domingo, dezembro 30, 2012

Fernando Pessoa, escreveu para mim:

"Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim, nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante para mim é saber que eu, em algum momento fui insubstituível, e que esse momento será inesquecível." (Fernando Pessoa)

Obrigada, por pores em palavras o que sinto muda todos os dias.

:)
*

2012

Chegada a altura de introspecção. Parar um pouco, organizar as ideias e reter no que os 365 dias que me distam do exercício anterior.
Se me pedissem para resumidamente classificar o ano em poucos adjectivos, escolheria: Intensidade, sacrifício e clarificação.
*Foi um ano intenso desde o seu começo até agora os últimos dias. Começou e está a terminar com a mesma intensidade no ritmo de estudo, o que mostra como muitas das horas de 2012 foram passadas. Foi intenso nas emoções e igualmente nos problemas. Foi no geral um ano rico em intensidades de ordens várias.
*O sacrifício é algo que está igualmente marcado em cada um dos meus momentos altos. Pela mudança que a vida levou, nos níveis afectivo, financeiro e familiar. Até o meu circulo de amizades acabou por ser um pouco sacrificado. Mas todo o esforço ganha sentido quando nos move algo concreto e maior. Sei que todos os esforços não são solitários, sei que comigo, muita gente se sacrifica igualmente. Estamos (o núcleo) unido num e no mesmo sentido. Não podia ser melhor, portanto.
*Clarificação. Escolho este como o melhor dos três adjectivos, o que mais esteve presente, o que mais marcou a mudança neste ano já de si, tão importante no meu trajecto.
A família está hoje bem mais apaziguada e organizada que o ano passado. Hoje, os grandes problemas que então nos afectavam, estão completamente resolvidos, e nunca pensaria que num tão curto prazo de tempo seria possível tamanha concretização.
Foi o ano de completa estruturação de relacionamentos, já que as limitações de que sou alvo no quotidiano me fizeram ver com uma facilidade incrível que há pessoas que simplesmente não se coadunam com o espacinho reservado para o núcleo. E 2012 foi particularmente rico na remoção desses contactos. Não faz sentido no tão pouco tempo que se tem, perde-lo em prol do nada, das ralações (com "a") egoístas e sem polpa.
Foi sem dúvida um ano de decisões (mas sobretudo de estados de consciência) difíceis. Mas que permitiram uma organização e transparência com um impacto fantástico na realidade dos dias.

2012 ficará em mim, permanentemente tatuado esse acontecimento que foi a lição de vida mãe. Sinto que aí, foi a grande mudança. A mudança do ano. E se o "EGO" de 2012 se distingue da 2013 é sem qualquer dúvida na fé e no retorno que deposita e espera, respectivamente.
Foi com alguma teimosia que não aprendi esta lição antes. Mas temos essa tendência à negação, que nos faz sempre tentar investir um pouco mais nessa, ou noutra amizade.
Não vale simplesmente a pena, connosco devem sem dúvida caminhar aqueles que na queda nos ampararão, e nunca aqueles que se focam apenas em desviar do prejuízo que o tem embate eventualmente provoque no caminho deles.

Anseio pelo 2013, porque será um ano melhor, com certeza*

quarta-feira, dezembro 26, 2012

Balanço Pós-Natal

É com o coração bem cheio que me sinto confiante a dizer que sem dúvida alguma este foi o meu melhor Natal desde há 10 anos +/-!
Não foram as prendas, foi o sentimento. Foi a partilha e a sensação de bem estar que apenas temos quando estamos bem na nossa pele e sentimos igualmente essa sensação em quem nos rodeia.
Não podia o ano terminar de melhor forma.
E não posso nem por um segundo deixar de me sentir privilegiada*
Espero que todos tenham sentido o mesmo, e já desejo o melhor a todos vós!
:)

quarta-feira, dezembro 19, 2012

*Aproxima-se*



Sei que não te estou a preparar da melhor maneira, não tenho qualquer aquisição de momento.
Mas sei que não és somente essa veia consumista. És tão mais que isso. O espírito tenho-o eu, trago-o comigo e sei que vai ser mais um daqueles dias maravilhosos.
Só o estar em casa, num quente acolhedor e contrastante com o gelo que lá fora se sente. Saber que tenho a minha família, consegui alcançar sonhos que muitas vezes pensei demasiado difíceis de concretizar. O meu Natal não carece de muito mais.
Gosto de me deixar acometer por este positivo espírito, e neste seguimento permitir-me acreditar que fora este, apenas estarei outro Natal mais longe. Este Natal poderá marcar metade da minha estadia pelas terras do Mondego.
*
Já estás presente em muito do meu dia. Porque o Natal não é um dia, é um estado de espírito. E em mim, já é Natal há muito tempo*

domingo, dezembro 09, 2012

Pequenas palavras

"No “longínquo” ano de 2007 ambos nos iniciávamos: Para nós o primeiro contacto com a Biologia Molecular, para a professora Isabel o primeiro contacto com a ESTSP. Hoje muitos de nós trabalham nessa área que nos apresentou e para a qual nos tentou cativar, mas independentemente da área que acabamos por escolher, todos nós levámos um pouco de si, e do que pautou a sua forma de ensino pela nossa vida profissional. Esperámos ter marcado tanto pela positiva como a professora nos marcou a nós. E neste momento em que se prepara para ter de (provisoriamente) se afastar da nossa eterna casa, apenas gostaríamos de dizer com toda a sinceridade: Muito obrigada pela dedicação e empenho com que nos presenteou em cada aula, pela disponibilidade e amizade. Muitas felicidades.

 Alunos de Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica 2004-2008"

sábado, dezembro 08, 2012

Blindness

Há aqueles momentos em que simplesmente a noção de espaço e tempo desaparece. Não sabemos bem o que aconteceu, nem durante quanto tempo.
Tais momentos são despoletados por emoções-limite. Quer boas, quer más. E fazem com que as pessoas hajam de modo completamente imprevisível, quer bom, quer mau.
Todos estamos sujeitos a tais situações e cabe-nos a nós tentar gerir o turbilhão que antecede a explosão de modo a que esta não aconteça. Com o passar dos tempos, vamos tomando melhor conhecimento dos sinais de aviso e evitando a explosão. No entanto, o limite de todos nós é modulado por condições extrínsecas. Por níveis de stress, por situações que no fundo actuam sinérgica ou contrariamente de modo a potenciar ou não a completa e total blindness.
Por conseguinte, uma vez que a reacção não está completamente nas nossas mãos, não podemos garantir que conseguiremos evitar entrar nessa espiral explosiva. Podemos sempre tentar e contar com pessoas que nos conhecendo sabem quando estão a ser necessárias, e o que devem evitar para piorar ainda mais o cenário. O problema é quando nem todos remamos com o mesmo sentido. Quando não dá para contar com a ajuda externa, e do lado de fora da nossa bolha não vêm senão contribuições negativas.
Mas isso apenas significa uma coisa: Teremos de ser nós a fortalecer a nossa parte e a ficar menos sujeitos à intervenção de terceiros. Pode parecer um isolamento. Mas não, é antes um fortalecimento em quem de facto merece.

terça-feira, dezembro 04, 2012

Miminho


Chegou hoje, e soube tão bem abrir o correio e ver este miminho lá*
Ohhhhh!

