Recebi essa bolinha preta na Primavera de 1996.
Hoje, mais de 13 anos depois sei que já não vou ver os seus olhos doces, nem o seu carinho e devoção constantes.
Vou ter muitas saudades tuas "Dingómetro"
=,)
Ego....o local eleito para o reencontro comigo! Sem mais pretensões senão a de existir! Feito por quem desejou fazer das palavras de todos, um pouco mais suas!
domingo, setembro 20, 2009
domingo, setembro 06, 2009
Encontros - II
Sentada à beira rio nos últimos dias quentes de um Verão que passou sem ser saboreado, ia olhando as pessoas que povoavam agora aquele espaço que outrora fora seu. A nova geração nada lhe dizia, eram caras desconhecidas. De longe, apreciava-os.
Os seus olhos alternavam entre os grupos ruidosos de jovens que iam chegando a gargalhar e entre um casal enamorado, que mais próximo de si, ia trocando tímidas carícias.
Enquanto esperava, com o seu café diante de si, ia-a entretendo este novo cenário como que se uma tela viva se tratasse... via-a com o distanciamento de meia década e a nostalgia tranquila da maturidade.
Os seus olhos alternavam entre os grupos ruidosos de jovens que iam chegando a gargalhar e entre um casal enamorado, que mais próximo de si, ia trocando tímidas carícias.
Enquanto esperava, com o seu café diante de si, ia-a entretendo este novo cenário como que se uma tela viva se tratasse... via-a com o distanciamento de meia década e a nostalgia tranquila da maturidade.
sábado, setembro 05, 2009
Encontros - I
"Era um café, por favor."
Saiu de forma automática. Apenas o disse com a cabeça levemente levantada em direcção ao empregado, para não parecer arrogante. Olhou-o, mas tampouco o viu. Para si tudo se resumia aquele compasso de espera. Minutos? Horas? O tempo tinha então uma outra dimensão. E as unidades que o medem tinham perdido toda a lógica.
A chávena surgiu diante de si. Com os olhos fixos no líquido escuro, enquanto o fazia balançar circularmente, inalava o seu perfume. Neste ritual quase sagrado que parecia não mais ter fim, perdeu-a o pouco que a prendia à realidade.
Saiu de forma automática. Apenas o disse com a cabeça levemente levantada em direcção ao empregado, para não parecer arrogante. Olhou-o, mas tampouco o viu. Para si tudo se resumia aquele compasso de espera. Minutos? Horas? O tempo tinha então uma outra dimensão. E as unidades que o medem tinham perdido toda a lógica.
A chávena surgiu diante de si. Com os olhos fixos no líquido escuro, enquanto o fazia balançar circularmente, inalava o seu perfume. Neste ritual quase sagrado que parecia não mais ter fim, perdeu-a o pouco que a prendia à realidade.
Assinar:
Postagens (Atom)