralações (com "a") egoístas e sem polpa.
Foi sem dúvida um ano de decisões (mas sobretudo de estados de consciência) difíceis. Mas que permitiram uma organização e transparência com um impacto fantástico na realidade dos dias.

2012 ficará em mim, permanentemente tatuado esse acontecimento que foi a lição de vida mãe. Sinto que aí, foi a grande mudança. A mudança do ano. E se o "EGO" de 2012 se distingue da 2013 é sem qualquer dúvida na fé e no retorno que deposita e espera, respectivamente.
Foi com alguma teimosia que não aprendi esta lição antes. Mas temos essa tendência à negação, que nos faz sempre tentar investir um pouco mais nessa, ou noutra amizade.
Não vale simplesmente a pena, connosco devem sem dúvida caminhar aqueles que na queda nos ampararão, e nunca aqueles que se focam apenas em desviar do prejuízo que o tem embate eventualmente provoque no caminho deles.

Anseio pelo 2013, porque será um ano melhor, com certeza*

quarta-feira, dezembro 26, 2012

Balanço Pós-Natal

É com o coração bem cheio que me sinto confiante a dizer que sem dúvida alguma este foi o meu melhor Natal desde há 10 anos +/-!
Não foram as prendas, foi o sentimento. Foi a partilha e a sensação de bem estar que apenas temos quando estamos bem na nossa pele e sentimos igualmente essa sensação em quem nos rodeia.
Não podia o ano terminar de melhor forma.
E não posso nem por um segundo deixar de me sentir privilegiada*
Espero que todos tenham sentido o mesmo, e já desejo o melhor a todos vós!
:)

quarta-feira, dezembro 19, 2012

*Aproxima-se*



Sei que não te estou a preparar da melhor maneira, não tenho qualquer aquisição de momento.
Mas sei que não és somente essa veia consumista. És tão mais que isso. O espírito tenho-o eu, trago-o comigo e sei que vai ser mais um daqueles dias maravilhosos.
Só o estar em casa, num quente acolhedor e contrastante com o gelo que lá fora se sente. Saber que tenho a minha família, consegui alcançar sonhos que muitas vezes pensei demasiado difíceis de concretizar. O meu Natal não carece de muito mais.
Gosto de me deixar acometer por este positivo espírito, e neste seguimento permitir-me acreditar que fora este, apenas estarei outro Natal mais longe. Este Natal poderá marcar metade da minha estadia pelas terras do Mondego.
*
Já estás presente em muito do meu dia. Porque o Natal não é um dia, é um estado de espírito. E em mim, já é Natal há muito tempo*

domingo, dezembro 09, 2012

Pequenas palavras

"No “longínquo” ano de 2007 ambos nos iniciávamos: Para nós o primeiro contacto com a Biologia Molecular, para a professora Isabel o primeiro contacto com a ESTSP. Hoje muitos de nós trabalham nessa área que nos apresentou e para a qual nos tentou cativar, mas independentemente da área que acabamos por escolher, todos nós levámos um pouco de si, e do que pautou a sua forma de ensino pela nossa vida profissional. Esperámos ter marcado tanto pela positiva como a professora nos marcou a nós. E neste momento em que se prepara para ter de (provisoriamente) se afastar da nossa eterna casa, apenas gostaríamos de dizer com toda a sinceridade: Muito obrigada pela dedicação e empenho com que nos presenteou em cada aula, pela disponibilidade e amizade. Muitas felicidades.

 Alunos de Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica 2004-2008"

sábado, dezembro 08, 2012

Blindness

Há aqueles momentos em que simplesmente a noção de espaço e tempo desaparece. Não sabemos bem o que aconteceu, nem durante quanto tempo.
Tais momentos são despoletados por emoções-limite. Quer boas, quer más. E fazem com que as pessoas hajam de modo completamente imprevisível, quer bom, quer mau.
Todos estamos sujeitos a tais situações e cabe-nos a nós tentar gerir o turbilhão que antecede a explosão de modo a que esta não aconteça. Com o passar dos tempos, vamos tomando melhor conhecimento dos sinais de aviso e evitando a explosão. No entanto, o limite de todos nós é modulado por condições extrínsecas. Por níveis de stress, por situações que no fundo actuam sinérgica ou contrariamente de modo a potenciar ou não a completa e total blindness.
Por conseguinte, uma vez que a reacção não está completamente nas nossas mãos, não podemos garantir que conseguiremos evitar entrar nessa espiral explosiva. Podemos sempre tentar e contar com pessoas que nos conhecendo sabem quando estão a ser necessárias, e o que devem evitar para piorar ainda mais o cenário. O problema é quando nem todos remamos com o mesmo sentido. Quando não dá para contar com a ajuda externa, e do lado de fora da nossa bolha não vêm senão contribuições negativas.
Mas isso apenas significa uma coisa: Teremos de ser nós a fortalecer a nossa parte e a ficar menos sujeitos à intervenção de terceiros. Pode parecer um isolamento. Mas não, é antes um fortalecimento em quem de facto merece.

terça-feira, dezembro 04, 2012

Miminho


Chegou hoje, e soube tão bem abrir o correio e ver este miminho lá*
Ohhhhh!