Não quero deixar de ter isto nem por um segundo

Feline family

sábado, dezembro 01, 2012

Down

That's where I'm going*

terça-feira, novembro 27, 2012

Desdobramento fisiológico Pertinente

Não se deve a uma inspiração forçada, com consequente aumento do retorno venoso. Não me refiro ao desdobramento fisiológico do segundo sopro.
É uma somatização do referido. Sinto que por vezes eu própria sou alvo de desdobramentos fisiológicos. Se sopros houvesse eu os teria. Vários.
Curioso como são várias as situações em que sou "desdobrada" e alvo de tratamentos peculiarmente antagónicos. Num curtíssimo intervalo de tempo sou capaz de ser esquecida e lembrada, dependendo do interesse.
Curioso o que faz as pessoas focarem-se nelas nos bons momentos, praticamente esquecendo que talvez pudessem esperar ou devessem partilhar aquela situação com outrém. Mas rapidamente se lembram de a ti recorrer, sem antes verificarem se algo podem fazer por si, para resolver uma situação periclitante. Mais intrigante quando a mesma pessoa recorrentemente alterna momentos de "esquecimento pertinente" com "pedido de ajuda" igualmente pertinente.
São assim a modo de resumo as "amizades" (reforço as aspas nesta palavra) pertinentes. Das quais quero o meu pertinente distanciamento.
*

segunda-feira, novembro 26, 2012

8

Oito é um número quase simbólico. Verticalizando o simbólico portal para o infinito. Oito ironicamente foi o que vos impediu de ser eternos.
Fecho e abro os olhos tendo-te no pensamento. Só posso imaginar o quão difícil pode ser mudar a realidade de um dia para o outro. Em abono da verdade, ainda houve uma luta. Quase dois anos te fizeram lutar por manter a tua realidade. Anota isso na tua consciência. Tudo fizeste. Agora viste-te forçada, em seguir. Dói, vai continuar a doer. Foram 8 anos. Mas cá estarei para ti. Sempre. No que decidires.
Porque sei que serás muito feliz. Se há quem mereça és tu. E se há quem tem sido privado de momentos felizes e tem uma conta a saldar com a justiça és igualmente tu.
*

quarta-feira, novembro 21, 2012

Sequelas

Hoje sente-se. Muitas vezes as consequências do acidente não são visíveis no imediato. Não é no momento do choque que sentimos os verdadeiros danos provocados.
Hoje sinto-os. Como que potenciados pelo cansaço, pelo momento de alguma descrença. Sinto-os em cada pequeno segmento do meu débil corpo.
E quase me sinto incapaz de sentir a dor pulsátil que inflectem essas sequelas. De todo o lado surgem estilhaços, na hora em que penetraram na pele não os senti. Hoje sinto-os. Sentimento agudo, intensificado a cada momento que se dá e permite a sua entrada em profundidade.
Não serão exactamente os 26, mas a verdade é que a dor cortante vai sendo substituída por um cansaço generalizado. Uma vontade de desligar.
Amanhã, não os sentirei.

terça-feira, novembro 20, 2012

Feliz Aniversário

A partir de hoje começo a estar mais perto dos 30. Faço 26 anos.
E estou mais perto não é só dos 30 anos, que parecem assustar todos os que habitam nos 20 como se por perto se anunciasse o fim da dolce vita. Estou mais perto de ser quem quero, hoje sei que estou cada vez mais perto do que sonhei. E nada melhor do que viver o sonho.
Que seja efectivamente um dia feliz. *

domingo, novembro 18, 2012

16-11-2012

Com algum atraso mas mesmo assim, digno de nota. Foi neste dia que eu e o Suri tivemos uma prenda. Para mim um aniversário antecipado, para ele uma nova e feliz experiência.



E se dúvidas havia, rapidamente o Suri as dissipou. Amigos desde o 1º segundo. E a casa está mais cheia.
:)
Hoje é o dia 3 dessa nossa aventura conjunta. E que continue a correr tão bem como até ao momento*

(Obrigada Tico, pela surpresa, e pela insistência... Não fosses tu e não me permitia esta aventura)

segunda-feira, novembro 12, 2012

Lipiti

Tenho pensado em ti, no tempo que andei sem saber de ti, por essas realidades que nos foram criando dificuldades no encontro mais frequente.
És a excepção que confirma várias regras. Se com a idade as pessoas têm mais dificuldade em se entregarem e acreditarem em pessoas novas, desde o primeiro dia que senti uma imensa confiança em ti, em tudo me vieste mostrar que mereces a 100% essa confiança. Se muitas relações acabam por morrer face a distância ou tempo, tu cada vez pareces mais próxima.
Não há silêncios constrangedores, não há desconfiança. Não há egoísmo. Pura amizade. Pura entrega.
És simplesmente das melhores pessoas que conheço. Por seres sincera, por seres companheira, por escutares os outros sem julgamentos. Por seres tu. 
Se tivesse que escolher alguém para incorporar o conceito de beleza, escolher-te-ia a ti, por conseguires aliar todos os predicados que já referi de uma pessoa íntegra a uma beleza exterior que te tornam uma pessoa genuinamente especial.
Sinto-me muito feliz por ter uma amiga como tu, por saber que se precisar estás lá. E quero também eu estar lá para ti. Quando precisares, no que precisares. Sem julgamento, sem avaliação. Porque é assim que funcionamos, desde sempre.

sábado, novembro 10, 2012

10.11.12

Este e o 12-12-12 são dias cujas datas são boas para acontecimentos raros, para memorizar. Espero bons acontecimentos, para não mais os esquecer, pelas melhores razões.
*

