quinta-feira, dezembro 27, 2007

2008, o decisivo!



E é com toda a pressa que o novo ano se aproxima, se vai tornando maior, mais nítido a cada hora que corre...
Não faz parte de mim aquele espírito que atinge as pessoas por esta altura, aquele frenesim de programar uma noite perfeita, para começar o novo ano da melhor maneira! Não sou de correr para o Shopping à procura da vestimenta adequada, não compreendo aquelas superstições relacionadas com a cor da lingerie, ou o pé em que nos apoiamos, nunca percebi como é que as pessoas podem pensar que isso influencia o modo como o futuro ano correrá...
Até a festa, o fogo de artifício, todo o aparato me é um pouco estranho...
De qualquer modo,este ano, o meu Reveillon há-de ser diferente, não pela roupa, não pela superstição, não pela festa....simplesmente pela companhia!
E independentemente de como tu passares a tua, só espero que esta seja uma passagem para um ano melhor!
Porque 2008 vai ser o ano, o palco para muitas decisões e mudanças!
Espero ser feliz, e concretizar alguns sonhos que venho a acalentar em mim... a todos vocês, os mesmos votos!

domingo, dezembro 23, 2007

Boas Festas!





Chegou a altura em que se propagam os votos de felicidade... em que uns rejubilam pelo pouco que podem dar e receber, em que outros competem pelas prendas mais excêntricas e em que uns poucos vivem a altura pelo espírito que ela invoca.
Não vou falsamente enquadrar-me em nenhum destes grupos, nem tampouco falar deles... este ano o meu Natal chegou mais cedo, trouxe-me precisamente o que mais desejava!
Como todos tenho os meus desejos, os meus votos, as minhas ambições... apenas desejo intimamente que elas se concretizem.... de material não quero, porque não preciso de nada!
Aos que me visitam, amigos a quem certamente já tive a oportunidade de desejar um óptimo Natal apenas reforço uma vez mais a ideia... Desejando apenas que estejam tão felizes quanto eu!
:)

quinta-feira, dezembro 20, 2007

Momentos há




Momentos há em que não se pode fazer mais senão decidir, momentos há em que as decisões são para uma vida, momentos há em que o acto de decidir é solitário!
Em todos estes momentos não existem certezas, não existe um caminho indicado, aquele que devemos seguir, o "bom"! Nestes momentos, apenas podemos pesar critérios, arriscar numa direcção e desejar fortemente ter tomado o rumo certo...
Momentos, mudam uma vida.... e eu espero ter mudado a minha no caminho certo!

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Um dia especial!




Não souberam? Não repararam?
Pois para mim foi uma data importante, um marco.
O passado dia 11 foi um daqueles dias especiais, estamos de parabéns!
Vai-se repetir, vai ser secreto, mas eu vou celebra-lo cada dia, cada mês, até ao dia em que o esquecimento tome conta dele!




sábado, dezembro 08, 2007

Filosofia!

Porque se me tivesse de escolher a música que define a "filosofia" actual.... a "minha" música:



Change
Everything you are
And everything you were
Your number has been called
Fights, battles have begun
Revenge will surely come
Your hard times are ahead
Best
You've got to be the best
You've got to change the world
And use this chance to be heard
Your time is now

Change
Everything you are
And everything you were
Your number has been called
Fights and battles 've begun
Revenge will surely come
Your hard times are ahead

Best
You've got to be the best
You've got to change the world
And use this chance to be heard
Your time is now

Don't
Let yourself down
Don't let yourself go
Your last chance has arrived

Best
You've got to be the best
You've got to change the world
And use this chance to be heard
Your time is now



Dispensa qualquer legenda!