Não quero deixar de ter isto nem por um segundo

Feline family

sábado, dezembro 01, 2012

Down

That's where I'm going*

terça-feira, novembro 27, 2012

Desdobramento fisiológico Pertinente

Não se deve a uma inspiração forçada, com consequente aumento do retorno venoso. Não me refiro ao desdobramento fisiológico do segundo sopro.
É uma somatização do referido. Sinto que por vezes eu própria sou alvo de desdobramentos fisiológicos. Se sopros houvesse eu os teria. Vários.
Curioso como são várias as situações em que sou "desdobrada" e alvo de tratamentos peculiarmente antagónicos. Num curtíssimo intervalo de tempo sou capaz de ser esquecida e lembrada, dependendo do interesse.
Curioso o que faz as pessoas focarem-se nelas nos bons momentos, praticamente esquecendo que talvez pudessem esperar ou devessem partilhar aquela situação com outrém. Mas rapidamente se lembram de a ti recorrer, sem antes verificarem se algo podem fazer por si, para resolver uma situação periclitante. Mais intrigante quando a mesma pessoa recorrentemente alterna momentos de "esquecimento pertinente" com "pedido de ajuda" igualmente pertinente.
São assim a modo de resumo as "amizades" (reforço as aspas nesta palavra) pertinentes. Das quais quero o meu pertinente distanciamento.
*

segunda-feira, novembro 26, 2012

8

Oito é um número quase simbólico. Verticalizando o simbólico portal para o infinito. Oito ironicamente foi o que vos impediu de ser eternos.
Fecho e abro os olhos tendo-te no pensamento. Só posso imaginar o quão difícil pode ser mudar a realidade de um dia para o outro. Em abono da verdade, ainda houve uma luta. Quase dois anos te fizeram lutar por manter a tua realidade. Anota isso na tua consciência. Tudo fizeste. Agora viste-te forçada, em seguir. Dói, vai continuar a doer. Foram 8 anos. Mas cá estarei para ti. Sempre. No que decidires.
Porque sei que serás muito feliz. Se há quem mereça és tu. E se há quem tem sido privado de momentos felizes e tem uma conta a saldar com a justiça és igualmente tu.
*

quarta-feira, novembro 21, 2012

Sequelas

Hoje sente-se. Muitas vezes as consequências do acidente não são visíveis no imediato. Não é no momento do choque que sentimos os verdadeiros danos provocados.
Hoje sinto-os. Como que potenciados pelo cansaço, pelo momento de alguma descrença. Sinto-os em cada pequeno segmento do meu débil corpo.
E quase me sinto incapaz de sentir a dor pulsátil que inflectem essas sequelas. De todo o lado surgem estilhaços, na hora em que penetraram na pele não os senti. Hoje sinto-os. Sentimento agudo, intensificado a cada momento que se dá e permite a sua entrada em profundidade.
Não serão exactamente os 26, mas a verdade é que a dor cortante vai sendo substituída por um cansaço generalizado. Uma vontade de desligar.
Amanhã, não os sentirei.

terça-feira, novembro 20, 2012

Feliz Aniversário

A partir de hoje começo a estar mais perto dos 30. Faço 26 anos.
E estou mais perto não é só dos 30 anos, que parecem assustar todos os que habitam nos 20 como se por perto se anunciasse o fim da dolce vita. Estou mais perto de ser quem quero, hoje sei que estou cada vez mais perto do que sonhei. E nada melhor do que viver o sonho.
Que seja efectivamente um dia feliz. *

domingo, novembro 18, 2012

16-11-2012

Com algum atraso mas mesmo assim, digno de nota. Foi neste dia que eu e o Suri tivemos uma prenda. Para mim um aniversário antecipado, para ele uma nova e feliz experiência.



E se dúvidas havia, rapidamente o Suri as dissipou. Amigos desde o 1º segundo. E a casa está mais cheia.
:)
Hoje é o dia 3 dessa nossa aventura conjunta. E que continue a correr tão bem como até ao momento*

(Obrigada Tico, pela surpresa, e pela insistência... Não fosses tu e não me permitia esta aventura)

segunda-feira, novembro 12, 2012

Lipiti

Tenho pensado em ti, no tempo que andei sem saber de ti, por essas realidades que nos foram criando dificuldades no encontro mais frequente.
És a excepção que confirma várias regras. Se com a idade as pessoas têm mais dificuldade em se entregarem e acreditarem em pessoas novas, desde o primeiro dia que senti uma imensa confiança em ti, em tudo me vieste mostrar que mereces a 100% essa confiança. Se muitas relações acabam por morrer face a distância ou tempo, tu cada vez pareces mais próxima.
Não há silêncios constrangedores, não há desconfiança. Não há egoísmo. Pura amizade. Pura entrega.
És simplesmente das melhores pessoas que conheço. Por seres sincera, por seres companheira, por escutares os outros sem julgamentos. Por seres tu. 
Se tivesse que escolher alguém para incorporar o conceito de beleza, escolher-te-ia a ti, por conseguires aliar todos os predicados que já referi de uma pessoa íntegra a uma beleza exterior que te tornam uma pessoa genuinamente especial.
Sinto-me muito feliz por ter uma amiga como tu, por saber que se precisar estás lá. E quero também eu estar lá para ti. Quando precisares, no que precisares. Sem julgamento, sem avaliação. Porque é assim que funcionamos, desde sempre.

