sábado, dezembro 30, 2006

A liberdade individual




Hoje vou quebrar a imparcialidade que sempre tentei manter neste espacinho, por um simples motivo: por estar em causa a liberdade individual.
Acho que basta de demagogia, de falsos defensores da vida, que pretendendo viver na beleza de uma utopia desejam abrigar-se nela como numa bola de cristal...
De facto ninguém é pelo aborto, ninguém na realidade acha um acto louvável, muito menos, como muitos pretendem fazer passar um "contraceptivo" possível. Ninguém se pode é achar no direito de decidir a vida de pessoas cuja realidade não conhece, cujos motivos e razões não lhe interessam.
As pessoas contra o aborto, continuaram a não o fazer, em nada as suas vidas serão alteradas, mas em contrapartida, as mulheres que decidirem abortar, terão o mínimo de condições e dignidade, num acto que muitas vezes exige bem mais amor do que um limitar-se a trazer filhos ao mundo, porque isso, qualquer um faz!
O aborto é uma realidade, cabe-nos é a nós decidir se vale a pena escondê-la, se compensa varre-la para debaixo de um tapete de falsos valores nem que para isso se continuem a sacrificar vidas!

sexta-feira, dezembro 29, 2006

Ano indo



Olho para trás e vejo um infindável trilho compassado a diferentes ritmos, ora seguro, ora intermitente. Vejo períodos lineares alternados por tortuosos caminhos...
Diante de mim, terreno novo, uma vida por escrever, decisões por tomar, que me levam lentamente à conclusão do trajecto.
No final deste ano não vou cometer aquele velho e crasso erro de fazer o balanço de algo que nunca se sabe ser ou não o ideal, não tenho essa pretensão... No final deste ano ambiciono tão-somente continuar trilhando pelas mesmas convicções!

Fantasia


"E era tão real, que eu só fazia fantasia, e não fazia mal!"

segunda-feira, dezembro 25, 2006

É Natal


É tempo de esquecer as amarguras de um ano no seu fim, é tempo de ampliar as boas coisas e nelas projectar um ano vindouro...
É tempo de desejar um feliz Natal a quem gostamos, e até a quem não gostamos tanto, mais do que dar e receber prendas, é tempo de reunião…
É acima de tudo, tempo de reencontro connosco. Numa busca pela estrela guia que nos há-de levar a Belém...
Boas Festas!

sábado, dezembro 23, 2006

Tristes olhos



Se dizem que não tens sentimentos,porque me olhas desse modo?
Porque vejo neles toda essa tristeza?

sexta-feira, dezembro 22, 2006

sábado, dezembro 09, 2006

Cala-te



Esse negro reflexo de mim que vai entrando no que eu sou, tornando-me numa era passada. E esse reflexo fala-me e move-me nos piores sentidos. Fala e convence que tudo é da sua negra cor, fala e eu deixo de ser eu...
Não quero mais ouvir essas agudas e dolorosas mentiras que proferes, não quero voltar a ver-te como reflexo de mim, quero que te cales e que te vás embora! Não serei mais um reflexo…quero ser eu!

sexta-feira, dezembro 08, 2006



"Quando se desespera pela espera daquele abraço"

quinta-feira, dezembro 07, 2006

A nossa casa



Pelos meus olhos fechados passam as imagens de momentos irrepetíveis, vejo essas faces que inúmeras vezes para mim sorriram, sinto esse aperto de braços contra o corpo tantas vezes desanimado, revivo os dias de estes anos de partilha. A partilha de pessoas que tentam aprender a sobreviver num mundo de adultos que ainda não são, pela necessidade de assumirem uma infância ida... Das tantas dúvidas, desilusões e tristezas sempre saíram grandiosos os momentos de alegria vibrando e ressonando em sonoras gargalhadas pelo céu de toda a cidade.
A paisagem que olho, por detrás da nossa janela não mais será a mesma, não mais será a da cinzenta e velha cidade que vi outrora, porque hoje ela é pintada com cores de amizade.

domingo, dezembro 03, 2006

Vens chegando lentamente



De todas as formas vens chegando. Nas ruas trazem-te as luzes, trazem-te os cheiros!
Trazem-te os rostos que se cruzam comigo, denunciando-o num sorriso, trazem-te embrulhado, em mil cores de fantasia.

sábado, dezembro 02, 2006

Como te vi e como te vejo




Como três anos mudam a forma de te ver. Bem mais bela me pareces hoje... perante a iminência de te deixar de contemplar!
Mas apesar de vir a ter saudades tuas... desejo mais que nunca poder ter o prazer de as sentir.. Queria poder saltar um ano, espiar e saber se cá estarei...e em que circunstâncias...

sábado, novembro 18, 2006

Portão



More than words

sexta-feira, novembro 17, 2006

Tédio




Insuportáveis, monotonamente iguais, uns dias insalubres sem maior interesse, senão o de voltar para casa no inicio da tarde de um dia já perdido!
Sistematicamente repito a mim mesma que é provisório,tento demover a sensação de conformismo e tristeza de se apoderar de mim!
Fixo de novo a minha atenção nas pequenas coisas que me realizavam e que fui deixando de fazer nestes dias!
Só mais uns dias, só mais uns anos, só mais quanto tempo?
Não quero mais dias insalubres!

sexta-feira, novembro 10, 2006

Poema



Porque tal poema não podia ficar como um simples comentário... tomei a liberdade de publica-lo!

