sábado, dezembro 06, 2014

May it be

Há tanto que acontece ao nosso redor que não controlamos, que às vezes damos por nós num verdadeiro turbilhão a baixar os braços... e a deixar-nos ir, passivamente, porque apesar dos objectos que em nós embaterão, o dano parece não ser tão gravoso como se se oferecesse resistência (e porque paralelamente a força se esgota).

*May it be*

E que 2014 acabe rapidamente....

Uma folha em branco...

...assim gostava, às vezes, de me sentir: Vazia dos loucos pensamentos que me visitam. Da nuvem escura que me tolda a visão.

Cativa-me a ideia de começar de novo, como uma folha em branco - novo capítulo. Anseio por esse novo ciclo, novo ano. Busco persistentemente uma mudança que mais não é que a tentativa de me restabelecer, encontrar novamente a pessoa que deixei de ser algures no percurso.

Não deixa de ser curioso, logo eu com a minha secreta aversão à mudança, que sofria antecipadamente a nova realidade... (...ninguém quer mudar, quando está bem).
Hoje mudar é mesmo o que mais desejo: Mudar de cidade, de rotina, de paradigma de vida. Aproximar-me dos meus e com isso talvez mesmo, aproximar-me de mim. Tenho porém a certeza que não serei novamente aquela pessoa do imenso brilho no olhar, cheia de sonhos e vontade de mudar o mundo. Tenho plena consciência que o brilho se tornou baço, que a alegria escureceu e os sonhos deixaram de me visitar com a mesma frequência.

Tenho ainda o desejo contido de conseguir mudar o mundo. O meu mundo. As pessoas que passam pela minha vida. Gostava de ser capaz de em todas elas deixar uma boa marca. Apesar de tudo, não sou, nem nunca serei uma má pessoa, capaz de fazer deliberadamente mal a alguém. A minha consciência nunca mo iria permitir.

...
Uma folha em branco, e um novo começo!

segunda-feira, novembro 17, 2014

Sempre

"Sempre"
Uma noção variável. Vaga. Promessa válida no tempo em que o for, carecendo de comprovação. Dia a dia. Assim se constrói o sempre.
E o sempre de ontem um dia deixa de o ser. Deixa de o ser.
...
O mais que interessa não é a manutenção de uma sentença. Por teimosia. Por vezes ter a sensibilidade de assumir que o sempre, deixou de o ser é o mais difícil, mas o mais honesto.
Lutemos por um sempre do que é de facto importante. Nem que tenhamos de transformar tudo, virar do avesso... desde que seja sempre por algo melhor.

sexta-feira, outubro 17, 2014

You will leave a mark


*3/6*
Make this pass fast

terça-feira, agosto 26, 2014

Maternidade

Quando alguém pensa abraçar a obstetrícia, pensa-o sobretudo sob o prisma da criação. O fascínio pelo novo, pela magia que é ver-se perpetuada a vida.
As consultas de interrupção voluntária da gravidez, sendo uma realidade da especialidade, não são certamente a força motriz para optar pela área.
Se já por si custa, viver em parte o drama de alguém que tem de optar por essa decisão extrema (não sou ninguém para fazer qualquer tipo de juízo de valor acerca de realidades que desconheço). Mais custou ver-te a ti. Sozinha, com 21 anos. Uma insegurança e medo que transpareciam em todos os teus passos e gestos.
Mais custou saber os contornos da história. Ver como alguém tem de decidir algo tão sério sozinho. Sem ninguém que ampare. Com a acrescida vergonha de ter sido  vítima de um abuso, que sendo em parte consentido, não deixa de ser abuso e um acto verdadeiramente criminoso.
Saber que é uma realidade que acontece todos os dias, dá-me profundas náuseas. Entristece-me ver a frequência e facilidade com que o ser humano tira partido de condições de inferioridade para praticar os mais doentios actos. Abandonando posteriormente a vítima, com as sequelas do ocorrido.
Aprende-se muito nos consultórios.