sábado, novembro 10, 2012

10.11.12

Este e o 12-12-12 são dias cujas datas são boas para acontecimentos raros, para memorizar. Espero bons acontecimentos, para não mais os esquecer, pelas melhores razões.
*

sexta-feira, novembro 09, 2012

Asneira devia pagar imposto

Cada vez mais me indigno com opiniões tecidas ao desbarato. A informatização e a facilidade com que qualquer um de nós através de um blog, rede social, email, ou simplesmente um telemóvel concede dissipar uma determinada mensagem tem muitas vantagens, mas também trouxe muito ruído, autêntica poluição que acaba por inundar e mesmo cegar a opinião de muita gente acerca dos mais diversos temas. O problema reside quase sempre no mesmo pilar: Ausência de pensamento critico. Se por um lado quem se lembra de num belo dia disparatar sobre X tema sem ter o cuidado de se informar criticamente acerca do mesmo pensasse duas vezes nas repercussões daquela atitude isso diminuiria, acredito, o número de despejos de opinião. Por outro lado, se quem lê algumas barbaridades se desse ao trabalho de confirmar se tal é verdade, não ocorreria o verdadeiro fenómeno viral que podemos verificar com temas como o cancro, contraceptivos orais, política, etc, etc, etc.
Atentemos no seguinte:
"Estou na espera... Espero o nascimento do Gustavo... Espero, todos os dias a chegada do marido, espero os fins de semana para ir às aulas... Mas, não espero certos comentários!... Sei que a intenção é boa, só que de boas intenções está o inferno cheio!... Eu não tenciono condicionar o meu, MEU, corpo depois do nascimento do Dinis! A pílula mata, lentamente mas mata, laqueação de trompas nem pensar!... A vida, Deus, carma, chamem-lhe o que quiserem, saberá o que nos está reservado, mas estropiar-me e envenenar-me é coisa que não vou fazer!
Alguém bem perto de mim colocou um DIU!... Depois disso, tudo lhe aconteceu: infecções vaginais sucessivas, internada com uma infecção generalizada, suspeita de pneumonia, gânglios linfáticos inflamados na zona abdominal, nódulos na tiróide com alteração, pelo que vai ser operada, e suspeita de glaucoma...O que mais é preciso acontecer? Os médicos não dizem tudo, não convém assustar, logo muitos efeitos secundários são descartados porque são "raros"...
Não se iludam! Procurem na net as últimas conclusões sobre o uso de pílula, DIU e companhia e preparem-se para enfrentarem a dura realidade: não há bela sem senão... E o preço pago por milhares de mulheres é demasiado alto! Podem gastar dinheiro em cremes e operações estéticas mas o corpo, por dentro, começa a morrer mais cedo e não há volta a dar... Mas, o que interessa é parecer bem por fora, certo!?"

Como pode? Como pode tamanha imbecilidade, ser assim despejada sem qualquer fundamento, sem sequer ponderação. Pena essa senhora não tomar a pílula, ter colocado um DIU... perpetuará certamente a mais almas esta tão torpe forma de aniquilar a verdade.
Asneira devia pagar imposto.
A mim apenas revolta, saber o tanto que tenho ainda a aprender, a estudar. O tanto que não sei. E o medo que sinto em cometer imprecisões. Não suporto quando não sinto o mesmo cuidado do outro lado.

quinta-feira, novembro 08, 2012

"Os meus sentimentos"

Há alturas em que todos nos comovemos com uma situação, nos indignamos com a injustiça de alguns acontecimentos. Hoje voltei a sentir esse sentimento de revolta e tristeza generalizado à comunidade, desta vez à comunidade académica da FMUC.
A adicionar, a ironia do problema, morte súbita cardíaca num jovem de 19 anos. Porque parece destino.
Os meus sentimentos, Liliana*

quarta-feira, novembro 07, 2012

segunda-feira, outubro 29, 2012

Seafoam Green



Parabéns antecipados. Quase um mês. Vestiu-se de "Seafoam green" e dentro de dias estará comigo e com o meu nome gravado.
É destas pequenas coisas que se vão construindo os dias, e nos vamos mentalizando que é mesmo verdade. Espero com ele poder ajudar muitas pessoas. Que é para isso que cá ando.
*

domingo, outubro 28, 2012

Been there


Coitadinhas das babes, as quatro enganadidas a pensar que vivem algo único. Pena a raça dos telemóveis novos não permitirem com a mesma classe do meu fantástico Samsung modelo Masterplan receber detalhes dos restantes destinatários quando se tratavam daquelas mensagens "para grupo".
Chegou a dar-me umas belas surpresas esse telemóvel. Vicissitudes, agora, só nos fazem rir.
*

Plim!