"Passei alguns anos longe de ti!
Passei momentos de ausência
Quase que caí na demência
Malditas horas, que penitência
Acordei naquele dia
No momento em que me abraçaste
Me agarraste, animaste,
Afagaste calorosamente
Partilhaste o teu olhar entusiasta
No meu baço brilho ocular
E assim te deixaste estar
Não pronunciaste uma só palavra!
Remeteste-te unicamente ao silêncio
A um falar baixinho, um acompanhar
É também por isto que não posso
Não quero, nem dá para esquecer
Nem sequer para explicar
Mas é verdade... voltei a sonhar!"

...

Engano




São essas simples sílabas pronunciadas a quente que com um brutal poder se unem para me fazer sentir a agudíssima dor da desilusão.. e apenas porque o essencial sofre algumas distorções, porque os objectivos mútuos passam a desejos individuais...

É difícil vislumbrar a união do individual com esse colectivo que parece repentinamente inconciliável!
Porquê?
Na minha mente surge esta questão... será que algum dia haverá uma recompensa para toda esta espera? Será que surgirá de facto o dia em que o longínquo sonho se tornará mais real?
Será que não temos vivido uma longa e doce ilusão que vai gradualmente amargando?

...

Mantenho no meu íntimo o desejo de estar enganada... e de tudo se manter em mim...mas não sei até que ponto isso é em si um engano, nem sei até que ponto me tenho enganado.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Hora do Reencontro



Branca, discreta e harmoniosa, assim é a paz a espreitar por entre as brumas dos equívocos e tristezas.
No mar de lágrimas se lavam as almas, se expõem os mais íntimos pensamentos e se partilham dores e mágoas tão agudas que pareciam para sempre permanecer como uma farpa em nós.
Mas das fraquezas se fazem forças, cessam-se as lágrimas, unem-se as almas no abraço dos corpos. Novamente um esboço de sorriso parece querer contrair-se na nossa face... Altera-se a nossa posição nesta montanha Russa emotiva, onde as emoções estão sistematicamente alternando altos com baixos, dando-nos a pitada necessária para sermos invejados pelos deuses, esses que não sabem o que é a mágica incerteza do dia de amanhã!

sábado, outubro 21, 2006

Um horizonte vago




Lembro bem aquele dia, o primeiro, em que a inconsequência de um sorriso e um olhar trocados para sempre marcaram dois destinos.
Foram breves dias que recordo com tantos momentos que por vezes parecem ter sido anos. Parece que sempre aí estive, que nunca saí desse momento em que ouvia a tua voz, em que te olhava, sentia o teu toque, o teu cheiro…
Estás longe... não te ouço, nem te vejo… sozinha continuo no entanto a sentir-te.. e sei que por mais distante que ele esteja, no limiar da minha míope visão... no meu vago horizonte… estaremos os dois!

Preocupar



Nunca te preocupes com quem não se preocupa, que para eles não há preocupações!

They'll never know how they hurt me...

domingo, outubro 15, 2006

Que belo dia!



Hoje voltei a ser criança, voltei ao velho desejo de poder pairar indefinidamente, voar ao sabor do pensamento!

Hoje voltei a olhar para mim, como se não me conhecesse, como se este não fosse o meu corpo… onde estão as minhas asas?
Não percebo, parece que voltei a ser a eterna ninfa que não evolui, que não passa pela tão desejada metamorfose…

Hoje… que belo dia o dia de hoje!

sábado, outubro 14, 2006

Mal me quer, não me quer



"Bem me quer, mal me quer"


Porque na vida só pode haver preto e branco... o bom e o mau... e todos os cinzas, todos os intermédios parecem repentinamente deixar de fazer qualquer significado!
E parece utópica a ideia de equilíbrio, a ideia de uma homeostase constante... parece que vamos alternando picos de euforia e depressão, de frio com calor, de luz com escuridão!
Parece que nós mesmos somos um dos extremos de uma corda, e que optando por um deles estaremos para sempre condenados a não conhecer "o outro lado", com quem lá está, com a visão e os pensamentos de quem olha o mundo de um outro prisma!
Parece que para além de extremistas, também tendemos para a intolerância sendo que tudo o que é diferente e oposto a nós, é mau!
Conseguimos personificar o ideal.. temos as nossas ideias, e como elas são nossas, automaticamente são boas! São brancas… e como só há branco e preto, bom e mau, “bem me quer e mal me quer”… as dos outros está-se mesmo a ver como são!