domingo, dezembro 02, 2007

Entre Novembro e Dezembro




Quando lá entrei pareceu-me apenas mais um, trajado de branco, daqueles que nem sequer nos olham, nem sequer nos vêem...
Entrei timidamente para aquele diminuto espaço, fechei a porta atrás de mim, e com ela fechei o espaço e tempo em que vivia, entrei numa nova dimensão... encontrei um pouco de mim!
Cada palavra que disse, mas principalmente cada palavra que ouvi serviu para conseguir evadir-me do corpo que trago vestido e ver-me não através desse simples reflexo no espelho, mas sim pelo que sou!
Foi assim que acabei o mês de Novembro, o mês dos meus anos, o mês que um dia me trouxe ao mundo, e mais uma vez, vinte e um anos depois me deu uma nova dádiva!
Sim, Dezembro chegou, um novo mês chega, fazendo ponte com o novo ano e de repente, tudo parece ter uma nova perspectiva...

.... não fez sentido? Talvez também precises de uma breve visita ao Senhor de Branco ;)


quinta-feira, novembro 29, 2007

Nora, o argumento para uma paixão!




Já gostava, muito, de gatos...hoje, arranjei apenas mais um motivo,uma concretização para isso...
deixem que vos apresente a Nora, a gata que eu ainda vou ter um dia :)


quarta-feira, novembro 28, 2007

"Problema de expressão"




É contínuo, faz já parte de mim, penso eu, este meu problema, esta minha particularidade... As palavras que uso, mas principalmente os pensamentos que me povoam, não são inteligíveis por quem as lê, ou quem lhes acede!
Por vezes provoca ansiedade, outras uma tremenda tristeza e desilusão. Mas apenas sou eu, como todos, tenho problemas, este talvez será um dos meus mais frequentes... Ninguém conheço que leia nas minhas divagações, o meu mais puro estado de espírito, a minha forma de estar mais sincera...
Não é nenhum "fosso" cavado, nenhum estado de "intelecto" construído com propósitos de abrilhantar uma existência sem grande significado.... quando recorro às palavras, quando me deixo guiar por elas, apenas deixo escapar um fio do grande novelo que é a minha mente. Apenas me purifico e organizo!
Sinto-me bem, imensamente bem...

...é já o suficiente para continuar, não preciso de mais, não o procuro!

domingo, novembro 25, 2007

O mundo como devia ser




Lentamente começam a ajustar-se, começo a ter mais um ilustre habitante no fantástico mundo das memórias.... Já o vejo a falar com essa doce senhora de tez marcada pelos anos e sorriso terno, já os vejo a ambos a acenar na minha direcção.
Ao aproximar-me constato que existe mais gente naquele agradável espaço, vejo a minha querida amiga a rir enquanto corre noutra direcção, vejo um mar de luz e sorrisos que já não me lembrava ter vivido!
Mas decido juntar-me a eles os dois, sento-me mesmo ao lado do grande cão amarelo que boceja agradavelmente e defronte a um gato cinzento, com uma pequena cabeça preta, olhos azuis que de imediato toma posição no meu colo.
Olho estas duas pessoas, tão familiares, tão queridas... o rapaz de olhos grandes toma-me a face entre as suas mãos grandes e macias, acaricia-me os cabelos, coloca-me um beijo na testa e outro nos lábios....
A senhora, com o seu constante sorriso no olhar, esboça também um nos lábios, agarra-me uma das mãos e diz "Oh Joaninha, já tinha saudades tuas! Abençoada sejas"!
E nesse momento, eu sou-o efectivamente!


sexta-feira, novembro 23, 2007

Vai onde te leva o coração!




Nesta noite em que as luzes trémulas de um Natal anunciado se juntam aos meus passos. Num caminhar sem rumo, vejo em cada vislumbre de face, em cada vulto um pouco do que procuro com todas as forças esquecer...
Cada imagem, cada projecto, cada esperança, tem ainda um pouco dessa marca entranhada. Uma marca que se penetrou de tal modo que não é comandada pela minha vontade!
Nunca antes me pareceu tão notória e abrupta a distinção entre razão e sentimentos! Porque um deles já há muito se apercebeu do que fazer, já se conformou, já se tentou reorganizar, mas o outro, por sua vez, teima em ficar num patamar, numa era que não mais é!
Mas é assim que vou continuar a caminhar, sem rumo, num trémulo vaguear ao ritmo dessas luzes frias que me acompanham... sabendo que não conseguindo controlar, sigo pois, ouvindo-o a cada contracção...