O meu "plim" pretende simbolizar aquele sonoro que surge habitualmente acompanhado por uma lâmpada acesa lateralmente a uma cabeça, sempre que se chega a uma conclusão.
Eu cheguei a uma, demasiado óbvia até, mas de qualquer modo resolvi partilhar. O meu plim, soou quando me apercebi porque me parecem incompletos os dias.

sexta-feira, outubro 26, 2012

Down

E assim, nos dias de maior disponibilidade e relaxamento, eis que o corpo decide desligar. Depois de umas largas semanas de sacrifício e algumas privações (especialmente de sono), ele dá o seu trabalho por completo e desliga. Desliga inclusive unidades importantes, como esse departamento de imunidade, e deixa entrar e crescer esse vírus.
E assim, se faz um fim de semana prolongado*

quarta-feira, outubro 24, 2012

Anatomia III - Parte 1

A menos que a minha até agora rigorosa mente tenha-se iludido completamente a primeira de uma trilogia está completa.
E assim a minha neura da neuroanatomia pausa umas semanas para férias *

segunda-feira, outubro 22, 2012

Sabe bem, pagar tão pouco

Não, não fui convertida ao mundo do markting e decidi fazer uma análise a um dos slogans mais banalizados do país. É meramente uma adaptação dessa frase tão frequente à minha actual realidade.
De facto, sabe bem pagar tão pouco e assim mesmo ter o bastante. Cortam-se os excessos, as futilidades e espantem-se, ficamos com bem mais do que inicialmente. É a beleza das relações humanas. Não é uma questão de investimento monetário. Pelo contrário, quanto menos se complicam, quanto menos se paga e mais se sentem, mais crescem.
É um final de dia em família. A informalidade que caracteriza o núcleo. Por menos de nada é-se feliz e completo.
Lá fora pode estar a descer o gelo sobre a cidade. Cá dentro reina o calor. E pode ser tarde. Posso ter de estudar. Mas este tempo ninguém mo tira. Não se troca por melhor prestação, ou qualquer bem material.
Realmente, sabe bem pagar tão pouco. E ser feliz, não tem preço.
*

domingo, outubro 21, 2012

Inês

Diz a wiki(know it all)pedia que:
Inês é um nome próprio feminino, de origem grega αγνη ("hagnē"), forma feminina de αγνος (hagnós), que significa "casta" ou "sagrada". Em alternativa, há quem defende[quem?] que provém do latim, da palavra "agnus", que significa "cordeiro".

 Era um dos nomes que estimava. Até que em vez de uma fêmea "cordeiro", me sai mais um exemplar do mesmo género (feminino), mas da raça bovina.

Óbvio que não acredito na teoria que o nome confere personalidade. Mas o conceito que gero automaticamente quando penso em determinado nome prende-se invariavelmente com as pessoas que conheço com esse mesmo epónimo. E nesta linha de pensamento, querido blog lembra-me por favor daqui a uns anos, quando tiver a minha primeira menina, de não a chamar de Inês.
Obrigada Ego, ser-te-ei eternamente grata*

sábado, outubro 20, 2012

O outro lado

Estamos num trilho, com um grupo, ao longe vemos uma bifurcação. Não poderemos ir todos pela mesma estrada. Temos necessariamente que optar por um dos caminhos, o que consideramos melhor. Ao mesmo tempo sabemos que iremos perder a paisagem, as experiências que o outro lado nos daria. Mas estamos convencidos que foi o melhor caminho.
Assim me sinto. Há um ano atrás tomei uma decisão. Um rumo. Mas mentiria se negasse a falta e a saudade que tenho de coisas que perdi, nesta nova realidade. Às vezes, como hoje, em que fico apenas eu nesta cidade cheia de movimento. Quando apenas eu pareço ter que estudar, numa sexta-feira à noite. Quando me vejo a ter de repensar muito bem a estratégia mensal. Sinto mesmo vontade de voltar as costas, sair de casa, e ser novamente eu e o meu antigo tempo.
Mas como quando estamos num trilho e ao longe vemos uma bifurcação. Sabemos que temos de tomar um rumo. Não podemos ficar indefinidamente naquele ponto. Temos de seguir. Não vale a pena pensar no que foi. Tem que se viver o presente, sempre com o olho fitado no futuro. E hoje, sexta-feira à noite não saio. Estou sozinha. Eu o Suri e a minha Anatomia. Este é o meu dia hoje, porque amanhã valerá a pena.
*

quarta-feira, outubro 17, 2012

ECG

Ritmo sinusal, regular: 70 ciclos por minuto. Eixo eléctrico normal.
Sem alterações relevantes para a faixa etária.