sexta-feira, outubro 13, 2006

Portal



Eleva-me, transporta-me para esse outro lado de um portal tão efémero… ainda te ouço vibrar em mim, ainda sinto as doces notas da tua melodia!
Com simples sons tomas-me, propagas essa sensação, essa ideia, esse momento perpetuado num acorde único…
Infortunada tentativa de tentar traduzir-te em palavras, triste realidade de não conseguir mostrar o quanto tu a mim me mostras!

sexta-feira, outubro 06, 2006

Outono



Esvoaçam amarelos e vermelhos num fundo cinza que é o céu.
Caem as folha, vêm bailando num percurso marcado pela gravidade…
A paisagem ganha novos tons, surge no solo um tapete multi-color que absorve os ruídos dos meus passos! Nada mais ouço para além do som da chuva miúda no chão, e o triste chilrear dessas muitas aves que sobre mim esvoaçam na dança amarga da despedida!
Respiro fundo, encho os meus pulmões com esse ar húmido e sadio, esse ar cheirando a terra molhada, dessa atmosfera pura!
Ele voltou, ele está aí… já todos os meus sentidos o detectam… fecho os olhos, ergo os braços, sorrio e cumprimento-o
“Bem-vindo sejas Outono… Já sentia a tua falta!”

quinta-feira, outubro 05, 2006

Estranhos Caminhos




Que estranhos caminhos nos trazem por este percurso, que peculiares forças nos movem, nos cruzam com outros, num acaso demasiado grande para o ser. Destino? Sonho? Coincidências?
Vamos tropeçando com dádivas que entram na nossa vida, pessoas que nos ensinam, nos fazem sorrir, pessoas que partilham connosco momentos irrepetíveis, como afinal, todos o são...
Que estranhos caminhos! Que nos trazem essas pessoas...mas que para nos lembrarem que nem sempre a felicidade pode brilhar sobre nós, também criam encruzilhadas, novos trilhos... e separam-nos!

Qual será o novo ponto de encontro? Quão longe estará ele?
Dizem que não muito, são “apenas” três meses, talvez mais...(espero que menos)... mas nunca uns simples meses pareceram tanto tempo!
Como sinto já a falta desses sorrisos, dessas gargalhadas, dessa força que vem da união!


Boa Sorte

domingo, outubro 01, 2006

Nestes dias




Num sorriso resumo os dias que me separaram deste encontro com o ego.
Dias há em que tudo acontece, em que a sorte não parece estar por perto, em que o desânimo começa a espreitar... Mas repentinamente o nó de problemas vai-se desfazendo, lentamente uma nova luz surge com um brilho muito mais forte e radioso...
Nestes dias eu cruzei com novas vidas, lhes mostrei outra realidade, fui feliz em vê-los sorrir e me lembrar de mim, também com lenço, também com medos....lembrei... lembro! E como umas simples cores podem significar tanto, e como uma simples veste preta tem uma ascensão tão mágica!
Nestes dias eu sorri, nestes dias eu chorei, nestes dias eu tive a revelação mais bela. Nestes dias eu abri a minha alma, falei directamente ao coração dos outros, ouvindo e sorvendo deles igual magia que brota do néctar da amizade!
Nestes dias... e como vou ter saudades destes dias!

Fotografia




"A Fotografia é um segredo sobre um segredo.
Quanto mais nos diz, menos sabemos"

domingo, setembro 24, 2006

Avó


Como o sorriso era meigo, como as suas mãos ternurentas, como num simples colo encontrei toda a paz e segurança que necessitei para crescer de um salto só…
Hoje fechando os olhos consigo ver-te mais nítida que nunca, consigo sentir o calor do teu regaço, o afago carinhoso da tua mão, inspiro profundamente e consigo sentir o teu cheiro…já vários anos passaram, meia vida se for exacta, mas não posso dizer que me deixaste porque nunca te sentirei longe de mim… mas gostava de te poder abraçar mais uma vez, e como gostava que me iluminasses com o teu sincero sorriso…

domingo, setembro 17, 2006

Um triste caminhar para a solidão!



Hoje o suposto é fazer um exercício mental.
Temos a seguinte situação: Pessoas, próximas, podem ser da família, amigas, o que importa ressalvar é que elas passam muito tempo juntas e gostam umas das outras. Assim sendo, essas pessoas, deveriam ser felizes, passar momentos agradáveis juntas, conviver, partilhar pensamentos, experiências, ser confidentes...
Então porque não acontece isso mesmo?
Porque é que essas pessoas começam a deixar de se ouvir, a ser insensíveis aos outros, porque é que as palavras se tornam ásperas e secas, porque é que se expõe todos os defeitos e se escondem as virtudes, porque é que lentamente se vai destruindo toda a cumplicidade e se vai dando espaço para a solidão em cada um?
Pessoas!
Poderia ser eu, poderias ser tu... todos passamos os dias a inventar problemas, a amplifica-los e renová-los constantemente... todos o fazemos com uma arrogância própria de quem pensa ter a absoluta "Razão”, de quem se pensa inatingível e quem não vê os dias e dias de vida que lentamente por si passam... só quando finalmente a morte bate à porta, sentimos aquele aperto, o amargo sabor do arrependimento.
Arrependemo-nos por palavras ditas, pelas que ficaram por dizer...mas principalmente porque aquelas pessoas, com as quais vivemos e de quem gostávamos nunca souberam o que realmente nós pensávamos, o quão importantes foram... E quando elas um dia se lembrarem de nós lembrarão aquela discussão, aquela palavra de desprezo, aquela ausência constante de alguém que sempre ali esteve… e como ninguém pode mudar o que já foi feito, o meu inglório trabalho é tentar mudar um previsível fim...