sexta-feira, novembro 09, 2012

Asneira devia pagar imposto

Cada vez mais me indigno com opiniões tecidas ao desbarato. A informatização e a facilidade com que qualquer um de nós através de um blog, rede social, email, ou simplesmente um telemóvel concede dissipar uma determinada mensagem tem muitas vantagens, mas também trouxe muito ruído, autêntica poluição que acaba por inundar e mesmo cegar a opinião de muita gente acerca dos mais diversos temas. O problema reside quase sempre no mesmo pilar: Ausência de pensamento critico. Se por um lado quem se lembra de num belo dia disparatar sobre X tema sem ter o cuidado de se informar criticamente acerca do mesmo pensasse duas vezes nas repercussões daquela atitude isso diminuiria, acredito, o número de despejos de opinião. Por outro lado, se quem lê algumas barbaridades se desse ao trabalho de confirmar se tal é verdade, não ocorreria o verdadeiro fenómeno viral que podemos verificar com temas como o cancro, contraceptivos orais, política, etc, etc, etc.
Atentemos no seguinte:
"Estou na espera... Espero o nascimento do Gustavo... Espero, todos os dias a chegada do marido, espero os fins de semana para ir às aulas... Mas, não espero certos comentários!... Sei que a intenção é boa, só que de boas intenções está o inferno cheio!... Eu não tenciono condicionar o meu, MEU, corpo depois do nascimento do Dinis! A pílula mata, lentamente mas mata, laqueação de trompas nem pensar!... A vida, Deus, carma, chamem-lhe o que quiserem, saberá o que nos está reservado, mas estropiar-me e envenenar-me é coisa que não vou fazer!
Alguém bem perto de mim colocou um DIU!... Depois disso, tudo lhe aconteceu: infecções vaginais sucessivas, internada com uma infecção generalizada, suspeita de pneumonia, gânglios linfáticos inflamados na zona abdominal, nódulos na tiróide com alteração, pelo que vai ser operada, e suspeita de glaucoma...O que mais é preciso acontecer? Os médicos não dizem tudo, não convém assustar, logo muitos efeitos secundários são descartados porque são "raros"...
Não se iludam! Procurem na net as últimas conclusões sobre o uso de pílula, DIU e companhia e preparem-se para enfrentarem a dura realidade: não há bela sem senão... E o preço pago por milhares de mulheres é demasiado alto! Podem gastar dinheiro em cremes e operações estéticas mas o corpo, por dentro, começa a morrer mais cedo e não há volta a dar... Mas, o que interessa é parecer bem por fora, certo!?"

Como pode? Como pode tamanha imbecilidade, ser assim despejada sem qualquer fundamento, sem sequer ponderação. Pena essa senhora não tomar a pílula, ter colocado um DIU... perpetuará certamente a mais almas esta tão torpe forma de aniquilar a verdade.
Asneira devia pagar imposto.
A mim apenas revolta, saber o tanto que tenho ainda a aprender, a estudar. O tanto que não sei. E o medo que sinto em cometer imprecisões. Não suporto quando não sinto o mesmo cuidado do outro lado.

quinta-feira, novembro 08, 2012

"Os meus sentimentos"

Há alturas em que todos nos comovemos com uma situação, nos indignamos com a injustiça de alguns acontecimentos. Hoje voltei a sentir esse sentimento de revolta e tristeza generalizado à comunidade, desta vez à comunidade académica da FMUC.
A adicionar, a ironia do problema, morte súbita cardíaca num jovem de 19 anos. Porque parece destino.
Os meus sentimentos, Liliana*

quarta-feira, novembro 07, 2012

segunda-feira, outubro 29, 2012

Seafoam Green



Parabéns antecipados. Quase um mês. Vestiu-se de "Seafoam green" e dentro de dias estará comigo e com o meu nome gravado.
É destas pequenas coisas que se vão construindo os dias, e nos vamos mentalizando que é mesmo verdade. Espero com ele poder ajudar muitas pessoas. Que é para isso que cá ando.
*

domingo, outubro 28, 2012

Been there


Coitadinhas das babes, as quatro enganadidas a pensar que vivem algo único. Pena a raça dos telemóveis novos não permitirem com a mesma classe do meu fantástico Samsung modelo Masterplan receber detalhes dos restantes destinatários quando se tratavam daquelas mensagens "para grupo".
Chegou a dar-me umas belas surpresas esse telemóvel. Vicissitudes, agora, só nos fazem rir.
*

Plim!

O meu "plim" pretende simbolizar aquele sonoro que surge habitualmente acompanhado por uma lâmpada acesa lateralmente a uma cabeça, sempre que se chega a uma conclusão.
Eu cheguei a uma, demasiado óbvia até, mas de qualquer modo resolvi partilhar. O meu plim, soou quando me apercebi porque me parecem incompletos os dias.

sexta-feira, outubro 26, 2012

Down

E assim, nos dias de maior disponibilidade e relaxamento, eis que o corpo decide desligar. Depois de umas largas semanas de sacrifício e algumas privações (especialmente de sono), ele dá o seu trabalho por completo e desliga. Desliga inclusive unidades importantes, como esse departamento de imunidade, e deixa entrar e crescer esse vírus.
E assim, se faz um fim de semana prolongado*

quarta-feira, outubro 24, 2012

Anatomia III - Parte 1

A menos que a minha até agora rigorosa mente tenha-se iludido completamente a primeira de uma trilogia está completa.
E assim a minha neura da neuroanatomia pausa umas semanas para férias *

segunda-feira, outubro 22, 2012

Sabe bem, pagar tão pouco

Não, não fui convertida ao mundo do markting e decidi fazer uma análise a um dos slogans mais banalizados do país. É meramente uma adaptação dessa frase tão frequente à minha actual realidade.
De facto, sabe bem pagar tão pouco e assim mesmo ter o bastante. Cortam-se os excessos, as futilidades e espantem-se, ficamos com bem mais do que inicialmente. É a beleza das relações humanas. Não é uma questão de investimento monetário. Pelo contrário, quanto menos se complicam, quanto menos se paga e mais se sentem, mais crescem.
É um final de dia em família. A informalidade que caracteriza o núcleo. Por menos de nada é-se feliz e completo.
Lá fora pode estar a descer o gelo sobre a cidade. Cá dentro reina o calor. E pode ser tarde. Posso ter de estudar. Mas este tempo ninguém mo tira. Não se troca por melhor prestação, ou qualquer bem material.
Realmente, sabe bem pagar tão pouco. E ser feliz, não tem preço.
*

domingo, outubro 21, 2012

Inês

Diz a wiki(know it all)pedia que:
Inês é um nome próprio feminino, de origem grega αγνη ("hagnē"), forma feminina de αγνος (hagnós), que significa "casta" ou "sagrada". Em alternativa, há quem defende[quem?] que provém do latim, da palavra "agnus", que significa "cordeiro".

 Era um dos nomes que estimava. Até que em vez de uma fêmea "cordeiro", me sai mais um exemplar do mesmo género (feminino), mas da raça bovina.

Óbvio que não acredito na teoria que o nome confere personalidade. Mas o conceito que gero automaticamente quando penso em determinado nome prende-se invariavelmente com as pessoas que conheço com esse mesmo epónimo. E nesta linha de pensamento, querido blog lembra-me por favor daqui a uns anos, quando tiver a minha primeira menina, de não a chamar de Inês.
Obrigada Ego, ser-te-ei eternamente grata*

sábado, outubro 20, 2012

O outro lado

Estamos num trilho, com um grupo, ao longe vemos uma bifurcação. Não poderemos ir todos pela mesma estrada. Temos necessariamente que optar por um dos caminhos, o que consideramos melhor. Ao mesmo tempo sabemos que iremos perder a paisagem, as experiências que o outro lado nos daria. Mas estamos convencidos que foi o melhor caminho.
Assim me sinto. Há um ano atrás tomei uma decisão. Um rumo. Mas mentiria se negasse a falta e a saudade que tenho de coisas que perdi, nesta nova realidade. Às vezes, como hoje, em que fico apenas eu nesta cidade cheia de movimento. Quando apenas eu pareço ter que estudar, numa sexta-feira à noite. Quando me vejo a ter de repensar muito bem a estratégia mensal. Sinto mesmo vontade de voltar as costas, sair de casa, e ser novamente eu e o meu antigo tempo.
Mas como quando estamos num trilho e ao longe vemos uma bifurcação. Sabemos que temos de tomar um rumo. Não podemos ficar indefinidamente naquele ponto. Temos de seguir. Não vale a pena pensar no que foi. Tem que se viver o presente, sempre com o olho fitado no futuro. E hoje, sexta-feira à noite não saio. Estou sozinha. Eu o Suri e a minha Anatomia. Este é o meu dia hoje, porque amanhã valerá a pena.
*

quarta-feira, outubro 17, 2012

ECG

Ritmo sinusal, regular: 70 ciclos por minuto. Eixo eléctrico normal.
Sem alterações relevantes para a faixa etária.