:)
Hoje sinto-me muito mais graúda
*

terça-feira, outubro 16, 2012

Quando foi que isso aconteceu

O Facebook é um autêntica chacina às minhas recordações. E explico porquê. Já lá vão 8 anos desde que saí de Amarante para rumar à Invicta cursar essa bela Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica. Muito aconteceu nos entretantos, mas isso não é assunto para este post. No percurso várias ferramentas de proximidade fictícias foram sendo desenvolvidas, primeiro o hi5, agora o facebook. No essencial são formas resumidas de se ir sabendo de uma maneira muito superficial e às vezes até um pouco deturpada o que é feito de pessoas com as quais pessoalmente não falámos há uns bons anos.
A questão é que já por diversas vezes me "reencontrei" com alguém que na minha cabeça ainda namora com X (certo que não os vejo, nem lhes falo há mais de 8 anos, mas pormenores absolutamente irrelevantes para o mundo das memórias), casado e com filhos de Y (alguém igualmente conhecido, que NUNCA na vida pensaria que fosse ter algo a ver com a pessoa em questão).
Acho sinceramente que o Facebook havia de ser processado, ou isso, ou inspirado nesta onde de taxas, sobre-taxas e impostos, haveriam no mínimo de ter de contribuir (aqui sim) com uma taxa extraordinária de solidariedade. Porque uma pessoa sofre. Apercebe-se que sem que nos tenhamos dado conta, lá fora o mundo mudou o suficiente para dar três cambalhotas à retaguarda e ter ficado de pernas para o ar, com direito a filhos pelo meio e tudo. (Filhos??? Onde raio teve esta gente tempo para isto tudo?)
A sério.... Facebook? Para de me deprimir.
A parte genial é que o meu toque de doente mental me faz logo por no lado oposto... e realmente, algo me diz que a reacção deles em relação ao meu presente há-de ser igualmente de espanto. Porque embora não ponha grande informação nessas redes sociais, a verdade é que o que lá está é suficientemente distante desse meu Eu de 17 anos acabado de sair de Amarante. Verdade seja dita, ainda bem. Hoje provavelmente nem eu me suportaria com 17 anos.
Facebook, a lembrar-nos a todos que o tempo não para, que as pessoas mudam, e que a caravana passa....
*

O bem pelo bem.

Tudo começou uns dias atrás, enquanto percorria os olhos pelo Caleidoscopiotuga:

"A minha luta
por Diogo Dantas, em 11.10.12
Ser católico, mais do que convicção profunda, faz parte das minhas raízes, formação e até cultura. Ter crenças profundas e tradicionais é cada vez mais difícil, num mundo relativista onde tudo se compra e vende, onde o facilitismo comanda a vida e o sacrifício é visto como um desvio sem sentido. A maior parte das pessoas acham-se possuidoras de um espírito livre, mas têm medo de estabelecer compromissos ideológicos e estão sempre cingidas a princípios que as oprimem, decepam e restringem.

A busca da felicidade é cada vez mais uma obrigação a que ninguém pode fugir, um alimento inebriante que todos devem consumir, o carro, o telemóvel, o sucesso profissional, a casa, a conquista amorosa, o materialismo selvagem numa época que é a idade média da mente e da liberdade de consciência do ser humano.

(...)
O problema é que essa finalidade impaciente não ganha raízes ou força e alimenta-se da autocomiseração egocêntrica e da superficialidade. Há sempre um momento em que uma pequena voz nos diz para fazer o que está certo e seguir o caminho da coerência e da lealdade. Podemos escolher ouvi-la ou optar sempre pela via mais fácil."

É uma velha questão. Assenta num simples problema que a mim me custa a perceber: A tomada da nossa como a posição universal.
Claro está que se tomámos uma decisão, se optámos por uma posição, achamos de algum modo que ela é melhor. Mas é melhor para NÓS. Porque é que custa tanto entender que a nossa, não é a única cabeça neste mundo? Que consequentemente os nossos, não são os únicos olhos que vêm a realidade?
Na nossa sociedade todos somos católicos, é cultural. Implícita ou explicitamente todos somos condicionados por essa forma ancestral de ver o mundo. Mas entendo aqui o catolicismo como contexto social, se quisermos analisar sob o ponto de vista religioso, então não. Não sou católica.
Mas repara Diogo Dantas, não foi opção. E não compreendo como alguém que se apega tanto à questão da fé teima em não perceber que a "fé" é assim mesmo, algo que se sente ou não (ponto). Não consigo acreditar. Na minha maneira de ver as coisas é algo que simplesmente não faz sentido. Mas isso não me torna uma pessoa com menos ou mais princípios. Isso não faz com que tenha qualquer dificuldade em "seguir o caminho da coerência e da lealdade", até porque todos nós, crentes ou não temos algo a que se chama consciência. Temos todos, independentemente da fé, conceitos morais, noção do bem e mal, certo e errado que fazemos reflectir nos nossos actos.
Não consigo perceber a noção de fazer bem por algo (seja fuga ao castigo, seja noções de compensação pós-mortem sob a forma de paraíso), o bem deve ser feito sempre. Porque é o bem. Simples.
Eu sempre respeitei a visão e opiniões das outras pessoas, continuo a respeitar. Mas cabe-me também a mim acrescentar algo às demais visões, principalmente quando elas são tão redutoras.
*