sexta-feira, setembro 15, 2006

Ruas Invictas




Sai a atonia que vive em nós, fervem ideias, acções são tomadas aos tumultos… Nas ruas vejo novamente corpos sem face movendo-se apressados, vejo-os nas suas rotinas, envoltos em problemas, insensíveis a quem por eles passa, ao homem que pede por um pouco de pão.
Ouço os milhares de passos que por ali trilharam parte de um caminho interminável… do meu canto, desta janela, claramente vejo a bolha onde cada um se isola, e se cega para todo o resto!
Mas sei que assim que me erguer do meu posto privilegiado, assim que sair à rua, também eu visto a minha bolha e participo igualmente neste impessoal modo de viver, esqueço o quão reprovável ele me pareceu…
Movo-me entre os muitos, invisível aos seus olhos, estou lá… contorno-me à realidade, acabo por me moldar e abandonar ao comodismo e cobardia. Também eu me torno surda aos passos dos outros, cega ao apelo do necessitado… Porque não está alguém à janela para me ver?

domingo, setembro 10, 2006

Palavras





Todos os dias as usamos, em conversas banais, conversas protocolares ,conversas de etiqueta...conversas. E usamo-las de modo mecânico, com rasgos de frases ouvidas daqui, dali...
Usamo-las. Num mecanismo interiorizado em anos de existência e para a manutenção da ideia de que "o Homem é um animal sociável". Usamo-las nestes rituais impostos, em conversas com quem passa, falamos do tempo, da família, falamos de tudo sem dizer nada... Na verdade, para que é que as usamos?

Palavras

Usamo-las e gastamo-las... em discursos repetidos, com conversas superficiais e sem conteúdo e quando mais delas precisamos, quando elas fariam a diferença, de tão gastas que estão, não nos parecem fazer sentido... e preferimos calar, ouvindo do silêncio a única Palavra de conforto...

Palavras...gasta-las para quê?

quinta-feira, setembro 07, 2006

Sorriso






Tímido, aberto, medroso ou discreto,
demonstrando afecto ou até mesmo desprezo.
Partilhado, escondido, pleno ou dividido.
É contrair os músculos descontraindo,
é mostrar um agrado… sorrindo!



terça-feira, setembro 05, 2006

À pessoa dos olhos de medo





Ping, ping... inúmeros pings se seguem e a minha janela é beijada por essa límpida água que mais uma vez cai do céu... como é bom, como conforta a alma este doce cântico! Permaneço quieta, apenas me movo muito depois, para me aconchegar nos lençois... na minha cabeça voltam lentamente as imagens de todos os acontecimentos de mais um dia passado! Sinto ainda o medo, os mil olhos a seguirem-me, ouço ainda a censura das almas respectivas...mais uma vez me invade o sentimento, aquele que já experimentei tantas vezes, sinto-me fraca, deverei utilizar o feminino?
Já não sei quem sou, não sei... não tenho mais a segurança no que me levou a transformar o corpo e a ser mais coerente com o que sentia. Não sei, já não me sinto o homem que era, nem a mulher que queria ser. Pareço um estranho híbrido e "estranho" é mesmo o que os outros pensam quando me olham! Estranho é de facto o mínimo, já não é o olhar de estranheza da parte deles que me fere...não, porque “estranho” eu sempre fui… mas agora… não sou mais o homem estranho que era. Sou a "aberração", o atentado a Deus, sou o que todos recriminam, sou aquele ao lado de quem ninguém se senta, sou aquele que ouve as piores obscenidades, a quem batem apenas porque sim... esse… ou essa… sou EU!
E o meu maior sonho torna-se um inferno vivo... quando o que mais desejava era ser mais fiel aos sentimentos, e tornar-me mulher, uma vez que foi assim que já nasci... quando decidi tomar a "atitude" assinei o meu próprio atestado de óbito.
Hoje nada mais sou que um espectro....

domingo, setembro 03, 2006

Mito da Música




Notas soltas, notas que esvoaçam, notas que vêm e vão, notas que ficam… como um suis generis elemento elas estão impreterivelmente presentes!
As notas relacionam-se, criam afinidades incompreensíveis para um ser como o humano e juntam-se em melodias várias. Se fossem de outra espécie à sua união se chamaria casamento, mas como de notas musicais se trata por convenção se denomina “Música”.

