terça-feira, outubro 16, 2012

Quando foi que isso aconteceu

O Facebook é um autêntica chacina às minhas recordações. E explico porquê. Já lá vão 8 anos desde que saí de Amarante para rumar à Invicta cursar essa bela Anatomia Patológica, Citológica e Tanatológica. Muito aconteceu nos entretantos, mas isso não é assunto para este post. No percurso várias ferramentas de proximidade fictícias foram sendo desenvolvidas, primeiro o hi5, agora o facebook. No essencial são formas resumidas de se ir sabendo de uma maneira muito superficial e às vezes até um pouco deturpada o que é feito de pessoas com as quais pessoalmente não falámos há uns bons anos.
A questão é que já por diversas vezes me "reencontrei" com alguém que na minha cabeça ainda namora com X (certo que não os vejo, nem lhes falo há mais de 8 anos, mas pormenores absolutamente irrelevantes para o mundo das memórias), casado e com filhos de Y (alguém igualmente conhecido, que NUNCA na vida pensaria que fosse ter algo a ver com a pessoa em questão).
Acho sinceramente que o Facebook havia de ser processado, ou isso, ou inspirado nesta onde de taxas, sobre-taxas e impostos, haveriam no mínimo de ter de contribuir (aqui sim) com uma taxa extraordinária de solidariedade. Porque uma pessoa sofre. Apercebe-se que sem que nos tenhamos dado conta, lá fora o mundo mudou o suficiente para dar três cambalhotas à retaguarda e ter ficado de pernas para o ar, com direito a filhos pelo meio e tudo. (Filhos??? Onde raio teve esta gente tempo para isto tudo?)
A sério.... Facebook? Para de me deprimir.
A parte genial é que o meu toque de doente mental me faz logo por no lado oposto... e realmente, algo me diz que a reacção deles em relação ao meu presente há-de ser igualmente de espanto. Porque embora não ponha grande informação nessas redes sociais, a verdade é que o que lá está é suficientemente distante desse meu Eu de 17 anos acabado de sair de Amarante. Verdade seja dita, ainda bem. Hoje provavelmente nem eu me suportaria com 17 anos.
Facebook, a lembrar-nos a todos que o tempo não para, que as pessoas mudam, e que a caravana passa....
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