segunda-feira, outubro 15, 2012

Semana *

Esta semana que começa neste preciso dia guarda em si já um punhado de acontecimentos felizes.
Alguns não precisam de ser muito esmiuçados. São unicamente o fruto de muita persistência e em boa verdade não deviam ser surpresa. Fico feliz por saber que a vida continua, que melhora, com pequenas coisas. Simples. Sei que vai correr bem, porque te conheço. E mereces mais do que ninguém. Espero que todos tenhamos ainda a possibilidade de te aproveitar, de sorver dessa fonte inesgotável de conhecimento.
Mais trivial é a minha primeira anotação da chegada do frio. A percepção que os chocolates e enfeites tradicionalmente do Outono avançado e pronúncio de Natal estão lenta mas persistentemente a invadir os espaços. Gosto desta época do ano. É a minha época. Daqui a não muito tempo voltam a tirar-se os casacos dos armários, e com eles os cachecóis, botas e meias de redobrado conforto e calor.
É bom verificar que o tempo e as estações vão mudando, mas as coisas importantes continuam imutáveis: Continuo neste ritual depurativo enquanto o meu café arrefece ao lado, enquanto o Suri permanece impecavelmente deitado num colo que já sente a falta dele nos dias de Coimbra. Continuas aqui, continuas perto. Presente até na ausência. E se tudo correr bem, apenas mais um ciclo destes faltará.
A um Outono de distância estarei de volta permanentemente. E essa será a única mudança outonal. Porque o ritual continuará, permanecerá acompanhado por um café que arrefece. O meu colo continuará a ser aquecido pelo meu amigo felino e tu estarás ainda mais presente. Se é que isso é possível.
*

segunda-feira, outubro 08, 2012

A meio, um ano e meio.

É dia de celebrações.
:)
E encaremos este marco com um quase virar no sentido do retorno. Ano e meio. E daqui a outro tanto estarei, nas melhores previsões, já em casa.
Vai correr bem, tudo corre bem quando pomos o nosso melhor em tudo o que fazemos.
*
Amanhã estarei mais próxima do destino. E assim sucessivamente!
Celebremos também no caminho.

segunda-feira, outubro 01, 2012

Nódoa

Têm a capacidade de difundir num imaculado tecido e manchar apenas com uma gota uma significativa área. Assim como nos tecidos há igualmente nódoas humanas. Indivíduos que não fazem mais senão disseminar o mau estar. Parte positiva é que como nos tecidos, também nos humanos há tira-nódoas. Há sempre maneira de desincrustar essas indesejadas presenças e repor o estado normal e agradável das coisas.
E como é bom perceber que a nódoa já não nos afecta, que foi afastada desse nosso tecido :)
Espero não ter vislumbre de nódoas nos próximos tempos, mas se tiver, a coisa volta-se a resolver. Nada como uma boa limpeza, sempre que ela seja necessária.
*
A um mundo sem nódoas, porque vida que é vida, quer-se a cheirar a Skip*

sábado, setembro 29, 2012

Sábado à noite



Sábado à noite não sou tão só
Somente só
A sós contigo assim
E sei dos teus erros
Os meus e os teus
Os teus e os meus amores que não conheci

Parasse a vida
Um passo atrás
Quis-me capaz
Dos erros renascer em ti

E se inventado, o teu sorriso for
Fui inventor
Criei o paraíso assim

Algo me diz que há mais amor aqui
Lá fora só menti
Eu já fui de cool por aí
Somente só, só minto só

Hei-de te amar, ou então hei-de chorar por ti
Mesmo assim, quero ver te sorrir...
E se perder vou tentar esquecer-me de vez, conto até três
Se quiser ser feliz....

sexta-feira, setembro 28, 2012

The End

Incrível como pequenas situações nos catapultam para decisões que antes julgaríamos impensável tomar sem uma exaustiva análise. É como se representassem autênticos pontos de viragem. Uma confirmação absoluta da direcção a tomar.
Tenho pessoalmente como opção deixar as coisas bem resolvidas e arrumadas. Não gosto do turvo pó ainda levantado a limitar-me a visão. Prefiro determinar o fim absoluto do que perpetuar na tentativa. Já lá foi o tempo em que pensava de uma forma oposta. O tempo fez-me ver que insistir nos erros é teimar em não aprender.
Hoje, 28 de Setembro de 2012, 9 anos, 2 meses e 2 dias depois foi como que uma confirmação que não há qualquer motivo para manter esse resquício de ligação.
Este ano foi o período das limpezas mentais e do desembaraçar de nós que apenas servem para sufocar.
Mais um ponto de uma história, o final. De uma história demasiado longa. O ponto de partida a uma nova fase.
A mim, só apraz dizer com um sorriso nos lábios:

"The End"