"Vai onde te leva o coração"!



sexta-feira, novembro 16, 2007

Cartas de Amor



"Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas."

Fernando Pessoa

Sorrir!

Nem sempre é fácil, tende a esconder-se... Como se esconde, ganha vergonha, cria repulsa e não se mostra mais...
O sorriso também se treina, mostra-se com mais facilidade se o fizermos com maior regularidade, se tivermos uma boa equipa para o fazer!
O meu tem estado mais activo estes dias, se calhar até mais do que nunca, porque é constante, porque apenas depende de mim, e desses meus prolongamentos a quem chamo amigos!
Já alguém, detentor de imensa estima minha me dizia: "sorri, mesmo quando estás infeliz"! Parecia um contrasenso, uma ironia...mas é simplesmente a melhor das terapias...

Sorrir:


sexta-feira, novembro 02, 2007

Personagens




Os dias passam diante dos meus olhos, mas o meu estado de letargia não me permite fazer mais do que observar os movimentos, observar a entrada e expansão desse Outono que cresce e insiste em roubar de dia para dia mais uns segundos de luz.
Nada consigo fazer, nada consigo dizer, apenas a minha mente se encontra muito mais activa. Nela passam rasgos de pensamentos, como que imagens de um filme do qual gostamos muito e que já acabou. Continuamos a ver e a pensar nas personagens, figurantes que já pertenceram ao enredo principal, que mereceram lugar de destaque, mas que foram, não mais voltam.
Por razões incontroláveis à própria vontade essas personagens ocupam todo o pensamento, aparecem em todos os detalhes, a sua presença sufoca, torna-se dolorosa. De uma dor aguda e persistente que entorpece… nada mais consigo fazer, ou dizer…
Fico estagnada, suspensa no espaço, num tempo que se esfuma entre os dedos da minha mão a olhar o nada e vendo nele nitidamente os contornos dos momentos em que fui feliz!

Green eyes


 

quinta-feira, novembro 01, 2007

Beijinho com chocolate




As situações mais insólitas acontecem sempre nas ocasiões mais inesperadas, mas muitas das vezes, quando delas mais precisávamos.
Não parece de todo lógico, nem racional o porquê de em determinada altura encontrarmos a pedra preciosa pela qual, mesmo que inconscientemente, sempre procuramos. Talvez isso aconteça porque nessa altura estamos mais receptivos, mais atentos, talvez... mas não deixa de parecer mágico, não deixa de parecer uma dádiva!
São apenas breves momentos, mas trazem-nos novos alentos, novas esperanças, e um renascido sorriso ao rosto!
Nada é tão bom, do que saborear um beijinho com chocolate!

sábado, outubro 27, 2007

A minha estação!




Foi como se estivesse à espera que eu dela necessitasse. Este ano ela tardou, veio de repente e sem dar qualquer sinal... foi de um dia para o outro! Quando abri os olhos, aí estavas tu!

Adoro o Outono, os tapetes fofos e coloridos de folhas e os ventos gélidos que anunciam já um Inverno próximo!
Foi num dos teus dias que eu abri os olhos e respirei pela primeira vez... és tu que mais significas para mim! E este ano, mais que em qualquer outro, tu representas todo o conjunto de sentimentos que em mim fluem!

sábado, outubro 20, 2007

Somewhere only we know!