Com vários registos, inúmeras sonoridades elas constituem o auge no acto de comunicar, conseguindo muito mais eficazmente transmitir situações e sentimentos, é o instrumento primordial dessa raça que é a humana na comunicação intra-espécies, e como tudo começou?

Quando o mundo foi criado e com ela toda a vida, surgiram as notas musicais. Rapidamente as notas e a sua música encheram os céus, invadiram a atmosfera e como uma chuva preencheram os minúsculos habitáculos… contactaram com os diversos seres, mostraram na sua actuação toda a sua força e beleza, mas os pobres animaizinhos não percebiam o que aquelas vibrações com tradução sonora queriam indicar e todos eles se afastavam, amedrontados… e as notas continuavam, numa melodia triste a vaguear pelos ares… e através dos mesmos ares elas chegaram, chegaram aos ouvidos de um ente feio, desprovido de grandes armas, sem pêlo, dentes afiados ou garras, chegaram a um ser aparentemente frágil e sem maior arte, nem diferença para com os demais senão um brilho no olhar que dava porta directa para a “alma” órgão mágico onde se armazenava todo o poder da criatura.
A melodia da música chegou, mais uma vez se fez vibrar pela atmosfera na actuação que tantas vezes repetira…mas algo foi diferente, algo naquela débil criatura se alterou, o brilho de acesso à alma das esferas oculares intensificou-se, o brilho virou límpido líquido crescendo com cada nota musical, dilatando as esferas e abrindo cada vez mais a porta…até que com uma nota aguda, a música parou, os céus pulsaram, o chão tremeu… e dos olhos daquele frágil ser, caiu o brilho, o produto da alma, da mais forte das magias…caiu uma lágrima… e as notas, pela primeira vez foram compreendidas e sentidas e contra todas as suas mais felizes expectativas também elas conseguiram compreender e sentir igualmente o delicado ser.
Duas entidades se juntaram numa simbiose milenar, não mais o pequeno ser quis estar sozinho, nem a velha música incompreendida. Eles permaneceram ligados, como um… e ainda nos nossos dias a alma vibra de acordo com as notas musicais que nela entram e vice-versa!

terça-feira, agosto 29, 2006

Baloiço





Com altos e baixos, apoiada nas correntes seguras que são os objectivos traçados e suportada pelas individualidades que me ensinam a oscilar…assim vou aprendendo, assim vou crescendo, assim me vou torneando à realidade e fazendo pessoa…
E tudo se passa como uma criança sobre um baloiço de corda, que impaciente tenta subir cada vez mais, olhando para a sua própria sombra, e querendo ser maior… vendo com agrado que ela vai diminuindo com o passar das horas… mas tendo a criança como único objectivo ser maior que essa sombra, rapidamente sentirá a tristeza de não poder subir mais, a frustração e o medo de ver diante de si, devido aos movimentos solares, a sombra, crescer impetuosa, parecendo querer engoli-la. Cedo a criança chorará e sucumbirá à sombra!
Por isso, nos altos e baixos que tem a vida , apoiada nas correntes de objectivos definidos e suportada por gentes minhas eu vou aprendendo, eu vou crescendo, eu me vou torneando e tornando pessoa… mas nunca com a vontade de superar ninguém, para além de mim todos os dias!





Verdes Folhas





Olho as verdes e frescas folhas das árvores a bailar ao vento, em ritmos variados, ouço-as num leve sussurro… fecho os olhos e sinto-me abandonar o orgânico, sinto-me a flutuar em correntes de ar, por caminhos que pareciam esperar esta minha nova forma.
Saio pela janela, evado-me de casa, toco as verdes folhas frescas das árvores e faço-as bailar…faço-as cantar a canção dos murmúrios… daqui de fora, abro os olhos, vejo o sofá onde momentos antes me sentava… estou ali, ou pelo menos ali estou eu como me conhecia, com todo o pesado fardo que é esse corpo..aqui fora sinto-me leve, sinto-me livre! Aqui fora esvoaço a meu bel-prazer de encontro com as outras almas efémeras, aqui fora eu vejo os outros como eles são, sem me enganar pelo pesado fardo que é aparência!

sábado, agosto 26, 2006

Sol, calor, azul e mar...




