Leve e transitório: como um "para sempre" o pode ser.
Nos trilhos dos dias aprendemos a ouvir para além do que é dito, a conhecer os "nãos" que são sim, os "nunca" que não contam e os "sempre" de prazo determinado.
E parecem raras as vezes em que a linguagem verbal se funde com a não verbal. Uma forte e ambígua luta interna parece acompanhar-me desde esse dia.
Depois de ter provado o travo amargo da perfeição das acções, construídas num rol de frases intocáveis e ocas, internamente prometi-me não mais ceder a esse brilho baço do "conto de fadas".
E não cedi.
Hoje tenho a convicção de ser rodeada de laços sinceros e sentimentos verdadeiros.
A paz mora nestas pequenas certezas.
É irónica a ambiguidade. Como a condição humana, de natureza insatisfeita, faz sempre procurar mais. Conheço-te como se calhar nem tu o sabes. E mesmo sabendo que nunca acontecerá, é uma teimosia inexplicável que me faz persistir nesta "luta".
O lamento que me invade por não o teres feito é algo que nunca conseguirei processar, ou transcrever em palavras. Talvez um dia. Não hoje.
Mas é um lamento apenas, nada ofusca o mais que se ergueu por debaixo dos nossos pés e nos elevou até aqui.
E apenas uma nota final para esta que é a última deste ano em aulas. E para além desta, apenas mais uma. A luta que bati, só eu a sei, partilhei parte com alguns, apoiei-me em poucos. Mas está aí à espreita.
E vai ser um ano de velocidade máxima.
E vai ser um ano de velocidade máxima.
E que seja doce*