quarta-feira, janeiro 10, 2007

Perdida



E por um tempo que me parece impreciso pisei esse salutar chão, ouvindo os passos dessas gentes remotas. É incalculável e indescritível a paz que se sente perante tal espectáculo. É o regresso ao estado mais puro, mais ingénuo e mais feliz que encontro em mim.
E comigo esse leve ruído, único som ouvido por essas passagens, que se cria pela suave carícia das folhas nos meus pés a cada passo. Ao longe ouvem-se ainda um e outro animal que mostram a sua presença através de um límpido chilrear, de um estridente latir...
Em menos de nada voltei a ser a criança que fui em tempos, descalça, de trança dourada e sorridente. Voltei a descer aquele caminho de terra, numa pressa incansável de crescer. Voltei a ver o teu luminoso sorriso lá em baixo, à minha espera, mostrando-me já o calor de quem ama sem nada esperar senão um abraço e um sorriso de retorno.

3 comentários:

Anônimo disse...

oh rutinha, anda ver a peça do TUP em que eu participo, anda... vai ao meu blog para mais informaçoes sim,sim? combina com o pessoal que queira ir tb..beijinho!!

Anônimo disse...

Estou farto do realismo fantástico do ruralismo estado-novista!

Rute Fernandes disse...

Só tenho uma coisa a dizer ao Apito Zé Povinho Rouxinol:
"Santinho"!
E que passem essas crises de espirros terminológicos! ;)