:)
Hoje sinto-me muito mais graúda
*

terça-feira, outubro 16, 2012

Quando foi que isso aconteceu

O Facebook é um autêntica chacina às minhas recordações. E explico porquê. Já lá vão 8 anos desde que saí de Amarante para rumar à Invicta cursar essa bela Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica. Muito aconteceu nos entretantos, mas isso não é assunto para este post. No percurso várias ferramentas de proximidade fictícias foram sendo desenvolvidas, primeiro o hi5, agora o facebook. No essencial são formas resumidas de se ir sabendo de uma maneira muito superficial e às vezes até um pouco deturpada o que é feito de pessoas com as quais pessoalmente não falámos há uns bons anos.
A questão é que já por diversas vezes me "reencontrei" com alguém que na minha cabeça ainda namora com X (certo que não os vejo, nem lhes falo há mais de 8 anos, mas pormenores absolutamente irrelevantes para o mundo das memórias), casado e com filhos de Y (alguém igualmente conhecido, que NUNCA na vida pensaria que fosse ter algo a ver com a pessoa em questão).
Acho sinceramente que o Facebook havia de ser processado, ou isso, ou inspirado nesta onde de taxas, sobre-taxas e impostos, haveriam no mínimo de ter de contribuir (aqui sim) com uma taxa extraordinária de solidariedade. Porque uma pessoa sofre. Apercebe-se que sem que nos tenhamos dado conta, lá fora o mundo mudou o suficiente para dar três cambalhotas à retaguarda e ter ficado de pernas para o ar, com direito a filhos pelo meio e tudo. (Filhos??? Onde raio teve esta gente tempo para isto tudo?)
A sério.... Facebook? Para de me deprimir.
A parte genial é que o meu toque de doente mental me faz logo por no lado oposto... e realmente, algo me diz que a reacção deles em relação ao meu presente há-de ser igualmente de espanto. Porque embora não ponha grande informação nessas redes sociais, a verdade é que o que lá está é suficientemente distante desse meu Eu de 17 anos acabado de sair de Amarante. Verdade seja dita, ainda bem. Hoje provavelmente nem eu me suportaria com 17 anos.
Facebook, a lembrar-nos a todos que o tempo não para, que as pessoas mudam, e que a caravana passa....
*

O bem pelo bem.

Tudo começou uns dias atrás, enquanto percorria os olhos pelo Caleidoscopiotuga:

"A minha luta
por Diogo Dantas, em 11.10.12
Ser católico, mais do que convicção profunda, faz parte das minhas raízes, formação e até cultura. Ter crenças profundas e tradicionais é cada vez mais difícil, num mundo relativista onde tudo se compra e vende, onde o facilitismo comanda a vida e o sacrifício é visto como um desvio sem sentido. A maior parte das pessoas acham-se possuidoras de um espírito livre, mas têm medo de estabelecer compromissos ideológicos e estão sempre cingidas a princípios que as oprimem, decepam e restringem.

A busca da felicidade é cada vez mais uma obrigação a que ninguém pode fugir, um alimento inebriante que todos devem consumir, o carro, o telemóvel, o sucesso profissional, a casa, a conquista amorosa, o materialismo selvagem numa época que é a idade média da mente e da liberdade de consciência do ser humano.

(...)
O problema é que essa finalidade impaciente não ganha raízes ou força e alimenta-se da autocomiseração egocêntrica e da superficialidade. Há sempre um momento em que uma pequena voz nos diz para fazer o que está certo e seguir o caminho da coerência e da lealdade. Podemos escolher ouvi-la ou optar sempre pela via mais fácil."

É uma velha questão. Assenta num simples problema que a mim me custa a perceber: A tomada da nossa como a posição universal.
Claro está que se tomámos uma decisão, se optámos por uma posição, achamos de algum modo que ela é melhor. Mas é melhor para NÓS. Porque é que custa tanto entender que a nossa, não é a única cabeça neste mundo? Que consequentemente os nossos, não são os únicos olhos que vêm a realidade?
Na nossa sociedade todos somos católicos, é cultural. Implícita ou explicitamente todos somos condicionados por essa forma ancestral de ver o mundo. Mas entendo aqui o catolicismo como contexto social, se quisermos analisar sob o ponto de vista religioso, então não. Não sou católica.
Mas repara Diogo Dantas, não foi opção. E não compreendo como alguém que se apega tanto à questão da fé teima em não perceber que a "fé" é assim mesmo, algo que se sente ou não (ponto). Não consigo acreditar. Na minha maneira de ver as coisas é algo que simplesmente não faz sentido. Mas isso não me torna uma pessoa com menos ou mais princípios. Isso não faz com que tenha qualquer dificuldade em "seguir o caminho da coerência e da lealdade", até porque todos nós, crentes ou não temos algo a que se chama consciência. Temos todos, independentemente da fé, conceitos morais, noção do bem e mal, certo e errado que fazemos reflectir nos nossos actos.
Não consigo perceber a noção de fazer bem por algo (seja fuga ao castigo, seja noções de compensação pós-mortem sob a forma de paraíso), o bem deve ser feito sempre. Porque é o bem. Simples.
Eu sempre respeitei a visão e opiniões das outras pessoas, continuo a respeitar. Mas cabe-me também a mim acrescentar algo às demais visões, principalmente quando elas são tão redutoras.
*




segunda-feira, outubro 15, 2012

Semana *

Esta semana que começa neste preciso dia guarda em si já um punhado de acontecimentos felizes.
Alguns não precisam de ser muito esmiuçados. São unicamente o fruto de muita persistência e em boa verdade não deviam ser surpresa. Fico feliz por saber que a vida continua, que melhora, com pequenas coisas. Simples. Sei que vai correr bem, porque te conheço. E mereces mais do que ninguém. Espero que todos tenhamos ainda a possibilidade de te aproveitar, de sorver dessa fonte inesgotável de conhecimento.
Mais trivial é a minha primeira anotação da chegada do frio. A percepção que os chocolates e enfeites tradicionalmente do Outono avançado e pronúncio de Natal estão lenta mas persistentemente a invadir os espaços. Gosto desta época do ano. É a minha época. Daqui a não muito tempo voltam a tirar-se os casacos dos armários, e com eles os cachecóis, botas e meias de redobrado conforto e calor.
É bom verificar que o tempo e as estações vão mudando, mas as coisas importantes continuam imutáveis: Continuo neste ritual depurativo enquanto o meu café arrefece ao lado, enquanto o Suri permanece impecavelmente deitado num colo que já sente a falta dele nos dias de Coimbra. Continuas aqui, continuas perto. Presente até na ausência. E se tudo correr bem, apenas mais um ciclo destes faltará.
A um Outono de distância estarei de volta permanentemente. E essa será a única mudança outonal. Porque o ritual continuará, permanecerá acompanhado por um café que arrefece. O meu colo continuará a ser aquecido pelo meu amigo felino e tu estarás ainda mais presente. Se é que isso é possível.
*

segunda-feira, outubro 08, 2012

A meio, um ano e meio.