Sol, calor, azul e mar... todos se vão lentamente despedindo, todos me vão recordando a eminência de um final cada vez próximo, vão-me lembrando da urgência de centrar as energias restabelecidas em objectivos bem definidos, fazem-me focar atenções num mundo diferente, real, o qual abandonei por alguns meses para viver num paralelismo fantástico.
Vejo já no limiar do meu horizonte, a caminhar a passos largos a infalibilidade de um ano com demandas únicas, com outros desafios, medos… mas sempre, com a certeza de ter a amparar as quedas do curso tortuoso que é o desconhecido o mais puro dos sentimentos.
Nunca o desconhecido me pareceu tão seguro, porque sei que qualquer que seja o seu semblante, não me irá fazer abalar… terei sempre a solidez da amizade… e quando as forças começarem a falhar, quando a segurança estremecer… lembrar-vos-ei: Sol, calor, azul e mar e a tempestuosa incerteza deixará brilhar novamente o cintilante e anil céu da felicidade!

sexta-feira, agosto 25, 2006

Vulto




E a felicidade entra na nossa vida como o vento entra por uma porta mal fechada: primeiro arrasta levemente a porta, aumentando a frincha de luz, depois num movimento cada vez mais acelerado ele abre-a totalmente, trazendo de volta uma quente e alba luminosidade, que varre todo o escuro que ali, há instantes dominava.
A felicidade estava ali diante, via-a bambolear, afastando-se. Mas a felicidade trazia um nome, eu sabia-o...e chamei-o!
E o vulto: esfumou-se, tornou-se vento, o vento mudou, tomou outro rumo, desta vez no meu caminho... e encontrou-me, afagou-me os cabelos, beijou-me a cara. Espreitou por entre a estreita frincha que possuia à espera de ser aberta para essa claridade… abriu-a, e a luz entrou, invadiu os meus olhos, cegou-me por instantes…
Quando voltei a enxergar: o vento mudou, virou um vulto alto e esguio, de face morena e olhos escuros.
Soube o teu nome, ainda hoje o sei...mas não mais tive de o pronunciar... porque tu sob a forma de vulto estás comigo desde então, intermitentemente...também como o vento tu vais... mas sempre voltas...


sábado, agosto 19, 2006

Vou mostrar-te onde moro!




Vamos brincar... A quê? ...vamos fazer um jogo, vais fazer de conta! Vais fingir que és outra pessoa, que estás sozinho numa grande sala escura e vazia, que falas, mas nada ouves como resposta para além do ensurdecedor eco que faz vibrar as paredes e estremecer o chão, sacudindo o teu corpo.
Vais fingir que sentes frio, muito frio a entranhar-se em ti, a invadir-te o corpo e a fazer sucumbir gradualmente as tuas funções vitais. Vais fazer de conta que te sentes sozinho e pequeno....

Então? Gostaste?
...nem eu gosto! Tira-me de lá!

Bolha




Um "Olá!" precedido de um sorriso, seguido por uma conversa banal e um "adeus" ou "até logo". São pessoas que cruzam, que entram e saem da minha esfera, são outras vidas que ao esbarrarem por breves momentos com a minha, me olham sem me verem, me escutam sem me ouvirem e me falam sem me tocarem o coração.
É uma barreira, forte, densa, pesada, é um entrave que me prende numa masmorra invisível, que me torna vulnerável à dor e inacessível à compreensão dos outros.
Sinto que toda a minha vida estive dentro duma bolha e que por isso quem me olha de fora não me vê como sou, não me ouve a voz, nem me toca directamente.

Porquê, como, quando começou?
Não perguntes... não sei! Mas adoraria ser vista e compreendida, por uma vez que fosse!

quarta-feira, agosto 16, 2006

Aqua




E por magia precipitas... o mais precioso composto existente neste peculiar planeta cai sobre a forma de líquido. Purifica o ar, refresca o chão, renova o ciclo da água, o ciclo da vida... demasiado implicas quando cais!
Chuva! Actriz dos mais belos teatros da natureza, a tua actuação é brilhante, trazes um espectáculo aos diversos sentidos... se a tua visão é única, o som das tuas carícias nas folhas das árvores e nas telhas das casas constitui das melodias mais inspiradoras, e o cheiro a terra molhada no ar enche os pulmões despertando o corpo, acordando em nós uma força que por vezes esquecemos ter...
Chove! Não pares de chover, não hoje. Preenche todos os recônditos espaços entre as partículas de areia, lava o chão, lava o ar, lava os meus olhos com esse teu rito!

segunda-feira, agosto 14, 2006

Casa Velha



Todos temos recordações de infância, pode ser um cheiro, uma cara, uma paisagem! São memórias nítidas no interior de cada um, guardadas com preciosismo, um verdadeiro tesouro!
Passam anos, décadas, passa a vida, e quando todas as outras memórias teimam em não ser recordadas, claramente sentimos o tal cheiro, tacteamos a tal cara, vemos a tal paisagem!
Porque surgiu esta história? Nem sei bem explicar...Pode começar com: "Estava então eu a arrumar o armário das minhas recordações quando olhei lá no cimo, o cofrezinho onde religiosamente guardo esta parte mágica do meu tão breve percurso...que são as recordações dos meus mais remotos tempos..." Mas não o farei deste modo, a minha velha casa não o merece!
Pois sim, trata-se duma casa, uma casa que via quase diariamente. Por onde enquanto criança ia ter, arrastada por uma brincadeira, ou apenas pela tentação de conhecer mais de um mundo em construção. Perto dela, numa figueira que tão bem conheço, cujos ramos suportaram o meu peso tantos anos, moldando-se ao meu corpo em crescimento, eu parava descansando do frenesim que é crescer... aí perdia o olhar em ti! Velha Casa…posso ver cada pedra tua, posso ver as janelas, as escadas...posso ver, mas de olhos fechados... Esta história surge precisamente porque hoje de olhos abertos vi a casa velha....vi! Mas sem tecto, vi! Mas sem parte das pedras que a erguiam...
É por isso que esta história surge....pela necessidade de acreditar na imagem que tenho de ti nos tempos de criança... pelo sentimento de perda e nostalgia que me assolou...