Porque por vezes aqueles nossos pensamentos soltos, os rasgos da nossa consciência, não são traduzíveis por palavras nossas:

"Oh simple thing where have you gone
I'm getting old and I need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and I need somewhere to begin
And if you have a minute why don't we go
Talk about it somewhere only we know?
This could be the end of everything
So why don't we go
Somewhere only we know?
Somewhere only we know? "

Suficientemente claro para descrever o cenário!

sábado, outubro 13, 2007

My Happy ending!

Não, não gosto de Avril Lavigne, no entanto, quando em casa, por brincadeira a Tia pôs a tocar, embora por breves momentos.... fez todo o sentido!



"Oh oh, oh oh
So much for my happy ending

Oh oh, oh oh
So much for my happy ending

Oh oh, oh oh, oh oooooh....

Let's talk this over
It's not like we're dead
Was it something I did?
Was it something you said?

Don't leave me hangin'
In a city so dead
Held up so high
On such a breakable thread

[Pre-Chorus:]
You were all the things I thought I knew
And I thought we could be

[Chorus:]
You were everything, everything that I wanted
We were meant to be, supposed to be
But we lost it (but we lost it)
All of the memories, so close to me
Just fade away
All this time you were pretending
So much for my happy ending

Oh oh, oh oh
So much for my happy ending (Oh oh, oh oh)

Oh oh, oh oh

You've got your dumb friends
I know what they say
They tell you I'm difficult
But so are they (So are they)
But they don't know me
Do they even know you? (Even know you)
All the things you hide from me
All the shit that you do (All the shit that you do)

You were all the things I thought I knew
And I thought we could be

[Chorus:]
You were everything, everything that I wanted
We were meant to be, supposed to be, but we lost it
all of the memories, so close to me, just fade away
All this time you were pretending
So much for my happy ending

It's nice to know that you were there,
Thanks for acting like you cared
And making me feel like I was the only one
It's nice to know we had it all
Thanks for watching as I fall
And letting me know we were done


[Chorus:]
He was everything, everything that I wanted
And We were meant to be, supposed to be, but we lost it
And all of the memories, so close to me, just fade away
All this time you were pretending
So much for my happy ending...

[Chorus:]
You were everything, everything that I wanted
And we were meant to be, supposed to be, but we lost it
And all of the memories, so close to me, just fade away
All this time you were pretending
So much for my happy ending

Oh oh, oh oh
So much for my happy ending
Oh oh, oh oh
So much for my happy ending

Oh oh, oh oh, oh oh....
Oh oooooh...."

sexta-feira, outubro 12, 2007

Right where it belongs

Hoje, apenas isto:



"See the animal in his cage that you built
Are you sure what side you're on?
Better not look him too closely in the eye
Are you sure what side of the glass you are on?
See the safety of the life you have built
Everything where it belongs
Feel the hollowness inside of your heart
And it's alright where it belongs

What if everything around you
Isn't quite as it seems?
What if all the world you think you know
Is an elaborate dream?
And if you look at your reflection
Is it all you want it to be?
What if you could look right through the cracks
Would you find yourself, find yourself afraid to see?

What if all the world's inside of your head?
Just creations of your own
Your devils and your gods all the living and the dead
And you're really all alone
You can live in this illusion
You can choose to believe
You keep looking but you can't find the words
Are you hiding in the trees?

What if everything around you
Isn't quite as it seems?
What if all the world you used to know
Is an elaborate dream?
And if you look at your reflection
Is it all you want it to be?
What if you could look right through the cracks
Would you find yourself, find yourself afraid to see?"


sábado, outubro 06, 2007

Tu!




E é quando me sinto só, desorientada na penumbra de pensamentos que tu, com uma palavra, gesto, ou acção, me dás novo alento, nova força para continuar em frente!
Não foi pela questão material que o que fizeste teve em mim tanto impacto, foi simplesmente, por teres tido a coragem de fazeres tudo ao contrário do que te tinha pedido... mas por teres feito tudo muito melhor!
A tua atitude mostrou-me tanta coisa... bem mais que o que eu aqui, com palavras sou capaz de explicar! Resta-me somente sorrir, sempre que olho para aquele brilho rosa que luz na palma da minha mão e que é muito mais para mim que um objecto de chamadas!