Este verão tenho-me fartado de aprender.

terça-feira, agosto 19, 2014

Nefro

Entraste insegura, trémula. Os passos eram curtos e incertos.
Mas a porta tinha-te sido aberta, não vinhas só. Contigo, a amparar-te a cada passo vinha ele.
Sentaste-te. Ele optou por ficar calmo, em pé. A teu lado, ia compassadamente apertando a tua mão, afagando-te o cabelo.
Tinhas nos olhos enormes, um cansaço típico da tua condição. Ele nos seus, igualmente expressivos, toda a atenção e vontade de sorver toda a informação que fosse sendo vertida. E que rapidamente tentava transformar numa espécie de tentativa de plano de cura.
Ambos novos, nos seus 30. Ela com uma sentença de doença crónica, e um curso a tender para o dramático. Teria tudo para parecer a vítima numa história. Mas olhando bem para aquele amor. Aquele afecto genuíno. Aquela união. Ela sim era a pessoa mais abençoada daquele consultório.
Nem todos teremos a certeza de ter ao nosso lado alguém disposto a tudo, para o nosso bem. Disponível para abdicar de tempo, de vida própria, de si, porque só com aquela pessoa a vida faz sentido, mesmo que num trilho complicado, mesmo sem a feliz ingenuidade do fim.
Naquele momento, soube que independentemente das nossas dispares condições de saúde. Apesar de parecer que não... nós éramos as pessoas a necessitar de alguma intervenção e ajuda. Porque tu, menina dos olhos grandes e cansados, podes ter a certeza que tens toda a felicidade do mundo.

sexta-feira, junho 06, 2014

Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, 
Muda-se o ser, muda-se a confiança: 
Todo o mundo é composto de mudança, 
Tomando sempre novas qualidades. 

Continuamente vemos novidades, 
Diferentes em tudo da esperança:
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve) as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto,
Que não se muda já como soía. 


 Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

Por hoje, apenas isto!

quarta-feira, maio 14, 2014

Quero

"Quero dormir num abraço. Quero acordar num beijo. Quero passeios de fim-de-semana. Quero mãos dadas, passeios na praia e rebolar na areia. Quero ver o pôr-do-sol ao fundo, quero a lua como companhia e contar estrelas contigo. Quero jantaradas de amigos. Quero discutir o que fazer para o jantar. Quero sofá contigo. Quero cama contigo. Mesa contigo. Quero reclamar contigo porque não despejaste o lixo. Quero um "amo-te" a meio do dia, só porque te apeteceu. Quero provocar-te a meio de uma reunião, só porque me apeteceste. Quero saber o teu dia e contar-te o meu. Quero ter o teu colo sempre disponível e o meu ombro apetecível. Quero o teu abraço calado e a tua conversa chata. Quero o teu sorriso de menino tímido e o teu sarcasmo de homem decidido. Quero-te a ti. Sempre e em tudo isso. E tu? O que queres?" 

Rita Leston

domingo, maio 11, 2014

Let it burn



9ª Queima das fitas. A uma edição de preencher as minhas mãos cheias de Queima das Fitas - Porto.
A verdade é que é semana mais que terapêutica, pela overdose de música brasileira, shots e gomas.
Agora sinto margem para (re)começar essa caminhada que me separa do meio do percurso..


Vamos lá!

sábado, abril 19, 2014

X-Dog



O mimo que me dás a mim é incomparavelmente pequeno ao que te posso retribuir.
Os animais têm esta capacidade fantástica de entrega. Não falando transmitem-nos uma sensação de bem estar inexplicável.
E que bem que sabem estes teus mimos e lambidelas.

Love you too :)

::Aspectos positivos de vir a casa no fim de Páscoa quando se tem de estudar para uma frequência na terça-feira seguinte::

quarta-feira, abril 16, 2014

terça-feira, abril 01, 2014

Ego-centro



Há cenas da nossa vida que consideramos dignas dos melhores filmes.
Melhor seria que efectivamente fossem - cenas de um filme, e a elas pudéssemos  voltar vezes sem conta.

