quarta-feira, março 29, 2017

Tanto de nada


Com uma mão cheia de nada. Foi assim que sai hoje.
O que faltava em soluções, sobrava em vozes que gritavam dúvidas aos meus ouvidos.
A sensação de encruzilhada. De falta de perspectiva. A lenta e sofrida perda de esperança.
Não conhecemos as lutas de quem nos rodeia. Não podemos ser julgados por isso. Podemos no entanto estar atentos aos pequenos pedidos de auxílio.
Nem todos dramatizamos. Nem todos iremos expressar as nossas dores e dificuldades do mesmo modo. Mas nunca devemos desvalorizar.
Hoje foi comigo. Mas que possa ser convertido numa lição. Em algo benéfico para o futuro. Que nunca me seja permitido esquecer como fere a sensação de descredibilização. Se foi grave o suficiente para levar a uma manifestação verbal... então deve ser encarado como grave o suficiente para carecer de uma consideração.
O doente muitas vezes mais não precisa do que a (embora fictícia, por vezes...) sensação de ser compreendido. 

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