Obrigada! Por seres tu! E me fazeres tão bem!!!!


sábado, setembro 29, 2007

Amargura



Nos meses que fluíram desde a última aparição por paragens egocêntricas muito aconteceu... E como vem sendo costume, no auge das incertezas, no topo dos meus conflitos mentais eu decidi voltar!
Como sempre faço-o para ouvir os meus pensamentos, os meus argumentos, e contra-argumentos na tentativa de conseguir ultrapassar mais um dos inúmeros impasses que vão surgindo!
Como sempre faço-o por não existir ninguém mais a quem recorrer...
Como sempre, conto acabar melhor que o que comecei...
Como sempre, vou enganar-me!

Sei sim, não sou perfeita, conheço cada um dos meus defeitos e com eles venho convivendo desde sempre... melhor que ninguém os sinto na pele e o que aprendi, definitivamente, é que não posso permitir que esta minha insegurança, esta minha tendência a tomar a responsabilidade da felicidade dos outros e dos problemas dos mesmos, não pode mais, nem nunca, sobrepor-se a mim!
Ninguém nunca me irá valorizar por isto, por isso mais vale valorizar-me a mim própria!



sábado, junho 23, 2007

Rumos

Os dias têm voado, têm fugido de mim como nunca pensei ser possível.. hoje pareço viver 24 horas com vários dias, com múltiplos acontecimentos, sem cessar, sem descanso...
E quando finalmente me sento, paro um pouco, ainda me sinto mais assustada... há tanto a fazer, tanto a aprender, tantas novas portas que quero abrir... tão pouco tempo para o fazer!
Quero ter muitas vidas, quero ser várias pessoas, quero completar-me a cada momento.... hoje mais do que nunca sinto que parar é morrer!

sábado, maio 26, 2007

Respirar!

Quero, preciso, é urgente, esta necessidade de o fazer, de ter tempo, de parar, e respirar!

sexta-feira, abril 06, 2007

Contigo


De novo, ter-te comigo, entre os meus braços, partilhar pensamentos, medos, sonhos, desejos... ver-me espelhada em ti, olhar-me nos teus olhos e conseguir identificar um novo EU, alguém mais belo, alguém diferente....

sábado, março 31, 2007

Primavera!

Mais do que as palavras podem dizer...

sexta-feira, março 30, 2007

Em ti, em mim, felicidade!

Em ti, na chuva, no azul desse céu, no brilho da Estrela, no infinito do Universo...

No imenso Mar, no suave bailar das marés, em cada grão de areia, em mim..!

Em todo e qualquer lado eu a encontro e me reencontro, consecutivamente!

Gosto-te!



Todos os dias estamos ou pensamos nessas pessoas, a nossa felicidade, o nosso sorriso completo passa por uma felicidade e sorriso partilhados. São uma espécie de Norte nas nossas vidas, pessoas que nos orientam e que em muito marcam a rota a traçar.

Imaginar-me sem elas, é imaginar-me a pairar num interminável vazio, sem qualquer sentido para continuar com estes síncronos movimentos que coordenam a existência…

E apesar dessa suprema importância que elas representam na minha vida, apesar de serem motores de toda a minha acção, raras são as vezes que por palavras tentei traduzir estes sentimentos. Por facilitismo, por vergonha, ou por simplesmente assumir que é um dado mais que sabido!
Hoje porém, resolvi despegar-me de convencionalismos, desligar-me do que sempre nos foi sendo dito, mesmo que sem que nos apercebêssemos, hoje decidi demonstrar afectos, decidi dizê-lo…. A ti, quem quer que sejas que já tocas-te no meu coração… Gosto-te!