*

domingo, setembro 23, 2012

Novo Outono

Sempre serás a minha estação. O passado trouxe-me um regresso a uma rotina cíclica que toma em ti o seu início. Agora inicia-se um novo ano, um novo ciclo. Acredito que este vai ser melhor que o anterior. Mas sei também que o próximo tem ainda mais ingredientes para melhorar... e depois o regresso.
Sei que será possível. Sei que me trará melhorias inquestionáveis e acima de tudo trará de volta aos meus dias aquelas pessoas que eu preciso abraçar e sentir.
Vamos sorrir, vamos focar-nos nessa que será a última das anatomias. Vamos enrolar pela primeira vez essa manta enquanto o ronron do constante amigo, mais do que aquecer o corpo, aquece o coração.
Que mais posso eu pedir? Nada. Absolutamente. Só gostava de retribuir um pouco do muito que tenho. Até parece injusto. Tanto, só para mim.
*

terça-feira, setembro 18, 2012

Saudade

Tenho saudade de um conjunto vasto de pormenores que me dá uma sensação de aperto. Tenho saudade de me sentir estimada e querida. Saudade de ser tratada como se uma verdadeira princesa fosse. Saudade de afecto, desse cuidado com as palavras. Saudade de ter um referencial e sê-lo em resposta, do outro lado.
Fazes falta, saudade da sensação de plenitude.

terça-feira, setembro 11, 2012

Antevisão

Já me disseram que sofro por antecipação. Por mentalmente adivinhar os cenários que se vêm a confirmar dias depois. Não, não é qualquer capacidade divinatória ou mística. É simplesmente o mais simples exercício lógico de análise das situações.
De facto nos momentos críticos sempre me senti um pouco a nadar sozinha. Desfasada no tempo do momento ideal para aquela reacção. Quer seja boa, ou má. Mas esta minha inata característica tem alguma vantagem. Apesar de me valer o título de personalidade que sofre por antecipação, vale-me a tranquilidade e ausência de dor no momento da tormenta.
Parece que quando o vento uiva, a chuva sacode ferozmente contra o vidro, no meio do temporal já eu estou em paz. Já eu tinha preparado aquele cenário. Aplicado a situações é como que já tivesse assistido àquela cena e não mais fosse que uma repetição de um filme visto à pouco tempo e ainda fresco. Aplicado às pessoas, e mais concretamente àquelas que nos deixam, é como se a despedida já tivesse sido feita e por conseguinte torna-se uma dor suportável.
Nunca tinha visto as coisas por este prisma. Nunca tinha visto o lado positivo de andar quase sempre dessincronizada do mundo no que concerne ao momento de reacção às notícias. Lentamente, o tempo e o treino a resolver o dia a dia tem-me levado a focar mais no lado positivo. Hoje dou por mim a gostar da minha antevisão das coisas.
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terça-feira, setembro 04, 2012

Is it?

""I guess you just try not to care too much. Then you can't be disappointed""

segunda-feira, setembro 03, 2012

Cena 2

Começaram as rodagens dessa que será a segunda cena desta linda obra que é o meu desejado curso de medicina. Continuo a sentir aquele aperto na cidade. A vontade de não estar lá... mas é uma questão de começar com os projectos e com o estudo. Não gosto de ti Coimbra. Não gosto das tuas gentes. Mas gosto tanto do curso que todo o sacrifício vale a pena.
O 2º ano custará menos, tenho a certeza. Tenho um horário fantástico. Tenho as coisas minimamente lançadas. E vai correr lindamente. Nem pode ser de outra forma.
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sábado, setembro 01, 2012

Blue Jeans

Final de férias. Amigos, uma segunda família. Risadas. O fresco que entra pela varanda aberta.
Um Setembro anunciado. O final de férias.
Mas sou feliz com vocês. Deste meu canto sinto a falta de algumas pessoas. Consola-me o facto de estarem igualmente bem.
Gosto de estar assim. Rodeada de afecto. Gosto de dar e receber em troca. Porque os relacionamentos têm de ser fazer nos dois sentidos.
Que venha o próximo ano. Que venham desafios, guerras e sofrimento. Enfrentar-vos-ei a todos, com todas as forças que com as minhas gentes encontrei.
Vem Setembro. Estou mais que pronta para ti, para isso e muito mais.
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sexta-feira, agosto 31, 2012

Janolas

Fico genuinamente feliz. Pelo cuidado, pela atenção em dizer as coisas. Em me ligares para partilhar um momento que é íntimo e não necessitava de comunicação. Mas é tão teu. Tão característico. Como gosto de ti minha pequenina. Por seres tu.
Com o passar dos anos vamos tomando consciência de algumas verdades absolutas. E hoje mais uma vez tenho a concretização de que o que tiver de acontecer acaba por se efectivar. Podem esperar-se anos, Pode ter seguido caminhos sinuosos. Mas encontra-nos.
Independentemente do final, de como correr, esta história em concreto tem uma certa dimensão mística. Parece que estava traçada e destinada a acontecer.
Agora, minha pequena, só tens que viver. Ser feliz como tu mereces. Continuar a surpreender-me pela positiva e sorrir.
Gosto dos dois como se fossem verdadeiramente meus irmãos. E no que depender de mim ambos serão infinitamente felizes.
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domingo, agosto 19, 2012