É dia de celebrações.
:)
E encaremos este marco com um quase virar no sentido do retorno. Ano e meio. E daqui a outro tanto estarei, nas melhores previsões, já em casa.
Vai correr bem, tudo corre bem quando pomos o nosso melhor em tudo o que fazemos.
*
Amanhã estarei mais próxima do destino. E assim sucessivamente!
Celebremos também no caminho.

segunda-feira, outubro 01, 2012

Nódoa

Têm a capacidade de difundir num imaculado tecido e manchar apenas com uma gota uma significativa área. Assim como nos tecidos há igualmente nódoas humanas. Indivíduos que não fazem mais senão disseminar o mau estar. Parte positiva é que como nos tecidos, também nos humanos há tira-nódoas. Há sempre maneira de desincrustar essas indesejadas presenças e repor o estado normal e agradável das coisas.
E como é bom perceber que a nódoa já não nos afecta, que foi afastada desse nosso tecido :)
Espero não ter vislumbre de nódoas nos próximos tempos, mas se tiver, a coisa volta-se a resolver. Nada como uma boa limpeza, sempre que ela seja necessária.
*
A um mundo sem nódoas, porque vida que é vida, quer-se a cheirar a Skip*

sábado, setembro 29, 2012

Sábado à noite



Sábado à noite não sou tão só
Somente só
A sós contigo assim
E sei dos teus erros
Os meus e os teus
Os teus e os meus amores que não conheci

Parasse a vida
Um passo atrás
Quis-me capaz
Dos erros renascer em ti

E se inventado, o teu sorriso for
Fui inventor
Criei o paraíso assim

Algo me diz que há mais amor aqui
Lá fora só menti
Eu já fui de cool por aí
Somente só, só minto só

Hei-de te amar, ou então hei-de chorar por ti
Mesmo assim, quero ver te sorrir...
E se perder vou tentar esquecer-me de vez, conto até três
Se quiser ser feliz....

sexta-feira, setembro 28, 2012

The End

Incrível como pequenas situações nos catapultam para decisões que antes julgaríamos impensável tomar sem uma exaustiva análise. É como se representassem autênticos pontos de viragem. Uma confirmação absoluta da direcção a tomar.
Tenho pessoalmente como opção deixar as coisas bem resolvidas e arrumadas. Não gosto do turvo pó ainda levantado a limitar-me a visão. Prefiro determinar o fim absoluto do que perpetuar na tentativa. Já lá foi o tempo em que pensava de uma forma oposta. O tempo fez-me ver que insistir nos erros é teimar em não aprender.
Hoje, 28 de Setembro de 2012, 9 anos, 2 meses e 2 dias depois foi como que uma confirmação que não há qualquer motivo para manter esse resquício de ligação.
Este ano foi o período das limpezas mentais e do desembaraçar de nós que apenas servem para sufocar.
Mais um ponto de uma história, o final. De uma história demasiado longa. O ponto de partida a uma nova fase.
A mim, só apraz dizer com um sorriso nos lábios:

"The End"


*

domingo, setembro 23, 2012

Novo Outono

Sempre serás a minha estação. O passado trouxe-me um regresso a uma rotina cíclica que toma em ti o seu início. Agora inicia-se um novo ano, um novo ciclo. Acredito que este vai ser melhor que o anterior. Mas sei também que o próximo tem ainda mais ingredientes para melhorar... e depois o regresso.
Sei que será possível. Sei que me trará melhorias inquestionáveis e acima de tudo trará de volta aos meus dias aquelas pessoas que eu preciso abraçar e sentir.
Vamos sorrir, vamos focar-nos nessa que será a última das anatomias. Vamos enrolar pela primeira vez essa manta enquanto o ronron do constante amigo, mais do que aquecer o corpo, aquece o coração.
Que mais posso eu pedir? Nada. Absolutamente. Só gostava de retribuir um pouco do muito que tenho. Até parece injusto. Tanto, só para mim.
*

terça-feira, setembro 18, 2012

Saudade

Tenho saudade de um conjunto vasto de pormenores que me dá uma sensação de aperto. Tenho saudade de me sentir estimada e querida. Saudade de ser tratada como se uma verdadeira princesa fosse. Saudade de afecto, desse cuidado com as palavras. Saudade de ter um referencial e sê-lo em resposta, do outro lado.
Fazes falta, saudade da sensação de plenitude.

terça-feira, setembro 11, 2012

Antevisão

Já me disseram que sofro por antecipação. Por mentalmente adivinhar os cenários que se vêm a confirmar dias depois. Não, não é qualquer capacidade divinatória ou mística. É simplesmente o mais simples exercício lógico de análise das situações.
De facto nos momentos críticos sempre me senti um pouco a nadar sozinha. Desfasada no tempo do momento ideal para aquela reacção. Quer seja boa, ou má. Mas esta minha inata característica tem alguma vantagem. Apesar de me valer o título de personalidade que sofre por antecipação, vale-me a tranquilidade e ausência de dor no momento da tormenta.
Parece que quando o vento uiva, a chuva sacode ferozmente contra o vidro, no meio do temporal já eu estou em paz. Já eu tinha preparado aquele cenário. Aplicado a situações é como que já tivesse assistido àquela cena e não mais fosse que uma repetição de um filme visto à pouco tempo e ainda fresco. Aplicado às pessoas, e mais concretamente àquelas que nos deixam, é como se a despedida já tivesse sido feita e por conseguinte torna-se uma dor suportável.
Nunca tinha visto as coisas por este prisma. Nunca tinha visto o lado positivo de andar quase sempre dessincronizada do mundo no que concerne ao momento de reacção às notícias. Lentamente, o tempo e o treino a resolver o dia a dia tem-me levado a focar mais no lado positivo. Hoje dou por mim a gostar da minha antevisão das coisas.
*

terça-feira, setembro 04, 2012

Is it?