Há fases da nossa vida que memorizamos e gostamos particularmente. Esta que atravesso não será propriamente uma delas. Mas sei que é das fases que mais e fará crescer e moldar como gente, afirmando inequivocamente o que quero ser e definindo os critérios que estabeleço para mim.
Hoje dei-me permissão para fazer um post ainda mais pessoal. Egocêntrico. Meu.
Porque às vezes também é preciso olhar para nós. E ver o que faz realmente falta.
A mim fazem-me falta as pessoas do núcleo, o meu cantinho e essencialmente o habitat ao qual me acostumei.
De resto, e até voltar a essa realidade que anseio, farei de tudo por ser uma pessoa que eu própria gostasse de conhecer.
*

quarta-feira, março 26, 2014

Dia mundial do chocolate

Hoje o dia merece a política KISS:
*Keep
*It
*Short and
*Simple



sábado, março 22, 2014

Miss J with love`*

O amor mostramo-lo nas pequenas coisas:
No afecto.
No cuidado.
Na presença.
Num olhar.

Sempre fui de considerar coisas pequenas, detalhes. Desde leves pormenores das acções a formas de expressão verbal e/ou não verbal. Em todas estas formas se vê o afecto, mas também se sente a falta dele.

Apesar de o tentar contrariar vitalmente, tendo ainda em esperar essas formas de amor, as mais genuínas.
Mas se por um lado, num campo específico tem-se mostrado infrutífera. A Miss J através desse canal aberto de comunicação entre almas - directo- tem raiado os dias dessa luz de Primavera.
Tudo valerá a pena.
Um dia olharei para trás e terei percebido o porquê desta completa turbulência neste ponto específico do percurso. Desejo esse dia, anseio-o como se de um nascimento se tratasse... e talvez se tratará.

terça-feira, março 18, 2014

Fictitiously

Acende um cigarro.
Trémula, desse nervoso miúdo que electriza quem sente no seu âmago o potente soco da injustiça.
Aspira freneticamente esse conteúdo que se havia comprometido a deixar no passado.
E subitamente a nitidez do que a cerca vai-se perdendo, vai-se toldando a visão.
Morde o lábio. Sente esse quente sabor a sangue na boca. Impele-se a impedir que todo o tumulto se concretize sob a forma de choro.
(...)
Impacientemente tira o telemóvel do bolso, corre a lista dos contactos à procura de alguém a quem possa recorrer. Nome por nome, vão-se sucedendo imagens de pessoas, histórias cruzadas, pontos comuns. Mas rapidamente se apercebe que aquela pessoa não compreenderá.
Nome por nome...
E a lista acaba. 
Retoma-a. 
Acaba novamente.
Ninguém.
E o vazio que a assola é tal que a respiração é suspensa, o olhar fica vazio. Lentamente deixa-se escorregar pelas paredes e enrola-se na mesma posição que manteve nessa vida fetal, longínqua e segura.

Na cabeça dela apenas a busca incessante por um motivo. Um motivo para continuar. Ou um motivo para parar de uma vez por todas.

sábado, março 08, 2014

Don't Look Back In Anger





Slip inside the eye of your mind 
Don't you know you might find 
A better place to play 
You said that you'd never been 
But all the things that you've seen 
Will slowly fade away 

So I start a revolution from my bed
'
Cause you said the brains I had went to my head 
Step outside, the summertime's in bloom 
Stand up beside the fireplace 
Take that look from off your face 
You ain't ever gonna burn my heart out 

 And so Sally can wait 
She knows it's too late 
As we're walking on by 
Her soul slides away
 "But don't look back in anger!"
 I heard you say