Para ti, Casa Velha, a partir de hoje, olharei sempre de olhos fechados!

sábado, agosto 12, 2006

O Mundo na Mão!


Tudo move, tudo altera, e num sopro de ventura somos elevados para os píncaros da nossa auto-estima… com a ascensão elevam-se os níveis de arrogância, desprezam-se as demais opiniões, subitamente "EU" parece a única entidade existente no planeta...Planeta esse que é subitamente pequeno para a minha grandeza! É de tal modo pequeno, que sem qualquer problema o agarro e fecho na palma da mão!

Mas... tudo move, tudo altera, numa mudança súbita dos ventos da fortuna somos projectados, demovidos caímos do imenso alto ilusório que nos sustinha e desabamos. Uma por uma, sentimos as pedras dos píncaros que nos erguiam. E descemos... descemos até o embate contra os ângulos das rochas deixarem de se fazer sentir no corpo dormente. Descemos... muito tempo? Pouco? ...pareceu uma eternidade!
Redimensionamo-nos, vemo-nos novamente como míseras criaturas sem qualquer virtude, despojadas de valor... abrimos a mão! Aquela onde guardavamos o mundo lá no cimo dos píncaros, mas aqui, no ermo vale dos desalentos não vemos. Na palma da mão não está ali Mundo algum... apenas um nítido emaranhado de ilusões, que agora, desprovidos de confiança julgamos ver!

Culpamo-nos! Martirizamo-nos com as ilusões criadas, resolvemos nunca mais cometer esse erro, juramos não mais sonhar! Jamais acreditar em ilusões!

Mas no nosso interior... ansiamos pelos ventos da fortuna.... ansiamos elevar-nos e sentir-nos uma última vez... Únicos e Fortes!

...Porque tudo move, tudo altera! e o ser humano não foi criado para o equilíbrio... todos alternaremos eternamente entre os píncaros da auto-estima e o ermo vale dos desalentos!

domingo, agosto 06, 2006

Nos trilhos do sol




Vim trilhando caminhos já abertos, com segurança, usando pegadas já marcadas... assim vim seguindo, num sentido comum a ancestrais. Por instinto? Por cobardia? O que me fez mover numa via que não sei onde dá? Que não sei se é a melhor, a mais verdadeira...
...pura comodidade!
Custa! Custa desligar, abrir mão da facilidade de decorar falácias erguê-las num altar e adorá-las como absolutas!!

E o conforto do trilho fácil e da reprodução adormece o desejo do conhecimento!

Espero ter um dia a capacidade de nascer, no seu mais fiel sentido, orientar-me não por ditas "verdades", seguras pegadas dos ancestrais, mas pela razão, meio privilegiado do "gnosis" único trilho seguro....seguir-te-ei então...o "meu" caminho, o Trilho do Sol !

quinta-feira, agosto 03, 2006

"Tchocolatl"



Como te adoro! Com todo esse doce moreno que traz dos maiores prazeres, que misteriosamente é amado e odiado principalmente pelas mulheres... Enigma por tantos estudado, qual é o teu poder? Qual a magia com que nos prendes..?

Desde os remotos povos astecas que és sorvido, pensando que conferias imunidade sobre muitos males….passaste de remédio a culto, mudaste de continente, de consumidores e tornaste-te símbolo de luxo, quem a ti acedia era das mais altas classes de então, século XVI…
Com o Marquês de Sade e Casanova te deste a conhecer como o “elixir do amor”…

Mil facetas tiveste, hoje és mais plebeu, tornas os dias das mais variadas pessoas mais saborosos, vens embrulhado, em caixinhas, em dias de festa, de gula, como suplemento energético de tropas e astronautas, ou simplesmente como sinal de apreço!
Da minha parca cultura religiosa és sem duvida o Santo Mor, quasi Deus e é a ti que eu recorro sempre que o espírito (e o corpo) reclamam….. S. “Tchocolatl” como inicialmente eras conhecido, a ti agradeço os mais incríveis milagres do paladar!

domingo, julho 30, 2006

Mar




E por fugazes momentos, num reencontro tão desejado contigo me fortaleci, o teu límpido e ondulante ser me abraçou, por dias voltei a ser tua!
Num banho só lavaste de mim os mais profundos receios, voltei a resplandecer tranquilidade, tornei ao estado de apoteose a quem muitos denominam felicidade...
Momentos fugazes, que fizeram cinco dias parecer um pestanejar, mas que restituíram energia suficiente para suster a vida até ao próximo reencontro!