""I guess you just try not to care too much. Then you can't be disappointed""

segunda-feira, setembro 03, 2012

Cena 2

Começaram as rodagens dessa que será a segunda cena desta linda obra que é o meu desejado curso de medicina. Continuo a sentir aquele aperto na cidade. A vontade de não estar lá... mas é uma questão de começar com os projectos e com o estudo. Não gosto de ti Coimbra. Não gosto das tuas gentes. Mas gosto tanto do curso que todo o sacrifício vale a pena.
O 2º ano custará menos, tenho a certeza. Tenho um horário fantástico. Tenho as coisas minimamente lançadas. E vai correr lindamente. Nem pode ser de outra forma.
*

sábado, setembro 01, 2012

Blue Jeans

Final de férias. Amigos, uma segunda família. Risadas. O fresco que entra pela varanda aberta.
Um Setembro anunciado. O final de férias.
Mas sou feliz com vocês. Deste meu canto sinto a falta de algumas pessoas. Consola-me o facto de estarem igualmente bem.
Gosto de estar assim. Rodeada de afecto. Gosto de dar e receber em troca. Porque os relacionamentos têm de ser fazer nos dois sentidos.
Que venha o próximo ano. Que venham desafios, guerras e sofrimento. Enfrentar-vos-ei a todos, com todas as forças que com as minhas gentes encontrei.
Vem Setembro. Estou mais que pronta para ti, para isso e muito mais.
*

sexta-feira, agosto 31, 2012

Janolas

Fico genuinamente feliz. Pelo cuidado, pela atenção em dizer as coisas. Em me ligares para partilhar um momento que é íntimo e não necessitava de comunicação. Mas é tão teu. Tão característico. Como gosto de ti minha pequenina. Por seres tu.
Com o passar dos anos vamos tomando consciência de algumas verdades absolutas. E hoje mais uma vez tenho a concretização de que o que tiver de acontecer acaba por se efectivar. Podem esperar-se anos, Pode ter seguido caminhos sinuosos. Mas encontra-nos.
Independentemente do final, de como correr, esta história em concreto tem uma certa dimensão mística. Parece que estava traçada e destinada a acontecer.
Agora, minha pequena, só tens que viver. Ser feliz como tu mereces. Continuar a surpreender-me pela positiva e sorrir.
Gosto dos dois como se fossem verdadeiramente meus irmãos. E no que depender de mim ambos serão infinitamente felizes.
*

domingo, agosto 19, 2012

Ciclo

É mais um importante acontecimento. Marca o fecho de um ciclo. Um ano completo. Há um ano iniciava-me nessa perspectiva de te acolher. Hoje estamos a uma quinzena de te ver mudar.
Não podia deixar de assinalar aqui este acontecimento. Neste local que acaba por constituir a lista dos tópicos importantes desde 2006.
Já dei por mim a fazer várias análises da situação. Não sei se foi uma experiência feliz no seu conjunto. Serviu para me aperceber de muitas pequenas grandes coisas que pura e simplesmente não se coadunam com a imagem que tinha da tua personalidade. Mas não é hora para grandes dissertações nem análises. As coisas são como são. E mais do que o que dizemos, somos aquilo que as nossas acções mostram. E hoje certamente te vejo de uma nova perspectiva.
Chegou ao fim um novo ciclo. Espero que o teu próximo tenha maior durabilidade que um ano e que entretanto não se venha a mostrar que foi tudo menos a decisão acertada. Por cá, ficarei a torcer para que tudo corra bem. Mas sempre sabendo que optaste por esse caminho à parte, marcaste bem a posição que o queres viver sozinha e por conseguinte, não tenciono tomar qualquer iniciativa em tua direcção. Se precisares, sabes bem onde me encontrar menina.
Sê feliz.

segunda-feira, agosto 13, 2012

Dalai Lama

Pergunta a Sua Santidade o Dalai Lama:

What surprises you more in mankind ? "
- "People... Because they lose health in getting more and more money, and then they lose money to get back health.
And in thinking so anxiously in their future, they forget the present time, so they they end up not living neither the present nor the future.
They live as they were never going to die… and die like they never had lived."

sábado, agosto 04, 2012

Agosto

Voltar a tomar como meu o tempo. Usa-lo como bem entender. Conseguir encontrar-me com quem me fez dolorosa falta ao longo do ano.
Mergulhei novamente nesse vício que me tinha sido afastado e com voraz fome tenho devorado páginas e páginas desse pensamento tão próprio. Stieg Larsson, seu nome. Em dois dias consumi impetuosamente o primeiro. Em menos de 24h o segundo. Lá fora tudo parece parar. Até que por fim o telemóvel toca e sacode-me desse sonho. Desperto para um dia novo e encontro-me contigo.
Mais não quero, e sou feliz. Dentro em breve e a confirmarem-se as felizes notícias, eu terei crescido e tu terás ganho a visibilidade que mereces. Porque tudo é natural, flui com toda a calma e serenidade.
Até já*

sábado, julho 28, 2012

Férias!

1/6 está completa e satisfatoriamente concluído.
Agora um mês de descanso mental, socialização compensatória e resolução de algumas pendências.
Por hora foquemos nos aspectos positivos e verdade seja dita, se consegui fazer Biofísica, sou capaz de fazer o resto do curso. Haja dedicação.

Embora caia um pouco no silêncio, quero aproveitar a quem este ano me serviu de amparo e segurança. *

segunda-feira, julho 23, 2012

Lei de Laplace!

P1-P0= 4ts/R
Assim determino a diferença de pressões a que sujeito, a minha.
A breves horas da última aparição oficial neste 2011/2012, consigo entrar na minha. Não é um sentimento que dependa de isolamento. Não requer receitas. Sempre tive acesso rápido à minha.
Anseio o dia de amanhã. Porque apesar de não estar confiante, desejo a tranquilidade que ele me trará por fim.
Na minha cabeça apenas uma sombra paira. Uma sombra que me acompanha desde o dia que tive essa feliz confirmação da realidade em que se tornou o sonho.
Seria perfeito. Seria simplesmente a consagração de tudo. Ter-me novamente sem esse peso. Porque não faz sentido para mim, nem eles o merecem.
Seria ouro sobre azul. A verdadeira ode à felicidade. Por hora resta-me novamente focar no que amanhã deveria saber, ainda não sei, nem tampouco acredito que alguma vez saberei.

terça-feira, julho 17, 2012

Ponte de Lima


Sei!
Enquanto assim falarmos, não é preciso mais.

(a um pequeno passo da liberdade. Aguenta-te)

sábado, junho 02, 2012

Núcleo

Está.
Assumo que é o meu novo grande objectivo.
Depois de lutar tantos anos por conseguir aceder ao curso do sonho, da realização, hoje resolvi verbalizar esta minha nova etapa. Também ela demorará a ser alcançada, mas será sem sombra de dúvida plenamente vivida, com todas as condições necessárias à magia do momento.
Como é bom o sentimento que cresce em nós e que se alicerça numa sólida confiança e respeito. Porque tudo posso tentar superar e perdoar, excepto essa crucial barreira sem retorno.
É bom imaginá-lo. É ainda melhor vivê-lo.
O meu próprio núcleo.

quarta-feira, maio 30, 2012

Passarola voadora

Por entre o rigor dos tratados e leis que nos vão formatando a vista para olharmos o mundo com os olhos e interpretação de outros, nos fugazes intervalos das folhas, apontamentos e artigos, no pouco tempo que se para para algo parecido com o pensar, não sei de dou por mim agradecida pelo acesso a tamanha quantidade de informação, ou se por outro lado invejo essa mística, o furor da alquimia e da imaginação. A possibilidade de construir a explicação na primeira pessoa, de olhar com os próprios olhos.
Invejo em parte a passarola voadora e todas as concretizações e somatizações do imaginário.
Queria também ter por onde esvoaçar num imaginário à minha vontade.

