sábado, março 31, 2007

Primavera!

Mais do que as palavras podem dizer...

sexta-feira, março 30, 2007

Em ti, em mim, felicidade!

Em ti, na chuva, no azul desse céu, no brilho da Estrela, no infinito do Universo...

No imenso Mar, no suave bailar das marés, em cada grão de areia, em mim..!

Em todo e qualquer lado eu a encontro e me reencontro, consecutivamente!

Gosto-te!



Todos os dias estamos ou pensamos nessas pessoas, a nossa felicidade, o nosso sorriso completo passa por uma felicidade e sorriso partilhados. São uma espécie de Norte nas nossas vidas, pessoas que nos orientam e que em muito marcam a rota a traçar.

Imaginar-me sem elas, é imaginar-me a pairar num interminável vazio, sem qualquer sentido para continuar com estes síncronos movimentos que coordenam a existência…

E apesar dessa suprema importância que elas representam na minha vida, apesar de serem motores de toda a minha acção, raras são as vezes que por palavras tentei traduzir estes sentimentos. Por facilitismo, por vergonha, ou por simplesmente assumir que é um dado mais que sabido!
Hoje porém, resolvi despegar-me de convencionalismos, desligar-me do que sempre nos foi sendo dito, mesmo que sem que nos apercebêssemos, hoje decidi demonstrar afectos, decidi dizê-lo…. A ti, quem quer que sejas que já tocas-te no meu coração… Gosto-te!

Breu



Há muito que não tinha a oportunidade de me misturar, de desaparecer por entre o breu que extingue os meus contornos e me toma na noite, sinto-me desaparecer, como se subitamente me esfumasse e deixasse de ser alcançável aos olhos desses que comigo se cruzam.

Ao vê-los, ao sentir a brisa que os seus movimentos provocam, também me é trazida a duvida, a vontade de ler em cada rosto a alma de cada indivíduo. Perceber o que os faz andar tão rápido, o que os move, serão felizes?

E tudo parece tão despropositado, repentinamente deixa de fazer sentido ver os sacrifícios que as pessoas fazem para serem aceites, por serem mais uma gota neste imenso mar que vai traçando a história de uma espécie, que prima pela organização, pela hierarquia e que lentamente vai relegando para segundo plano a mágica e tempestiva ordem dos sentimentos, fazendo de nós seres totalmente deslocados da natureza.

Progresso, conhecimento, ordem… valores que imperam, que estão acima de muitos outros, à custa de outros valores, de outras coisas, inclusive da felicidade…

Nunca o conforto disponível foi tanto, mas também nunca foi tão frequente e intensa a tristeza nos olhos desses rostos, que deambulando cruzam com os meus por breves instantes, nesta noite em que o breu me transformou num invisível vulto que a ela pertence.

sexta-feira, março 16, 2007

Para quê? Porquê? Para Quem?


Para quê? Porquê? Para Quem? Que forças supremas ditam este contínuo e cíclico movimento coordenado de sistemas? Que me faz inspirar, expirar, inspirar, expirar… quem me mantém por este fio?

A simples solução implica força que não disponho neste momento… mas há-de vir o dia em que por caminhos mais ou menos sinuosos, recorrendo ao bom ou menos bom artefacto, eu mudarei, eu rasgarei esta mascara que desde sempre me encobriu por detrás de falsos risos, de felicidades de porcelana, por detrás de uma paz inexistente…

A face que se revelar não há-de ser alba, muito menos luminosa, mas será a minha, serei eu… que mais posso desejar então?

Tempo


Pára! Deixa-me respirar, deixa-me desfrutar um pouco de ti… tempo! Dá-me um pouco de ti, deixa-me poder voltar-te atrás, deixa-me poder alterar-te, deixa-me poder crescer, nascer, de novo, vezes e vezes… quero-te… preciso de ti, mais do que nunca… tempo!

Mesmo quando penso no quão efémero tu és, mesmo aí tu foges, tu esfumas-te por entre os meus dedos e quando inspiro o que de ti resta na palma da minha mão, quando olho atrás e vejo o que restou de ti, o que aproveitei contigo… nada vejo para além deste vazio, desta sensação de que nunca te tive, porque nunca te aproveitei!

Caminhando

Todos os que cruzam connosco nos marcam de uma ou de outra forma, nos deixam impressa a sua marca, boa ou má ela fica latente em nós esperando o momento oportuno para se manifestar.

Desses inúmeros encontros surgem pessoas que nos impressionam, que nos cativam e seduzem, que atribuem maior sentido a esta nossa caminhada… Por essas pessoas nós mudamos planos e conjecturamos um futuro cuja felicidade passa também pelo bem-estar deles.

Mas mais que idílico, é utópico pensar que os sentimentos são recíprocos, que também essas pessoas nutrem a mesma preocupação e conjunturas e é inevitável a amarga sensação que se sente ao ficar sozinho numa triste e só calçada tentando visionar os passos desses que nunca surgirão em nosso encontro.

Quando todos aqueles em quem depositamos a nossa amizade se parecem esquecer de nós em simultâneo, qualquer ser, por mais positivo que seja entra numa nova dimensão, sente um vazio indescritível que palavras algumas poderão alterar. E quando ninguém existe para além deste pequeno ecrã para quem desabafar, nem quem nos tome nos braços confortando-nos a alma com palavras de alento… muito é posto em causa, reflectem-se prioridades e acima de tudo busca-se um sentido, um único que seja que faça despontar um sorriso no rosto e continuar caminhando…

Olhos fechados


E quando nos damos conta estamos longe, afastados por mares de indiferença e incompreensão… parece súbito, de repente as coisas mudam, aparecem perante os nossos olhos de um outro modo, como nunca antes as pudemos ver… se são os únicos e fugazes momentos de lucidez ou apenas o desespero e a gritar mais alto e a turvar-nos a realidade com a sua poderosa arma de distorção… não sei, acho que nunca saberei… de certo apenas tenho este desejo de mudar, de seguir outro caminho, outra direcção!

De olhos fechados a única coisa que me faz ter alguma esperança é a possibilidade de os abrir e ver outro cenário, um outro panorama…. É nisso que concentro todas as minhas forças, é com isso que sonho todos os momentos e é isso que ainda me dá alguma força para continuar a forjar um falso sorriso…

Mas o que mais custa é abrir os olhos, e ver que tudo permanece igual, que continuo aqui deitada, defronte a uma luz pálida de um monitor, onde vão surgindo lentamente rasgos de pensamentos difíceis de articular… é tão dura a realidade, tão difícil confronta-la que prefiro manter os olhos….fechados!