*

quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Por mais


Por mais que passem os dias, mudem as estações. Parece que este momento foi ontem.
E lembro-me de recorrer a ele em momentos particulares, como que buscando algo em mim. E é nele que alimento novamente a minha força.
Tanto passou, tanto nos fez mudar, mas independentemente, e apesar do que nos fez e tende a fazer colidir nas questões teóricas fracturantes, estes momentos de paz. Os momentos em que tenho esse quente aconchego e encontro os teus olhos. São indescritíveis.
Como foi indescritível reencontrar-te, e a mim.
Não sei, nunca poderei saber o que o futuro me reserva. Sei apenas que o presente me traz uma explosão de sensações que são potenciadas por um medo quase irracional  de voltar a estar tantos anos afastada deste bem estar.
*
Conheces e compreendes como ninguém os meus mais íntimos desejos que durante bastante tempo tentei reprimir. Partilhas e falas deles como teus, como os mais naturais planos a ter presentes.
Fizeste-me redescobrir e relembrar muito de mim que estava dormente. E isso é mágico, mas assusta também.
Porque não sei como pode ser uma vida sem ti, por perto.

domingo, janeiro 26, 2014

Bubble




São pequenas coisas que às vezes nos fazem sentir expostos ou vulneráveis.
Basta alguém olhar e ver as nossas fragilidades. No frenesim de um mundo tão impessoal sentir que alguém nos vê com todas as intrínsecas fragilidades é algo inesperadamente assustador. Um lugar desconhecido. Que nos traz um frio na barriga, típico do pisar terreno novo.
Hoje senti-me assim, tu tens esse dom. Nos teus silêncios e aparente distracção vais vendo e acedendo ao mais íntimo dos detalhes.
És tu.

quinta-feira, janeiro 23, 2014

Desconstrução - No dia em que desaprendi a Anatomia Patológica

Todos conhecemos alguém que desempenha funções para as quais não é a pessoa mais indicada.
É uma constante no atendimento nos serviços públicos, nos cafés e restaurantes. E é sempre uma situação que lamentamos duplamente. Se por um lado estamos a ser mal servidos/atendidos, por outro certamente existirá no mundo alguém mais motivado e indicada para aquela mesma função, que faria com que tudo fluísse mais natural e harmoniosamente.
Não é o meu primeiro exemplo para esta situação. Mas é sem dúvida alguma o exemplo mais doentio e revoltante com que tive o desprazer de me cruzar.
Todas as profissões acarretam uma responsabilidade intrínseca. Adaptada às funções que se desempenham, mas a responsabilidade está sempre aliada a um bom desempenho. Mas depois há aquelas profissões que requerem dose extra. Não só de responsabilidade, mas de autoconsciência. Há simplesmente funções que marcam demasiado a vida dos outros para que os responsáveis se possam dar ao luxo de fazer as coisas às três pancadas. São inúmeros os exemplos de profissões que se enquadram nesta descrição. Hoje tenho mesmo de abordar um em concreto.
O de uma senhora que pensa que a docência é um trono do qual pode ditar as regras que quer, leccionar o que bem entende, sem qualquer ordem, objectivo, rigor ou correcção. É triste, é profundamente triste como ao fim de 19 anos como estudante (esta é a minha 19ª matrícula), vejo alguém deitar por terra todo a imagem que tinha do papel de um docente.
Esta aventura já começou há algum tempo, desde a recusa da equivalência com base no capricho de "não dou equivalências a ninguém", alegando oficialmente uma "formação demasiado específica", mas sem com isto justificar qual(ais) os conteúdos programáticos em falta.
Com as primeiras aulas veio a dualidade de critérios. Se um licenciado em Anatomia Patológica não tem competências para ter equivalência à unidade curricular :"Anatomia Patológica", já um aluno do 4º ano de Medicina, cuja experiência para além da (nenhuma) formação dada pela própria no ano anterior é apresentado como o assistente das aulas práticas, com capacidade inclusive, espantem-se, de avaliar trabalhos práticos e corrigir exames.
E nas aulas dão-se conceitos que vão contra tudo o que é descrito pelos livros de referência ou artigos científicos. Os mesmo conceitos são avaliados na frequência teórica, ficando para sempre a duvida acerca do que estará certo.
A Anatomia Patológica em Coimbra perde todo o seu sentido de área médica com vista ao estudo das alterações morfológicas que estão  na base das doenças e ganha uma dimensão mística. Ninguém sabe os critérios, ninguém sabe o que está bem, o que está mal. Aparentemente o próprio livro referência é posto em causa.
Tudo atinge um novo nível quando se equaciona alterar e manipular as notas da componente prática de modo a dar a nota máxima a quem tiver em risco de reprovar, justificando: 