sexta-feira, maio 25, 2012

Pão com manteiga

Interrompo o meu estudo da artrologia do membro superior na articulação acrómio-clavicular para tornar público o que para mim representa das mais mágicas combinações de sempre: pão e manteiga!
É a concretização da máxima que o que é bom é simples. Realmente por muito construídos e complexos que sejam muitos sabores, nenhuma outra substância liga com um paozinho quentinho da mesma maneira que uma boa manteiga.
Não seria eu se não começasse desde já a divagar sobre a temática. E a magia do pão com manteiga para mim é tal que a uso de equivalente comparativo para com as relações humanas.
Começo a crer que muito há de pão com manteiga nos nossos relacionamentos. Há pessoas que juntas funcionam como pão com patê, ou pão com queijo, é uma ligação harmoniosa até, mas com o tempo vai perdendo o encanto e enjoando. Já a verdadeira relação pão com manteiga mantém o sabor inalterado ao longo do tempo.
No mesmo seguimento, juntar dois pedaços de pão, ou dois de manteiga sabem tudo menos bem. Do mesmo modo que duas alminhas iguais são uma monotonia infinita.
Eu acho que sou o pão. Tenho já a minha manteiga... e gosto muito do resultado desta mistura!

sexta-feira, maio 04, 2012

Anamnese

Pode ser do tempo, da muita chuva que cai, sem cessar desde o fim de semana. Hoje é quinta. Dei por mim a rodar a chave no carro e a parar só em casa. Tudo como deve ser, a plenitude da sensação de lar. Mas fica aquela pontadinha. Sei que algo me falta.
Em Coimbra hoje soaram os acordes da primeira serenata para os meus pares. Rumei ao Norte. Dói só imaginar uma vivência que não a minha da ESTSP, com as minhas pessoas.
Hoje tenho um frenesim de pensamentos e de vontades difíceis de organizar e verbalizar. Mas hoje esta inquietude que me faz manter desperta apesar do imenso cansaço, é a tua falta.
Felizmente somos imperfeitos, diferentes em tanto, mas tão iguais no que concerne a esses pontos centrais da personalidade. Porque hoje, mais do que qualquer coisa, privilegio sim valores, e o seu reflexo nas acções que se praticam.

terça-feira, maio 01, 2012

1º de Maio

Dia do trabalhador, dia que este ano não é meu. Mas há-de ser daqui a uns anos, talvez o venha mesmo a comemorar no activo. A fazer algo que me fez e faz lutar muito.
Bom dia para todos*

quinta-feira, abril 12, 2012

Depois da tempestade...

Espero que estes sejam apenas dias de turbulência. Que a chuva e o negro que me assombram em breve sejam afastados e deixem que o sol brilhe sobre mim. Sinto e penso muito nessas palavras:

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver crescer as injustiças, de tanto ver agigantar-se os poderes nas mãos dos homens, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto." (Ruy Barbosa)



quarta-feira, março 14, 2012

Preciso.

Foram pequenas fracções de segundo.
Recorrendo apenas à sua representatividade nos muitos fragmentos de vida isolados ou compostos, não deveriam ter marcado muito.
A verdade é que muitas são as vezes que desejo voltar a esse portal. Vislumbre que devia fazer por esquecer. Agora e sempre. Mas agora mais que nunca. Sempre.
A verdade é que não é simples, não é transitório. Não apenas um sentimento que me assole num dia menos soalheiro. Amanhã.
Espero.
Um amanhã... haverá um. Haverá? Espero... Espero?
Deixa-me. Ou então não. Porque isso é que realmente sempre me feriu, me fragilizou. De cada vez que me respeitas nesse pedido, é um pouco de mim que vai parar a esse portal. Não me ouças pelas palavras. Será difícil?
Ouve-me. Fá-lo. Imploro-to com todo o meu desejo. Mas ouve-me pelo que não digo, não ligues a esse enganador recurso às palavras.
Desta vez olha-me, ouve-me com todo este frenético pulsar que me esforço por esconder. Não me deixes só. Não me voltes as costas e acredites na aparente felicidade. Um dia, amanhã? Um dia será tarde. Amanhã?
Não.
Esse portal sei que me captará. Amanhã?
Não.
Deixa-me.
Não quero, nunca quis. Mas hoje sei que o tenho de fazer. Admitir que preciso.
Preciso de ti: De uma entidade que desconheço e que me traga de volta esse conforto que deixei algures para trás e que me falha como o ar. Preciso dessa cumplicidade de olhares recíproco. De olhar, ver, mas e acima de tudo,  preciso de ser vista. Como de ar. Como de verdadeira força para continuar a respirar com esse mesmo ar, preciso do outro. Preciso muito. Quero ser vista. Quero poder dizer com todas as palavras que não, não é fácil. Que mais são as forças a derrubar que a erguer. Um dia, amanhã, talvez darei por mim assim mesmo, derrubada.
Por favor.
Preciso.

sábado, março 10, 2012

L'amour

Alerto desde já para o facto de se seguir um post sentimental.
E logo aí adoro como se pega em algo que tão simplesmente deveria significar "sentimental, relativo àquele que sente" e vemo-nos pejados de estereotipo negativo, e passo a citar a definição "oficial", by priberam:


 Relativo ao sentimento.

2. Afectuoso.

3. Impressionável.
s. 2 g.
4. Pessoa impressionável, afectuosa; piegas.

Quando dizemos que alguém é sentimental, não nos queremos referir ao facto de ele sentir, não. Adicionamos logo a implícita ideia que o indivíduo é ou impressionável, ou afectuoso, ou piegas.
Fantástico como numa só palavra cabem coisas tão dispares. Porque sinceramente, à luz dos meus míopes olhos, uma pessoa afectuosa não é o mesmo que uma pessoa piegas. (Só faltava o nosso primeiro, agora vir pedir aos portugueses para não serem sentimentais ;)
Voltando ao cerne do propósito que me levou a interromper o estudo da miologia da região antero-externa da coxa:  escrever um post sentimental.
Sim, sobre sentimento. E hoje decidi escrever um especificamente relativo ao amor (daí o alerta inicial, quem ainda não parou de ler, tem uma boa hipótese de o fazer agora).
Sim, hoje o amor traz-me a escrever aqui, e fez-me tomar esta decisão porque reparei que em breve farei 6 anos de ego e ainda não me tinha dado a este luxo.
Não o fiz porque sempre me deixou constrangida falar deste sentimento em particular. Como se fosse algo que não devesse ser explorado. Seis anos passaram. Hoje não penso assim. Talvez alguma maturidade. Talvez as muitas cabeçadas que dei pelo percurso. Certamente por estar numa fase muito produtiva. Talvez um misto de tudo.
Hoje dei por mim com vontade de deixar registado aqui neste espacinho que actualmente este é sem dúvida alguma o sentimento ao qual mais responsabilizo pelo curso deste meu rumo vital. Bendito sejas por me teres levado a contrariar toda a lógica e pensamento racional. Por teres deitado por terra todas as premissas mais que uma vez. Obrigado por me teres iluminado este coraçaozinho com tendência para as brumas e perfil soturno.
Hoje preenches as minhas acções, e movimento. Como a D. Adelaide de 89 anos , minha primeira paciente disse: "temos de saber amar, toda a gente." Farei por não me esquecer dessas palavras.
Sei que aumento consideravelmente a probabilidade de me vir a magoar no decurso dos acontecimentos. Mas terei certamente vivido muito mais. Sei-o hoje, valerá a pena.
E agora, antes de regressar ao estudo e rever as inserções, e movimentos que estão da dependência do Sartórius, tenho apenas de te agradecer. Por seres responsável por esta considerável mudança nos padrões que me regem. * 

