quinta-feira, fevereiro 28, 2013

Minhoca



Damos mais valor ao que nos falta em cada momento do que às coisas únicas que possuímos. Nem quero imaginar o que poderia acontecer, nem quero pensar no que seria de mim sem ti.
Nem penses em meter-te noutra desse género. Porque prefiro ultrapassar este nervoso miudinho para sempre, que voltar a contactar com este cenário.
Não consigo ser muito fluída no raciocínio ou na escrita.
Por hoje é isto*

sexta-feira, fevereiro 22, 2013

Imiscíveis

É uma qualidade intrínseca à própria natureza. Existem substâncias que simplesmente não ligam, por mais que as tentemos agitar, não se fundem, permanecem teimosamente como estruturas individualizadas.
A lipofilia pode sempre forçar-se por complexação. Mas mais uma vez, isso distorce o conceito inicial de afinidade imediata, de facto muitas relações se mantêm à custa de uma "ponte química" entre as duas partes, mas se esta ponte desaparecer, ambas acabarão por se repelir novamente.
Olhemos para as circunstâncias como "a ponte". Olhemos para as pessoas como "as moléculas". Tenho para mim que uma vez removida a ponte que nos une, rapidamente será demonstrado grau (ou existência ) de afinidade entre os elementos.

terça-feira, fevereiro 19, 2013

Território

É como que animalesca, a constante e louca procura pelo território. Todos se agridem, rasgam a pele, deferem profundos golpes nos demais. Por um pouco de reconhecimento. E são capazes de se prejudicar globalmente, se com isso conseguirem ganhar espaço de vantagem em relação aos restantes.
Como cedo reparei, é uma verdadeira selva humana. Habitada por espécies do mais exótico possível. E como que um cenário fantástico (no mesmo sentido do FantasPorto) surge diante dos nossos olhos.
A agressividade tem alturas de ser palpável. A desconfiança passa a ser o teu melhor conselheiro.
Sossegamo-nos com o pensamento: "já não falta tudo." Eu sossego-me com o pensamento: "Só mais um ano".
E terá definitivamente de ser apenas mais um. Por vários motivos, mas hoje mais que nunca um pouco pela minha saúde mental. Porque preciso de voltar a lidar com a minha gente. Com quem sei fazer tudo pelo melhor dos outros, sem mais desejar, sem desejo de reconhecimento.
Coimbra apenas terá encanto na hora da despedida...

*

"Família D" - Apresentação


Não consigo precisar como fui percorrer esse caminho mental que me levou a ela. Mas dei por mim embrenhada num exaustivo processo de recrutamento de memórias. Memórias longínquas e que nem sabia que conseguia invocar com tamanha precisão.
Reparei, no entretanto, que não havia nunca feito qualquer referência à matriarca, nem tampouco a essa família. Não me espanta. Demorei algum tempo a ver claramente as pessoas que estavam por detrás de toda a farsa de família íntegra, era então demasiado nova para querer ver o quão enganadoras as pessoas podem ser.

Vista de longe, parecia a família perfeita. Pessoas cultas, educadas, estáveis na vida... em suma, o protótipo  que vemos no ecrã, no típico filme de sábado à tarde e que nos é vendido como "a" família.
No entanto, à medida que nos aproximamos reparamos que o verniz luzidio que ao longe nos parecia impecável, está completamente estalado e marcado por profundas frinchas. Cada frincha aberta por uma pequena, ou nem tão pequena, mentira. E vista de perto, verificamos que os laços que habitualmente unem elementos, foram neste caso substituídos por uma emaranhada teia de interesses e colada com mentiras.
São três os elementos da teia. Todos eles contribuem largamente para o caos. Nenhum gosta do núcleo a que pertence, mas nunca o abandonaria, porque há que trabalhar para manter essa que é a missão grupal: alimentar a imagem de família perfeita. Para isso, ignoram-se traições de anos, mentiras inacreditáveis, jogos de interesses, ódio mútuo. Tudo vale, para o fim que se deseja.
O 3º elemento, fruto da relação dos dois primeiros, cedo aprendeu as regras do jogo. E em última análise sabe que não interessa a verdade dos factos, mas sim a verdade que conseguimos vender. Se um cenário for suficientemente bom para ser credível ao mundo, então, é verdadeiro. Esta é a filosofia base do clã D. E é a premissa que nunca será abandonada.
Tive o infortúnio de ser no curso dos dias levada ao clã. Partilhei espaço, refeições, mas mais que isso, cega pela minha inocência, partilhei a minha preciosa confiança. Por pouco não fui engolida por eles. Mas como toda a mentira tem perna curta, cada mentira, traição da teia foi sendo meticulosamente descoberta e esclarecida por mim. Quis ter a certeza que não estava a ser profundamente injusta. Hoje sei que o dia em que virei as costas ao clã D, foi o dia em que me salvei de morrer asfixiada pela teia deles. Sei igualmente que nem todos tiveram a minha sorte. Lamento-o. Ou talvez não. Porque pessoas há com igual espírito, que tudo fazem para alimentar a fachada de vida perfeita. Desculpa-me Lady P se te sou injusta. Porém, não te conheço e como tal quero dar-te esse benefício da dúvida. Se como eu és apenas mais alguém inocentemente levada a confiar no que nos é contado, faz-te um favor: abre os olhos e liberta-te!

Depois destes anos passados, continuo a sentir um grande aperto no meu interior quando penso no clã, hoje diminuído. Porque apesar de tudo, custa acordar para a realidade de um mundo onde existem pessoas capazes de ludibriar tudo, e todos, pelo tempo que lhes seja possível.
Clã D, lamento muito ter-vos conhecido. De vós, mais não quero do que o resto dos meus dias de distanciamento.


quinta-feira, fevereiro 14, 2013

14/02/2013



*Em menos de nada teremos a oportunidade de celebrar o dia*
Apenas preciso de estar contigo, e sei que será mágico!

domingo, fevereiro 03, 2013

Casa mãe

Tens um espírito único, muito para além da componente técnico-científica. És a referência primeira, a instituição que lembrarei sempre que pensar no ensino.
Hoje voltar a ti, saber que rumas a um crescimento sustentado, que lentamente vais ganhando a merecida visibilidade faz com que eu sinta uma enorme vontade de novamente participar mais directamente no que é teu.
Tenho saudades de muito do que apenas na ESTSP encontrei. Mas foi bom, viver por momentos um pouco do que sempre me proporcionaste. Mais uma vez obrigada, minha casa mãe. Voltarei a ti, certamente, como sempre*