Ciclo

É mais um importante acontecimento. Marca o fecho de um ciclo. Um ano completo. Há um ano iniciava-me nessa perspectiva de te acolher. Hoje estamos a uma quinzena de te ver mudar.
Não podia deixar de assinalar aqui este acontecimento. Neste local que acaba por constituir a lista dos tópicos importantes desde 2006.
Já dei por mim a fazer várias análises da situação. Não sei se foi uma experiência feliz no seu conjunto. Serviu para me aperceber de muitas pequenas grandes coisas que pura e simplesmente não se coadunam com a imagem que tinha da tua personalidade. Mas não é hora para grandes dissertações nem análises. As coisas são como são. E mais do que o que dizemos, somos aquilo que as nossas acções mostram. E hoje certamente te vejo de uma nova perspectiva.
Chegou ao fim um novo ciclo. Espero que o teu próximo tenha maior durabilidade que um ano e que entretanto não se venha a mostrar que foi tudo menos a decisão acertada. Por cá, ficarei a torcer para que tudo corra bem. Mas sempre sabendo que optaste por esse caminho à parte, marcaste bem a posição que o queres viver sozinha e por conseguinte, não tenciono tomar qualquer iniciativa em tua direcção. Se precisares, sabes bem onde me encontrar menina.
Sê feliz.

segunda-feira, agosto 13, 2012

Dalai Lama

Pergunta a Sua Santidade o Dalai Lama:

What surprises you more in mankind ? "
- "People... Because they lose health in getting more and more money, and then they lose money to get back health.
And in thinking so anxiously in their future, they forget the present time, so they they end up not living neither the present nor the future.
They live as they were never going to die… and die like they never had lived."

sábado, agosto 04, 2012

Agosto

Voltar a tomar como meu o tempo. Usa-lo como bem entender. Conseguir encontrar-me com quem me fez dolorosa falta ao longo do ano.
Mergulhei novamente nesse vício que me tinha sido afastado e com voraz fome tenho devorado páginas e páginas desse pensamento tão próprio. Stieg Larsson, seu nome. Em dois dias consumi impetuosamente o primeiro. Em menos de 24h o segundo. Lá fora tudo parece parar. Até que por fim o telemóvel toca e sacode-me desse sonho. Desperto para um dia novo e encontro-me contigo.
Mais não quero, e sou feliz. Dentro em breve e a confirmarem-se as felizes notícias, eu terei crescido e tu terás ganho a visibilidade que mereces. Porque tudo é natural, flui com toda a calma e serenidade.
Até já*

sábado, julho 28, 2012

Férias!

1/6 está completa e satisfatoriamente concluído.
Agora um mês de descanso mental, socialização compensatória e resolução de algumas pendências.
Por hora foquemos nos aspectos positivos e verdade seja dita, se consegui fazer Biofísica, sou capaz de fazer o resto do curso. Haja dedicação.

Embora caia um pouco no silêncio, quero aproveitar a quem este ano me serviu de amparo e segurança. *

segunda-feira, julho 23, 2012

Lei de Laplace!

P1-P0= 4ts/R
Assim determino a diferença de pressões a que sujeito, a minha.
A breves horas da última aparição oficial neste 2011/2012, consigo entrar na minha. Não é um sentimento que dependa de isolamento. Não requer receitas. Sempre tive acesso rápido à minha.
Anseio o dia de amanhã. Porque apesar de não estar confiante, desejo a tranquilidade que ele me trará por fim.
Na minha cabeça apenas uma sombra paira. Uma sombra que me acompanha desde o dia que tive essa feliz confirmação da realidade em que se tornou o sonho.
Seria perfeito. Seria simplesmente a consagração de tudo. Ter-me novamente sem esse peso. Porque não faz sentido para mim, nem eles o merecem.
Seria ouro sobre azul. A verdadeira ode à felicidade. Por hora resta-me novamente focar no que amanhã deveria saber, ainda não sei, nem tampouco acredito que alguma vez saberei.

terça-feira, julho 17, 2012

Ponte de Lima


Sei!
Enquanto assim falarmos, não é preciso mais.

(a um pequeno passo da liberdade. Aguenta-te)

sábado, junho 02, 2012

Núcleo

Está.
Assumo que é o meu novo grande objectivo.
Depois de lutar tantos anos por conseguir aceder ao curso do sonho, da realização, hoje resolvi verbalizar esta minha nova etapa. Também ela demorará a ser alcançada, mas será sem sombra de dúvida plenamente vivida, com todas as condições necessárias à magia do momento.
Como é bom o sentimento que cresce em nós e que se alicerça numa sólida confiança e respeito. Porque tudo posso tentar superar e perdoar, excepto essa crucial barreira sem retorno.
É bom imaginá-lo. É ainda melhor vivê-lo.
O meu próprio núcleo.