quinta-feira, março 08, 2012

Breathe me



Nem sempre, nem nunca. Assim, banal. Mas verdadeiramente, no presente mais me apetece dizer: "Nem nunca , nem sempre"... E foquemos nesta última parte.
"Nem sempre", muito menos agora. Muito menos quando sei que não há qualquer referência, com quem desembrulhar este papel que trago a vestir-me. Tenho vontade de criar uma figura, uma personagem imaginária. E colá-la a mim de forma a ter sempre essa entidade, para nos momentos como o presente ter com quem falar de todo e qualquer pensamento: bom, mau, embaraçoso, espontâneo. Sem represálias, sem julgamento.
Não, não é momento de fraqueza ou indecisão. É um momento de visceral necessidade de empatia. De deixar drenar toda esta ebulição de sentimentos que se acumulam no meu cerne.
Em boa hora te criei e mantive, pequeno ego, local de eterno reencontro com um pouquinho de mim.
*

domingo, março 04, 2012

Ingenuidade



Não sou grande apreciadora da cantora, ou do género em questão. Mas não posso deixar de achar curiosa a abordagem dessa ingenuidade que caracteriza uma fase cega e de uma magia inimitável:

"Talk about our future like we had
a clue
Never planned that one day
I'd be losing you
In another life, I would be your girl
We'd keep all our promises, be us
against the world
In another life, I would make you stay
So I don't have to say you were
The one that got away"
E como de repente parece efectivamente isso, outra vida, um cenário longínquo e com um quê de ficcional. Fazendo o simples exercício de revisitar as primeiras entradas deste blog posso facilmente confirmá-lo. Hoje tanto me distancia dessa fase, dessa ingenuidade... é quase como se de outra pessoa se falasse. E ainda bem. A ingenuidade dá-nos uma sensação de felicidade fantástica, é verdade... mas é muito melhor ser consciente, e ser feliz em pleno.
Obrigada menina Perry, pelo que me fizeste reflectir num dos muitos momentos de bloqueio nesse trânsito caótico do Porto.

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Não

É a única palavra que surge na minha boca quando penso no regresso... tenho tanto aqui, tenho tudo para ser feliz e não me apetece por outra vez a vida em pause.

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

1st

Let us be eternal

segunda-feira, fevereiro 13, 2012

Pequena

Ainda é estranho olhar para a foto e reconhecer-nos lá. Não me consigo ainda mentalizar que começou essa fase. Que os colegas casam, que têm filhos, que fazemos parte da geração dos "pais" e não mais dos "filhos". Pertencer simultaneamente a um grupo cujas idades subtraem à minha 7 anos também não ajuda nada ao processo de consciencialização. É bem verdade que não é precoce. Mas custa a acreditar... já está... temos vencedor naquela "velha" brincadeira... parabéns Ju *

sábado, janeiro 28, 2012

O chão que pisas sou eu

Sou-o conscientemente. Não sob a interpretação conotativa que nos faz pensar em submissão ou inferioridade. Chão de acordo com a sua definição de sustento. Base sólida. Sou-o e sei-o. E podes até negar que precisas de mim tanto quanto preciso de ti. Podes dizer o que quiseres. Mas não podes mentir com esse espelho de alma que trazes na face, sob a forma de globo ocular. O chão que pisas sou eu, o meu és tu. Será assim, por muito e bom tempo. Ou pelo menos por bom tempo. Que nenhum de nós tenciona repetir erros passados, tempo perdido com quem não era de todo necessário. E por hora voltarei, a esse mundo que tanto ansiei. O mundo dos músculos, fáscias, ossos e articulações. Com a visceral vontade que me faz estudar a esplancnologia como se esta fosse a primeira vez. Não sei que força mais me poderia mover se não a tua, com a minha, elevada a um exponencial absurdo sequer de considerar. Obrigada por me teres devolvido a vontade de escrever.

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Calcorreando o lado negro dos dias

Por vezes são pequenas coisas. Fracções de um segundo que nos deixa gelar e parar nesse espaço que parece prolongar-se por horas. E apercebemo-nos. Vemos claramente que por muito que nós tenhamos parado, lá fora o mundo continua. Cada um segue pelo mesmo caminho, faz o mesmo trajecto que havia pensado, acaba por deixar de nos ver, tornamo-nos totalmente invisíveis. Nós, por outro lado vemo-los, a eles, ao seu trajecto, às suas mudanças de hábitos e de prioridades, ao desprender de laços. A nós custa esse mordaz confrontar com a realidade de não se poder estar em dois momentos em simultâneo. Tampouco viver duas vidas. A mim custa saber que não posso estar com quem queria, o tanto que se estenderá este período. A acidez do sentimento que nos traz essa confirmatória evidência de não sermos insubstituíveis, de ver cortado o inconscientemente pensado estatuto especial que nos unia tem tendência a ser uma marca a perpetuar-se. Deste meu pendor à divagação, deixo desprender vários rasgos mentais. Faço muitas tentativas de focar noutro ponto, que me permita seguir. Assim como quem, inteligentemente seguiu com as suas vidas. Mas será uma questão de tempo. Até ser novamente aprisionada nesse estado mental que me faz voltar e ver essas pessoas, já mais longe, que teimam em nunca voltar e olhar para trás. Para mim.

terça-feira, janeiro 17, 2012

Fazes falta

São vários, muitos de vós que se cruzaram algures comigo levaram algo de mim. Deixaram um restículo vosso, que guardo, carrego permanentemente. Sinto falta de sair com este sol frio e calcorrear essas ruas que outrora desdenhei. Fazes-me tanta falta. Cidade que me espera, e que eu anseio encontrar.

sábado, janeiro 14, 2012

Anatomia

Obrigaste-me a redefinir o conceito: "estudar" I´m loving it *

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Memórias

Olhando para vocês, desta nova perspectiva, vejo-me a ser invadida por essa onda de contraditórios sentimentos. Se por uma lado sei que não poderia ter sido muito mais próximo do perfeita a minha estadia nessa casa, também sei que ao partir deixei de ter esse que considerei um pouco meu, espaço. Sinto a vossa falta, sinto falta das minhas meninas, vontade de ter novamente olhos ávidos de saber e vontade de aprender, saudades do velhinho. Fico feliz pelas vitórias que sei que vão continuamente sendo conquistadas... apenas em silêncio peno o facto de me saber prontamente substituível.