Breu



Há muito que não tinha a oportunidade de me misturar, de desaparecer por entre o breu que extingue os meus contornos e me toma na noite, sinto-me desaparecer, como se subitamente me esfumasse e deixasse de ser alcançável aos olhos desses que comigo se cruzam.

Ao vê-los, ao sentir a brisa que os seus movimentos provocam, também me é trazida a duvida, a vontade de ler em cada rosto a alma de cada indivíduo. Perceber o que os faz andar tão rápido, o que os move, serão felizes?

E tudo parece tão despropositado, repentinamente deixa de fazer sentido ver os sacrifícios que as pessoas fazem para serem aceites, por serem mais uma gota neste imenso mar que vai traçando a história de uma espécie, que prima pela organização, pela hierarquia e que lentamente vai relegando para segundo plano a mágica e tempestiva ordem dos sentimentos, fazendo de nós seres totalmente deslocados da natureza.

Progresso, conhecimento, ordem… valores que imperam, que estão acima de muitos outros, à custa de outros valores, de outras coisas, inclusive da felicidade…

Nunca o conforto disponível foi tanto, mas também nunca foi tão frequente e intensa a tristeza nos olhos desses rostos, que deambulando cruzam com os meus por breves instantes, nesta noite em que o breu me transformou num invisível vulto que a ela pertence.

sexta-feira, março 16, 2007

Para quê? Porquê? Para Quem?


Para quê? Porquê? Para Quem? Que forças supremas ditam este contínuo e cíclico movimento coordenado de sistemas? Que me faz inspirar, expirar, inspirar, expirar… quem me mantém por este fio?

A simples solução implica força que não disponho neste momento… mas há-de vir o dia em que por caminhos mais ou menos sinuosos, recorrendo ao bom ou menos bom artefacto, eu mudarei, eu rasgarei esta mascara que desde sempre me encobriu por detrás de falsos risos, de felicidades de porcelana, por detrás de uma paz inexistente…

A face que se revelar não há-de ser alba, muito menos luminosa, mas será a minha, serei eu… que mais posso desejar então?

Tempo


Pára! Deixa-me respirar, deixa-me desfrutar um pouco de ti… tempo! Dá-me um pouco de ti, deixa-me poder voltar-te atrás, deixa-me poder alterar-te, deixa-me poder crescer, nascer, de novo, vezes e vezes… quero-te… preciso de ti, mais do que nunca… tempo!

Mesmo quando penso no quão efémero tu és, mesmo aí tu foges, tu esfumas-te por entre os meus dedos e quando inspiro o que de ti resta na palma da minha mão, quando olho atrás e vejo o que restou de ti, o que aproveitei contigo… nada vejo para além deste vazio, desta sensação de que nunca te tive, porque nunca te aproveitei!

Caminhando

Todos os que cruzam connosco nos marcam de uma ou de outra forma, nos deixam impressa a sua marca, boa ou má ela fica latente em nós esperando o momento oportuno para se manifestar.

Desses inúmeros encontros surgem pessoas que nos impressionam, que nos cativam e seduzem, que atribuem maior sentido a esta nossa caminhada… Por essas pessoas nós mudamos planos e conjecturamos um futuro cuja felicidade passa também pelo bem-estar deles.

Mas mais que idílico, é utópico pensar que os sentimentos são recíprocos, que também essas pessoas nutrem a mesma preocupação e conjunturas e é inevitável a amarga sensação que se sente ao ficar sozinho numa triste e só calçada tentando visionar os passos desses que nunca surgirão em nosso encontro.

