terça-feira, abril 30, 2013

BB


Por vezes dou por mim a calcorrear os últimos anos, e a verificar como é curioso o que nos distancia do que éramos então... Sei que em boa verdade dos factos é irónico o preço que tivemos que pagar para que este sonho inicialmente solitário que desde cedo decidiste abraçar como teu.
Hoje sinto saudade de muitos momentos que tinha enquanto não-estudante de medicina. Os meus colegas e amigos de trabalho. A minha autonomia... Mas sempre que me tento a pensar nesses momentos com algo mais do que saudade, tu olhas-me, tomas-me nos teus braços e mostras-me que teria de ser assim. E é assim que será.
Hoje por mim, amanhã por ti. Porque é esse o nosso silencioso trato. Porque sei o tanto que a ti importa essa realidade. E porque estarei aqui, como tu estiveste para mim, incondicionalmente.
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sábado, abril 27, 2013

The day before tomorrow

27-Abril

O dia anterior à explosão de nascimentos que se comemora. E vamos desde o meu progenitor, à grande amiga, passando pelo marido de outra amiga e um amigo mais recente. São 4 no total as alminhas que amanhã celebram a efeméride do seu nascimento.
Enquanto elemento pertencente às 4 realidades tenho responsabilidades no decurso do dia dos 4 visados. O progenitor celebrará amanhã, num almoço familiar. Será aí o meu momento de homenagem. Por hoje, tenho de me dedicar a pensar nessa pessoa que merece todos os mimos, nesse que acabou por ficar destinado de ser um jantar mais caseiro e nuclear.
Os restantes elementos têm as suas próprias tropas na programação e execução dos festejos. Não posso sequer pensar em mais.
Há meses e dias em que a  magia dos nascimentos se celebra de uma forma exponencial, fazendo-nos pensar novamente no tempo, na sua velocidade, no quanto o desperdiçamos.
Hoje à noite e amanhã vou fazer por aproveitar ao máximo.
*Pai, Miss F*

sexta-feira, abril 19, 2013

18-04-2013



Foi ontem, não pude deixar de o viver, mesmo a 100kms e a um ano de distância

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terça-feira, abril 16, 2013

Ontem, hoje e amanhã



Sou teimosa, sou de objectivos bem definidos e nunca baixei os braços até conseguir atingir os objectivos traçados. Mas nunca deixei que isso fosse mais importante que os valores que me foram ensinados e a atenção ao próximo.
Cada tombo que dei, a cada marca que me ficou de cada queda, sempre me fez desejar não mudar esta prioridade, este cuidado. Na verdade, teimo em não aprender e dou demasiado de mim, sempre, mesmo que cada vez que doa diga o contrário. Sou uma sonhadora incorrigível. Espero conseguir manter-me assim, mesmo após cada pequena prova.
Porque quero, nos meus dias mais optimistas, crer que o mundo só faz sentido se acreditarmos que as coisas são boas como regra, e que os momentos que nos fazem sofrer e mostram o contrário são apenas momentâneas excepções, não dignas de mudança comportamental.
No dia em que refizer este esquema mental e agir em contrário, então perdi-me. Nesse dia, salvem-me por favor*

sábado, abril 13, 2013

Caminhando com o fio do pensamento



Hoje só me apetece deixar o raciocínio fluir, e ver onde me leva. É um exercício sempre com um considerável risco, já que a nossa mente tem fortes tendências para nos levar sistematicamente aos mesmos lugares de dor, às encruzilhadas de sempre, ao que no fundo nos fornece mais incerteza.
Apesar do risco é isso mesmo que me apraz fazer. Ver a sucessão de memórias e pensamentos que vão percorrendo a mente, a par do que faço todas as noites, mas desta vez de modo consciente.
Neste que parece ser o primeiro dia de Primavera (real), sinto-me empurrada para as memórias de infância, para os longos dias na terra da avó materna, recheados de mimo, canções e gargalhadas. É difícil conseguir reproduzir em palavras a sensação de liberdade e felicidade com que foram vividos esses tempos.
Imediatamente bate aquela saudade imensa, que quase imobiliza qualquer possibilidade de respiração: "dava tudo para vos ter comigo"... e não tendo eu a capacidade de acreditar em qualquer entidade divida que nos possa um dia reunir, tenho neste desejo imenso e na vontade de vos perpetuar da melhor forma, a minha orientação em cada passo de maior incerteza.
E por mais anos que passem, não esquecerei certamente (permitam-me excluir os hipotéticos cenários neurodegenerativos) dessa tua doçura, da forma meiga como sorrias e me acariciavas os cabelos, do cheiro da Casa e da tua voz. É incrível, como mesmo após 18 anos, a tua voz continua tão presente em mim, e nas minhas memórias.
Sei que se fosse possível e conseguisses voltar cá, por um dia, irias ficar muito feliz com as pessoas em que eu e o meu irmão nos tornamos, sei que ficarias radiante com todas as conquistas, tomadas a pulso, pelo núcleo. E isso deixa-me apaziguada.
Fazer uma livre introspecção é sem dúvida algo que nos pode levar para os mais sombrios lugares, mas igualmente, é o exercício que nos pode voltar a por em contacto com as mais puras sensações de felicidade.
Muito obrigada por continuares presente em cada pequeno passo que eu dou*


segunda-feira, abril 08, 2013

Este Abril


Este Abril começou a cumprir a premissa: "em Abril águas mil".
Pessoalmente sempre tive um certo apresso pela chuva. Nada mais reconfortante e apaziguador que sentir a violência da água contra a janela, estando quentinha do lado de dentro.
Este Abril traz-me novos conceitos relativos ao meu futuro, ao modo como se desenrolará este nó.
Conforta saber que há essa eterna confiança, calma e prudência na retaguarda dos acontecimentos.
Este Abril faz-me acreditar mais um pouco. Mesmo hoje, segunda-feira, dia de regresso... ainda assim acredito que será em breve*