"Não posso chumbar alunos que não tenho capacidade de ter mais alunos nas turmas práticas, por isso vou dar a nota máxima à prática e quem chumbar e vier a recurso faz oral e vou fazer perguntas até responder alguma coisa certa e der para passar".

Isto bloqueia-me qualquer capacidade de comentar, sinto-me presa, sem voz, sem capacidade de qualquer tipo de acção. É tudo demasiado mau para ser verdade, é tudo demasiado triste e revoltante. Saber que se brinca aos professores com algo tão nobre, que se atiram tópicos a alunos como ossos a cães.
Triste, ver que 300 alunos de medicina/ano ficam com esta ideia da Anatomia Patológica.
Triste ver como 300 alminhas não se sabem juntar e reivindicar o direito a um ensino de qualidade.
Triste por ter me sentir a embrutecer de dia para dia. Triste por deixar que isto mexa internamente e comece a condicionar uma dúvida em matérias que já foram naturais e inquestionáveis.

Triste. Por ter tido o azar de entrar naquela faculdade, por ter de viver Coimbra, e todos os seus doentios vícios de província com manias de terra de "doutores" que competem para o título de pessoas com menos escrúpulos e princípios que alguma vez conheci.
Triste por nem a meio desta tortura estar e não ter já qualquer força para continuar.
Triste!

domingo, janeiro 12, 2014

Se a felicidade fosse uma fotografia



Hoje é apenas isto. Porque há imagens que dispensam qualquer descrição.

domingo, janeiro 05, 2014

Turbulência

Sei qual o destino. Não o definitivo, mas o imediato. Sei-o.
No entanto a turbulência desta viagem tem sido uma constante. Atrasa. Mói. Desconcentra. Cansa.
Gostava da serenidade necessária aos dias que se avizinham. Gostava da motivação que me parece ter abandonado no final do último ano lectivo e que não mais me quis brindar com a sua presença, apesar do meu esforço em encontra-la.
E no cimo de tudo isto há a constante solidão de um trajecto que se trilha sozinho e que apesar de ser o único que vislumbramos no momento, é igualmente aquele que nos aparta dos afectos.
Se não morreres da doença, morres da cura.
Aqui o que se levanta é a adaptação: Se não morreres sem a viagem, morres no trajecto.

quinta-feira, janeiro 02, 2014

2014

O ano novo associa-se frequentemente à reformulação de objectivos,  desejos e metas que no momento nos parecem importantes.
Aprendi a ser cautelosa com os pedidos, neste e nos outros dias. De facto, tenho para mim que se nos fossem concedidos os pedidos que formulamos, nem por isso iríamos dar por nós mais felizes.
Em boa verdade, quem efectivamente pede saúde nestas noites? Talvez aqueles que se vêm privados momentaneamente dela, mas não são a maioria certamente. O ponto a que queria chegar é que o de mais precioso e vital, o que devia constar obrigatoriamente na lista dos pedidos, é encarado como garantido. Ou seja, raras são as vezes em que pedimos o essencial à nossa felicidade.
Mas esta será sempre a altura do ano dos balanços,  da análise retrospectiva dos dias que separaram a última passagem.  Isso agrada-me particularmente,  acho saudável e benéfico.  Olhar para trás,  ver onde ganhámos,  onde perdemos,  o que fizemos de bom e de mau.
Essencialmente trabalhar (e não pedir) para que o novo ano seja ainda melhor.
Feliz 2014!