Quando todos aqueles em quem depositamos a nossa amizade se parecem esquecer de nós em simultâneo, qualquer ser, por mais positivo que seja entra numa nova dimensão, sente um vazio indescritível que palavras algumas poderão alterar. E quando ninguém existe para além deste pequeno ecrã para quem desabafar, nem quem nos tome nos braços confortando-nos a alma com palavras de alento… muito é posto em causa, reflectem-se prioridades e acima de tudo busca-se um sentido, um único que seja que faça despontar um sorriso no rosto e continuar caminhando…

Olhos fechados


E quando nos damos conta estamos longe, afastados por mares de indiferença e incompreensão… parece súbito, de repente as coisas mudam, aparecem perante os nossos olhos de um outro modo, como nunca antes as pudemos ver… se são os únicos e fugazes momentos de lucidez ou apenas o desespero e a gritar mais alto e a turvar-nos a realidade com a sua poderosa arma de distorção… não sei, acho que nunca saberei… de certo apenas tenho este desejo de mudar, de seguir outro caminho, outra direcção!

De olhos fechados a única coisa que me faz ter alguma esperança é a possibilidade de os abrir e ver outro cenário, um outro panorama…. É nisso que concentro todas as minhas forças, é com isso que sonho todos os momentos e é isso que ainda me dá alguma força para continuar a forjar um falso sorriso…

Mas o que mais custa é abrir os olhos, e ver que tudo permanece igual, que continuo aqui deitada, defronte a uma luz pálida de um monitor, onde vão surgindo lentamente rasgos de pensamentos difíceis de articular… é tão dura a realidade, tão difícil confronta-la que prefiro manter os olhos….fechados!

sábado, fevereiro 17, 2007

Momento



Do murmúrio, do ruído de fundo, de uma porta entreaberta surges. E não há tradução em vocábulos o quanto mexe por essa visão, por ter a minha própria face diante de mim.
Para longe foram varridos aqueles dias lúgubres em que a insana tristeza perseguia em me acompanhar...
Não há tormentos, não há tristeza, apenas há a sensação de estar a caminhar sobre o azul esverdeado de um imenso mar, numa maré tranquila. Com a insensatez típica dos felizes, de pensar que tudo permanecerá assim, ad eternum.



domingo, fevereiro 04, 2007

Natura

Quando as coisas correm bem parece que tudo está em sincronia connosco. Parece que todos os mais banais acontecimentos, os mais pequenos seres são alusões à nossa própria felicidade, que é constantemente transcrita em novas linhas desse código que comanda a natureza.
E a flor do jardim emociona, e o mais pequeno insecto comove, e tudo é em si e por si belo!
Queria poder viver assim para sempre, e preservar este estado sensível que brotou de mim saindo e aspirando tudo o que me rodeia como um doce trago de um suco que alimenta o eterno mundo dos sorrisos.

sábado, fevereiro 03, 2007

Por onde ando



Por estes dias tenho andado, tenho aprendido, tenho crescido!
Por estes dias calquei anos de aprendizagem, e experimentei o desejado ambiente salutar que tanto imaginava, e que nem em sonhos me parecera tão bom.
Esta será a minha última semana no paraíso. Estes serão os últimos dias de que disponho para sorver todo o conhecimento e oportunidades de que nunca julguei dispor.
Num mês dei um significado procurado a três anos de incertezas e a três meses de angústia...
Só posso agradecer a quem tão bem me acolheu e me fez sentir.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Perdida



E por um tempo que me parece impreciso pisei esse salutar chão, ouvindo os passos dessas gentes remotas. É incalculável e indescritível a paz que se sente perante tal espectáculo. É o regresso ao estado mais puro, mais ingénuo e mais feliz que encontro em mim.
E comigo esse leve ruído, único som ouvido por essas passagens, que se cria pela suave carícia das folhas nos meus pés a cada passo. Ao longe ouvem-se ainda um e outro animal que mostram a sua presença através de um límpido chilrear, de um estridente latir...
Em menos de nada voltei a ser a criança que fui em tempos, descalça, de trança dourada e sorridente. Voltei a descer aquele caminho de terra, numa pressa incansável de crescer. Voltei a ver o teu luminoso sorriso lá em baixo, à minha espera, mostrando-me já o calor de quem ama sem nada esperar senão um abraço e um sorriso de retorno.