...agora regresso, para longe de ti, com alguma pena, mas feliz por ter tido a sorte de por ti ser abraçada!

sexta-feira, julho 21, 2006

Amizade

E do combinado seguiram-se segundos de impaciência, minutos de descrença, horas de ira... adiou-se para uma próxima, revelando o desejo dessa próxima não existir.
Quebram-se promessas de uma amizade eterna, apagam-se os planos de vida com entroncamentos partilhados...com a inconsequência de duas almas, muda-se a história de duas pessoas!
Surgem novas formas de a olhar, repensa-se a sua personalidade, põe-se em causa o facto de algum dia termos sido algo como conjunto...

terça-feira, julho 18, 2006

Amanhecer


Um chilrear, o esvoaçar das folhas nas árvores, uma frescura que penetra por essa frincha que é o despertar, invade o organismo, sacode-te e traz-te de volta!
"Abre os olhos...olha, e vê!"

Descerra as pálpebras, desnuda a íris e a pupila, olha a janela e repara no quão belo é o amanhecer!
(Como é que nunca o vi?!)

segunda-feira, julho 17, 2006

Fogo





Trémulo, vago, ele preenche com a sua luz todo esse espaço já por si negro! Não queima, mas vai consumindo silenciosamente.
Ele vai crescendo, alimentando-se insaciavelmente desse oxigénio que é a vida...

De quem vos falo?
Desse estranho fogo que é a solidão!

Cancro



Sois pequenas, organizadas, representais um máximo na organização social, se é que o "social" se aplica! Tenho em vós o grande exemplo de altruísmo e ordem!
Mas, e em tudo há sempre um "mas", demasiado envoltas na perfeição descurais d'Ela, a outra que ao vosso meio por mérito não pertence!

Ela não satisfeita pela igualdade de direitos chama a si mais regalias!
Traz para si maior poder...para si e suas filhas, que essa ânsia sua herdaram e prontamente propagaram!...

...pobres pequenas não habituadas a tamanho aparato não respondeis de imediato e Ela com a sua prol dão fim a um modelo de estabilidade!

Pois ficamos sabendo que o altruísmo, e igualdade não passam de ideais. Pois se não se aplicam em vós pequenas, não se aplicam nos demais!

Homem do fio…


Objectivos traçados, racionalidade posta no pódio das hierarquias, sentimentos adiados em prol de um futuro que obviamente nestas conjunturas é sempre melhor…!
Mas, no cimo da minha frieza, com todo um pensamento aparentemente dotado de uma ordem fictícia eu vi-te olhar-me ali do teu mundo espectral onde voluntariamente te perdeste…ficando unicamente ligado à realidade por esse fio ténue que com um rasgo de ironia usas-te para o teu próprio fim!
Incerteza, Frenesim , Caos…desabaste um ego que vivera calmamente numa irrealidade afortunada! Não sei se feliz, se infelizmente… hoje sou incapaz de olhar para o amanhã do mesmo modo, é-me impossível vê-lo com a mesma segurança…o horizonte dos meus sonhos alterou-se, reduziu-se ao imediato…que tu muito prontamente me mostraste ser…a única certeza!
Nada sei de ti, nem o que te levou a tal acto… mas de todo o modo…
…descansa em paz!

domingo, julho 16, 2006

A ti...


Ao nascer impus em ti toda a mudança, roubei de ti a plenitude do tempo que era TEU, fiz repensar todo o sentido dessa embarcação que é a nossa família!
Podias ter-te revoltado, pelo tanto que na tua vida se alterou, podias ter-te sentido pela autorização que não pedi...mas em resposta apenas tomaste como tua a obrigação de me fazer feliz!

Desde o meu primeiro dia que me acompanhas com o teu sorriso meigo, com todo esse verde nuns olhos que como nenhuns visionam o mundo, sorvendo dele "conhecimento", teu único estandarte e verdadeiro objectivo de vida!

És Irónico no quão alegre fazes quem te rodeia. Foram inúmeras as vezes que a mim fizeste feliz!! Irónico...principalmente pelas vezes que distribuíste alegria, tentando evadires-te da tua própria tristeza...
Quantos te conhecem realmente?? Quantos te vêem como a pessoa que és, e não aquela por quem muitas vezes, menosprezando-te, tendes a fazer-te passar?
Não sei! Nem sei se verdadeiramente eu tenho a capacidade de o fazer! Sei sim, que se todos somos únicos, poucos serão especialmente belos...e tu o único que faz feliz, simplesmente por existir!

...a ti!
...um obrigada Vitor Hugo****

Azul




Na janela aberta para o pensamento, num imenso azul que me é infinito te vejo espelhar toda a tua magia, toda a tua força, trazida pela imposição de dois corpos apartados, duas metades de um ser maior! Procuro-te no azul, e vejo-me a mim, claramente, mas de uma outra perspectiva! Nova, desta vez….vejo-me a mim por seres tu quem ali está!